quinta-feira, 2 de abril de 2020

Estônia, Letônia e Lituânia - dicas e roteiro de 18 dias pelos Países Bálticos

Em outubro do ano passado, no meio da nossa viagem de quase 4 meses pelo norte e leste da Europa, passamos 18 dias nos Países Bálticos - Estônia, Letônia e Lituânia.

Poucos turistas que viajam para esses países se aventuram para fora das capitais, e quase não há informação em português sobre os outros atrativos dos Bálticos na internet. Então, neste post, vou mostrar todos os lugares que conhecemos e dar as principais dicas que você precisa para uma viagem por lá.

Trakai, Lituânia



Para começar, essas são algumas das impressões que tivemos:


*Supermercados

Na Estônia e na Letônia, eles não têm as principais redes de supermercado europeias. Quem viaja fazendo comida em casa, e comprando produtos em supermercado, sabe bem a falta que faz um Lidl. O resultado é que os mercados são pequenos, os produtos são locais e pouco variados, e os preços vão nas alturas, especialmente na Estônia

Para você ter uma ideia, os países  que são considerados os mais caros do mundo, como a Suécia ou a Finlândia, têm mercados muito mais baratos que os estonianos. Eu arriscaria dizer que até a Noruega (que também não tem as principais redes) é mais barata nesse sentido.


*Comunicação

Outra coisa que nos surpreendeu é o fato de que poucos falam inglês, nos 3 países. Claro que não chega ao nível da Rússia, mas não tem a menor comparação com alguns países do leste europeu que muitas vezes são tidos como subdesenvolvidos. Por exemplo, poucos sabem que a Romênia (onde quase todos falam pelo menos inglês básico, até no interior, e os mercados são de grandes redes) é MUITO mais européia que qualquer dos Bálticos...


*Segurança na Letônia

Em Cesis, na Letônia, tivemos nossa única experiência traumática com o Couchsurfing até hoje (já usamos a rede mais de 150 vezes). A história é muito longa, mas para resumir: estávamos ficando em uma espécie de hostel onde nosso anfitrião trabalhava (acho que nem tem nome, mas fica na Rigas Iela, 11), e ali viviam junto com ele diversos rapazes. À noite, eles estavam bebendo vodka pura e consumindo drogas sem parar. Pelas 3h da manhã, devido a um mal-entendido com um cachorro, um deles entrou no nosso quarto e, do nada, começou a gritar conosco, bater com força na madeira da cama e nos ameaçar. Outro resolveu tomar as nossas dores e os 2 começaram a discutir, até que partiram para a agressão física. Com medo de que fôssemos os próximos a apanhar, e sem conseguir sair da casa, ligamos escondidos para a polícia e arrumamos rapidamente nossas malas. Até que chegaram rápido, mas o que nos chocou foi a naturalidade com que os 2 policiais trataram o caso - mesmo diante dos 2 homens com a cara toda ensanguentada, não deram a menor importância, falaram que esse tipo de ocorrência (drogas/álcool/briga) é super comum na Letônia e eles não tinham muito o que fazer. Claro que, aproveitando que a polícia estava lá, saímos da casa no meio da madrugada, espantados com a total falta de ordem e civilidade que reinam na Letônia, principalmente no que toca a agressão a turistas. Se fosse em outro lugar, como no Marrocos, onde os turistas são valorizados ao extremo, nem quero imaginar o que teria acontecido com o cara que nos ameaçou...


