sábado, 20 de setembro de 2014

Bariloche com neve

Antes de conhecer Bariloche, eu ainda não sabia muito bem o que era neve de verdade! Já tinha visto alguns flocos caindo em Gramado, e até em Porto Alegre, mas nunca tinha tido a experiência de olhar ao redor e ver tudo coberto de branco!

Eu tinha só 12 anos, e meus tios me levaram para passar as férias de julho em Bariloche. Logo de cara, o que mais me chamou a atenção foi a semelhança com Gramado - o mesmo tipo de lojas, restaurantes, canteiros bem cuidados e, é claro, o clima frio! Isso sem falar do Centro Cívico - uma praça onde ergue-se o monumento a Bartolomeu Mitre, e da Catedral de San Carlos de Bariloche, toda feita de pedra.




Em 2003, ficamos hospedados no hotel Huemul ("rena", em espanhol). De frente para o Lago Nahuel Huapí (um dos mais bonitos que eu conheço) e com uma vista panorâmica e uma praia particular, só de ficar no hotel já estava valendo a viagem!



Em 2006 nossa casa foi o Grand Hotel Bariloche, localizado na avenida central. Menos luxo, mais praticidade!




Em 2003, o lugar que eu mais gostei de conhecer, de longe, foi o Parque Invernal Piedras Blancas. Para quem não sabe esquiar (especialmente crianças), o parque conta com uma excelente infra-estrutura para a prática do "esqui-bunda" - uma tábua onde você senta e desce a montanha escorregando pelo gelo. Como compramos um ticket que dava direito a ficar o dia todo no parque, usando o teleférico, eu perdi as contas de quantas vezes desci de esqui-bunda pela neve! 

Em 2006, voltei a esse lugar e já não achei mais tanta graça - acho que eu já estava melhorando no esqui! 





O Cerro Catedral é a principal montanha e o maior palco dos esportes de inverno em Bariloche. Muito bem preparada para a multidão desesperada de turistas nas férias de julho, a estação conta com inúmeras lojas e restaurantes, tudo com calefação e muito aconchegante, além de aluguel de roupas e equipamentos para a prática das atividades. 

Em 2003 fiz algumas aulas em grupo de esqui, mas parecia não levar muito jeito para a coisa. Achei também um esporte bem perigoso, pois os esquis são um convite a uma torção nas pernas. Basta você cair de mau jeito e ficará um bom tempo de molho em casa!

Em 2006 a ideia era definitivamente aprender a esquiar, por isso fomos todos os dias ao Cerro Catedral. Dessa vez tive aulas particulares, e aí sim a coisa começou a engrenar. Como eu já tinha muita familiaridade com patins, no final esquiar não foi muito difícil. Depois de vários dias praticando, eu já conseguia descer tranquilamente pelas pistas de iniciante (marcadas com verde) e intermediário (marcadas com azul). 


Ainda sobre o Cerro Catedral, vale a pena pegar o teleférico e ir até a estação chamada Punta Princesa. Lá em cima você pode almoçar no restaurante e também aproveitar para tirar muitas fotos da linda paisagem ao redor, a mais de 2.000m de altitude.



Em 2003 nós também visitamos o Cerro Campanário, que faz parte do passeio que eles chamam de Circuito Chico (pequeno circuito). Trata-se de um tour introdutório de Bariloche para recém-chegados, em que você é apresentado aos principais pontos da região da forma breve e concisa - a excursão dura em média 4h.







Agora, uma pausa para uma história de terror! 

Em 2003, nós contratamos um passeio bem inusitado - e que acabou nos colocando em pânico! Era um jantar em um restaurante todo feito de madeira, chamado Roca Negra, situado no topo do Cerro López. Para chegar até lá, à noite, subimos a montanha com um veículo 4x4 conduzido por um motorista muito louco - não sabíamos se estava bêbado ou se era só louco mesmo! Só lembro que ele fazia curvas demais e o veículo balançava tanto que nós pensávamos que a qualquer momento seríamos jogados montanha abaixo, mergulhando na escuridão. Quando descemos de volta, após o jantar, só restava a promessa de que nunca mais faríamos isso outra vez! 

Alguns anos depois, soubemos que houve um acidente fatal nessa mesma excursão, mas isso não chegou a ser muito divulgado nem comentado. Procurei mais tarde na internet e não existe nenhuma notícia sobre o ocorrido. De qualquer forma, sendo fantasia ou realidade, recomendo que não arrisque sua vida e sempre recuse um jantar no Roca Negra.


O passeio à Isla Victoria, como já mostrei no post anterior, é imperdível - tanto no verão como no inverno. Se eu já tinha me impressionado com as gaivotas seguindo o barco em 2003, 10 anos depois achei ainda mais incrível!






Por fim, ainda em 2003 visitamos ainda o Cerro Otto, para esquiar e praticar esqui-bunda. Mas como voltei lá no ano passado, sem neve e com muito calor, vou deixar para contar depois sobre esse lugar - um dos meus preferidos em Bariloche!




Sem dúvida, foram duas férias inesquecíveis na neve de Bariloche! O único problema era que, naquela época, eu ainda não tinha máquina digital - e por isso tinha que economizar na hora de tirar fotos. As imagens de hoje, direto do túnel do tempo, tiveram que ser escaneadas. 



No próximo post, voltamos para a viagem de verão à Patagônia - e você vai descobrir o que NÃO FAZER em Bariloche! Não deixe de conferir!

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