*Emergência médica na Estônia

Também não posso deixar de mencionar que a Estônia tem um sistema público de saúde excelente e gratuito, que funciona perfeitamente bem... para cidadãos estonianos! A Adriana teve uma séria inflamação no ciático na Estônia, e dar uma solução ao problema foi uma saga homérica. Em hospitais públicos de Tallinn, por sermos estrangeiros, o preço de uma consulta de emergência com um clínico geral seria de 110 euros (mesmo ela chorando de dor e praticamente sem conseguir dar um passo). Quando ele a encaminhasse para um traumatologista, mais uma consulta teríamos que pagar. Conseguimos, em uma clínica particular, que ela fosse atendida por um clínico geral e medicada por 55 euros (o que achei caríssimo também, mas ok). Com a receita em mãos para comprar mais 10 doses do remédio injetável cetoprofeno, nosso problema estava apenas começando: como a saúde pública funciona bem, os estonianos não compram remédios injetáveis com receita em farmácias, e ninguém é autorizado a aplicar injeções. O resultado é que, depois de rodar a cidade toda, até consegui achar o tal cetoprofeno, que foi bem caro (e no Brasil é tão comum e barato) - mas, para que o remédio fosse injetado a cada vez que ela sentisse dor, teríamos que pagar novas consultas com um médico! Como não tínhamos certeza de que esses custos seriam cobertos pelo nosso seguro-viagem, acabou que a Adriana aprendeu com o Youtube a se dar injeção na perna, e assim tudo se resolveu. Quando me lembro de que uns anos atrás tivemos uma emergência de saúde em Galápagos (uma ilha no meio do Pacífico sem nenhuma estrutura) e tudo se resolveu de forma imediata e gratuita, sem nem nos pedirem um documento de identidade... 


Infraestrutura turística

Para não ficar só falando mal, um ponto positivo dos Bálticos é que a estrutura turística é muito boa. 

Nos parques nacionais há diversos paineis informativos (a maioria também em inglês) e as trilhas são todas muito bem sinalizadas e mantidas (há pessoas que passam diariamente recolhendo lixo). Na internet você também encontra material em inglês sobre praticamente todos os atrativos dos 3 países.




Como se locomover nos Bálticos

O melhor jeito de aproveitar o seu tempo e conhecer todas as atrações, obviamente, é alugando um carro. As fronteiras entre os 3 países são totalmente abertas - não há nem postos policiais, apenas placas. As estradas são boas e não passamos por pedágios nem trânsito intenso em lugar nenhum. Acredito que os preços de aluguel de carro são bem melhores em Vilnius do que nas outras 2 capitais, pois eles têm uma locadora low-cost chamada ADCRent.

Como nós não alugamos um carro, usamos como forma de locomoção ônibus, aplicativos de corrida e também pedimos carona na estrada.

Os ônibus intermunicipais dos Bálticos, de modo geral, são bons e muito baratos. Até porque as distâncias sempre são curtas, então dificilmente você vai gastar muito com transporte público.

Os ônibus de transporte urbano, é claro, variam de país para país. Na Estônia, por exemplo, as passagens funcionam da mesma forma que o sistema de saúde: são gratuitas para os locais e abusivas (2 euros, mais de 10 reais) para os estrangeiros. Pelo menos não há controle, ninguém verifica se você é estoniano ou não (basta não entrar falando em outra língua), então dá para andar de graça tranquilamente.

O principal aplicativo de corrida dos Bálticos se chama Bolt, e em geral os preços não são caros. Na sua primeira corrida há 5 euros de desconto, basta procurar no google por um cupom.

Também tem o site de caronas pagas Blablacar, mas esse é difícil recomendar porque são raras as vezes em que alguma coisa dá certo por esse aplicativo (quase sempre o motorista desmarca em cima da hora, ou cobra outro preço, ou atrasa). Mas os preços são bem bons nos Bálticos e, se você tiver flexibilidade no roteiro, vale uma tentativa.

Pedir carona nos Bálticos é algo que, mesmo depois de 18 dias de viagem, não conseguimos definir se é fácil ou difícil. Tivemos lá algumas das caronas mais rápidas de toda a viagem pela Europa, e também algumas das mais demoradas. O que posso dizer com certeza é: quanto mais próximo da Rússia você estiver, mais fácil é.








Estônia - 9 dias

8/10 - Narva - Vaike-Maarja

Vindos da Rússia, cruzamos a fronteira estoniana em Narva, uma cidade interessante com uma fortaleza medieval. 

De lá, rapidamente conseguimos carona até Vaike-Maarja, um vilarejo. Nada de turístico para ver, mas nos serviria como base para conhecer os Antu Lakes no dia seguinte. Além disso, sempre gostamos muito de parar em alguma vila do interior, dar um passeio pelas ruas, ver como são as casas, como é a verdadeira vida local...






9/10 - Vaike-Maarja (Antu Lakes) - Tallinn

De manhã, fizemos um bate-volta de carona até os Antu Lakes (Antu Sinijarv no Google Maps), um conjunto de lagos que ficam 8km a sul de Vaike-Maarja. Não há transporte público até lá.

Ficamos cerca de 2h na área dos lagos, e fazendo as trilhas em volta deles. Gostamos muito da paisagem e da tranquilidade do lugar. Estava chovendo um pouco, mas mesmo assim a cor dos lagos estava muito bonita.







Almoçamos em Vaike-Maarja e então seguimos viagem até Tallinn, também de carona. Na capital da Estônia, passeamos pela cidade velha.














10/10 - Tallinn

Passamos o dia inteiro explorando a cidade com calma. Gostamos bastante de Tallinn, e na minha opinião ela é a mais bonita entre as 3 capitais bálticas.




























11/10 - Tallinn (Viru Bog, Jagala Waterfall e Kadriorg park)

Separamos este dia para conhecer 2 atrativos naturais que ficam perto um do outro, e não muito distantes de Tallinn. Para chegar lá, pegamos um Bolt do centro da cidade, onde estávamos hospedados, até a saída leste. Dessa estrada, pegamos carona.

Viru Bog é uma paisagem bem típica estoniana - um pântano com passarelas de madeira para caminhar. Eu sempre gosto muito desse tipo de ambiente, embora outubro não seja o melhor mês para ver pássaros e outros animais. A trilha completa, circular, tem 6km.







Seguimos então, de carona, para Jagala Waterfall, uma cachoeira também muito interessante. Dá para chegar de carro quase até a cachoeira, você só precisa andar uns 100m até ela.






Voltamos à tarde para Tallinn, e paramos no Kadriorg Park. No outono esse parque estava muito bonito, mas nas outras estações acho que não vale muito a pena visitar. 





Voltamos de ônibus para o centro de Tallinn, e foi quando a Adriana teve a inflamação forte no ciático e fomos consultar o médico.


12/10 - Tallinn (Saula Springs e Glehn Castle)

De manhã, pegamos um ônibus de Tallinn até Saula (se eu me lembro bem, foi 2,30 euros por pessoa). Lá, fizemos uma trilha florestal de cerca de 1km até as Saula Springs, um conjunto de 3 nascentes. Na água bem transparente, é possível ver as ressurgências, peixes e anfíbios. Foi um dos meus passeios preferidos nos Bálticos, e recomendo muito.









Voltamos para Tallinn de carona, e almoçamos em casa. A Adriana ficou descansando à tarde e eu peguei um ônibus urbano (de graça) e fui até o Glehn Castle, um castelo que fica num bairro residencial de Tallinn, a 10km do centro. O castelo estava fechado, mas dá para ver por fora, e a área do parque onde ele está é muito bonita. Dei também uma caminhada pelo bairro e no fim da tarde voltei de ônibus para o centro de Tallinn.









13/10 - Tallinn - Parnu

De manhã, pegamos um Bolt até a saída sul de Tallinn, e de lá fomos de carona até Parnu, onde chegamos pelo meio-dia. 

Essa não é uma cidade turística, pois não tem nenhum atrativo maior. Mas, como Parnu fica perto de 2 parques nacionais que queríamos conhecer nos dias seguintes, resolvemos nos hospedar lá por 3 noites. Não foi nenhum sacrifício, pois é o principal balneário estoniano, onde os moradores de outras cidades costumam passar o verão. 

Nesse primeiro dia, enquanto a Adriana ficou mais uma vez descansando, eu caminhei pela praia e pela cidade toda, que estava bem vazia em outubro. Gostei muito de Parnu - é bem plana, tem diversos parques, praticamente só tem casas e as ruas são amplas e arborizadas.












14/10 - Parnu (Matsalu National Park e Tolkuse Raba)

Nesse dia, nosso anfitrião nos levou de carro para passar o dia em um dos parques que queríamos conhecer - a área pantanosa e litorânea chamada Matsalu National Park

Colocamos esse lugar no roteiro porque queríamos ver animais - eu havia mandado um e-mail para lá e tinham me dito que outubro seria um ótimo mês para observar alces e também a migração outonal de pássaros. Mas a verdade é que chegamos lá, andamos um pouco, subimos numa imensa torre de observação... e o máximo que vimos foi alguns patos.





Pelo menos, o grande centro de informações do Matsalu, por si só, já é uma atração. Lá dentro tem todo tipo de explicações sobre a fauna e a flora estonianas, com cenários reproduzidos, filmes interativos, animais empalhados... é um verdadeiro museu de história natural, com entrada gratuita. Ficamos mais de 1h lá dentro.

À tarde fomos conhecer outro lugar: Tolkuse Raba, outra área pantanosa, que fica 30min a sul de Parnu. Fizemos toda a trilha circular e subimos na torre panorâmica. Foi um passeio excelente, com destaque para alguns pequenos lagos com água vermelha (não sabemos porquê).








15/10 - Parnu (Soomaa National Park)

Nesse dia a Adriana ficou descansando novamente, e o nosso anfitrião me deu uma carona até o Soomaa National Park, outra grande área alagada (na Estônia praticamente só tem esse tipo de paisagem, que eu gosto muito). 

Depois de pesquisar na internet as melhores trilhas para fazer na área, escolhi duas delas: Riisa Õpperada (4,8km circular) e Ingatsi Õpperada (4km circular), distantes 6km uma da outra. Gostei bastante das 2, mas achei Ingatsi realmente imperdível - é daqueles lugares que não saem muito bem em fotos, mas pessoalmente são espetaculares.

Não consegui carona na estrada de chão que liga as 2 trilhas, então tive que cobrir essa distância a pé. Não há ônibus.

Riisa Õpperada:







Ingatsi Õpperada:









E algumas fotos tiradas da estrada de chão que liga as 2 trilhas:





À tarde voltei para Parnu num misto de caronas e ônibus, e dei mais um passeio pela cidade.



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Letônia - 8 dias

16/10 - Parnu - Veczemju Klintis - Cesis

De manhã, pegamos um Bolt até a saída de Parnu, e de lá fomos de carona até Veczemju Klintis, já na Letônia. 

Veczemju Klintis é um conjunto de falésias na beira do mar, que me lembrou Beberibe, no Ceará. Ficamos cerca de 2h lá. Gostamos bastante de conhecer e dar um longo passeio na beira da praia. 













Recomendo também caminhar uns 2 km a norte das falésias, a estrada de chão costeira é muito bonita:





Seguimos então de carona até Cesis, onde chegamos no final da tarde e fomos conhecer a principal atração da cidade: 2 castelos, um novo e um velho, que ficam dentro de um parque. Não pagamos para entrar em nenhum deles, mas demos uma longa caminhada pelo entorno.













Além dos castelos, Cesis também oferece outras atrações, como igrejas e um centro histórico muito bem conservado. 











17/10 - Cesis e arredores

Dedicamos o dia a conhecer 3 atrações nas proximidades de Cesis. Fizemos todos os trajetos de carona.

A primeira foi uma grande pedra na beira de um rio, chamada Zvartes Iezis. Do estacionamento, você só precisa andar 300m para chegar até ela. 



Um chalé perto de Zvartes Iezis


A segunda atração, e a melhor do dia, foi o vilarejo de Ligatne. Gostei muito desse lugar - é uma pequena cidade cheia de cavernas, acessadas por diversas escadarias. Também há um lago muito bonito no centro.









Finalmente, fomos conhecer Araisi, um museu a céu aberto (a entrada custa 2 euros). Há ruínas de uma antiga fortaleza e também réplicas de casas de madeira do século 9, na beira de um lago. A paisagem é interessante, mas não imperdível.





18/10 - Cesis - Sigulda

Fomos de ônibus para Sigulda, uma cidade apenas a 30min de Cesis. Sigulda fica encravada no Gauja National Park, principal atrativo natural da Letônia, e oferece uma infinidade de atrações.

Pela manhã, fiz uma trilha circular numa área rural, próxima à rocha chamada Velnalas Klintis. Na verdade a atração em si é bem decepcionante, mas o passeio valeu muito a pena pelo caminho, que passa por florestas, pontes sobre o Rio Gauja e alguns mirantes. A melhor parte da trilha é a rua do Recreation Center Bruveri.


Velnalas Klintis




 


À tarde ficamos em casa descansando (pois não havíamos dormido durante a noite, devido à confusão com a polícia em Cesis), e à noite fomos em um pub jogar sinuca com nosso amigo do Couchsurfing.


19/10 - Sigulda e arredores

Mais um dia passeando pela região de Sigulda. Nossa anfitriã nos emprestou o carro dela, então pudemos aproveitar bem o nosso tempo e conhecer diversos pontos turísticos na cidade e nos arredores:

*Gutmana Ala: uma caverna próxima à estrada principal de Sigulda, não precisa fazer trilha para chegar e a entrada é gratuita.




* Petera Ala: uma fenda numa rocha. Para chegar é preciso fazer uma trilha de apenas 500m, mas com uma grande descida por escadaria. Entrada gratuita.






* Castelo de Sigulda: ruínas de um castelo medieval, entrada custa 2 euros. Entramos, mas achamos que não valeu a pena.





* Castelo de Turaida: o principal atrativo da região. A entrada custa de 3 a 5 euros, conforme a época do ano. Não pagamos para entrar, mas demos toda a volta por fora das muralhas.




Capela próxima ao castelo


* Lagos próximos ao Turaida Museum Reserve: em uma cidade em que praticamente todas as vagas de estacionamento são pagas, achamos algumas (aparentemente) gratuitas bem na frente destes lagos, que no fim também acabaram se revelando uma ótima atração. Sugiro ir caminhando desses lagos até o Castelo de Turaida, através de um parque.





*Igreja Luterana de Sigulda:




20/10 - Sigulda - Murjani - Riga

De manhã, nosso amigo do Couchsurfing nos levou para conhecer a famosa pista de Bobsleigh (um esporte tradicional da Letônia, em que as pessoas descem um tobogã num trenó) de Sigulda. 

Depois ele nos levou para o vilarejo de Murjani, onde há uma outra pista de Bobsleigh, essa de madeira e abandonada no meio de uma floresta.




De lá, seguimos de carona para Riga, a capital da Letônia, onde chegamos pelo meio-dia. Passamos a tarde caminhando por todas as ruas do centro e arredores, e foi tempo suficiente para ver tudo o que queríamos. Entre as 3 capitais bálticas, Riga ficou em segundo lugar para mim.























21/10 - Riga (Jurmala)

Tínhamos mais um dia inteiro em Riga, mas já havíamos conhecido todas as atrações da cidade no dia anterior. Então, a Adriana ficou em casa descansando e eu fui passar o dia em Jurmala, uma praia a 25km da capital. Fui de van e voltei de trem. 

Gostei muito de Jurmala - é um balneário que fica lotado no verão, e bem vazio nos outros meses. Achei que um dia inteiro por lá seria tedioso, mas na verdade eu poderia até ter ficado mais!

Na ida, desci no ponto de ônibus "Majori", no centrinho comercial, e caminhei em direção oeste, alternando entre a praia e a avenida mais próxima do mar, repleta de grandes mansões. Fui até o fim da praia, onde o rio encontra o mar. 












Na volta, passei por uma floresta muito interessante, marcada como "Ragakapa" no Google Maps.






Voltei para Riga à noite, pegando um trem na estação "Lielupe".



22/10 - Riga - Bauska

De manhã, nosso anfitrião nos levou até um posto de gasolina em Riga, e de lá seguimos de carona para Bauska, uma pequena cidade no sul do país, próxima à fronteira da Lituânia.

Nosso primeiro passeio foi a Rundales Pils, um palácio que fica a 12km de Bauska. Olhamos o palácio de fora, pois para entrar é cobrado 11 euros, e achamos que não valia a pena.








Voltamos então para Bauska e passeamos por toda a cidade, cujas principais atrações são um castelo, um rio e o centro histórico, onde inclusive ficamos hospedados por uma noite numa das casas mais antigas.












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Lituânia - 3 dias

23/10 - Bauska - Kaunas

Nosso anfitrião nos levou até a saída de Bauska, e de lá viajamos de carona até Kaunas, cruzando a fronteira lituana. 

Passamos toda a tarde caminhando pelas ruas da cidade, que, embora seja a segunda maior da Lituânia, é compacta e fácil de conhecer em algumas horas. Gostamos bastante de Kaunas (bem mais do que de Vilnius, a capital). 












A principal atração da cidade é o Castelo de Kaunas. A entrada custa 3 euros, mas achamos que não compensava pagar. O mais legal mesmo é ver o castelo por fora, e é de graça.







À noite fomos em um bar e encontramos 2 brasileiros que moram lá (sempre é surpreendente encontrar brasileiros por onde passamos!), e acabamos descobrindo que há muitos outros, por se tratar de uma cidade universitária.


24/10 - Kaunas - Trakai - Vilnius

De manhã, pegamos um ônibus até a saída de Kaunas e, de lá, fomos de carona para Trakai.

Trakai é um dos lugares mais fotogênicos que eu já visitei. Para qualquer lado que você olhe, tem vontade de fotografar. Os ângulos são infinitos. Tudo é bonito, organizado e pensado para o turismo - a rua central, as casas na beira do rio, as pontes de madeira que ligam diversas ilhas e, é claro, o famoso Castelo de Trakai, principal cartão-postal da Lituânia.

O preço disso, claro, é que esse foi o único ponto do nosso roteiro pelos Bálticos onde vimos de fato uma quantidade expressiva de turistas - isso que estivemos lá numa quinta-feira em baixa temporada. Porém, a imensa maioria das pessoas faz um rápido bate-volta de Vilnius a Trakai, visitando apenas o castelo e já indo embora. Eu não recomendo isso de jeito nenhum - a cidade merece sem dúvida um dia inteiro, se possível com pernoite.























Ver o castelo por fora é de graça, mas para conhecer o interior você precisa pagar 7 euros. Nós achamos que valeu a pena.











À noite, fomos de carona para Vilnius, a capital da Lituânia e nossa última parada nos Bálticos.




25/10 - Vilnius

Passamos o dia inteiro conhecendo Vilnius. Não vou mentir: não é uma cidade muito bonita. Tem algumas atrações (a grande maioria reunida no centro), mas nem se compara a Tallinn ou Riga.

























Na região metropolitana de Vilnius estão os Green Lakes ("Zalieji Ezerai" em lituano), que pelas fotos do google parecem espetaculares. Fiz um bate-volta do centro até lá, de ônibus (1h cada trajeto), mas não valeu a pena - são apenas lagos normais. Não sei se as fotos da internet têm photoshop ou se a coloração verde só aparece em alguma época específica do ano.





26/10 

Na manhã seguinte, nosso anfitrião nos levou até a saída de Vilnius. De lá, fomos de carona até Minsk, em Belarus, encerrando assim nosso roteiro de 18 dias pelos Países Bálticos.


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