Dando início a uma série de posts bem específicos sobre algumas cidades da Patagônia, vamos falar sobre Bariloche!
Eu sei que o nome do blog é Turismo SEM Clichê, e Bariloche atualmente é um dos maiores clichês da América do Sul. Acontece que no ano passado eu fui para lá no verão - ou seja, nada de montanhas com neve, nada de esqui, nada de temperaturas negativas! Muito pelo contrário: peguei mais de 30 graus durante os 3 dias e meio em que estive lá!
A primeira coisa que eu e meu amigo fizemos, ao chegar no aeroporto da cidade, foi trocar dinheiro na casa de câmbio. Tínhamos levado dólares, e precisávamos trocar para pesos argentinos (aproximadamente, 1 dólar = 8 pesos = 2 reais).
Já tínhamos reservado 4 noites no Hotel Internacional, porque, sendo Bariloche a primeira cidade da nossa viagem, não haveria problema de mudança de planos. Pegamos um táxi do aeroporto até o hotel, que além de ser muito bem localizado (na Bartolomeu Mitre, rua central da cidade) era limpo, espaçoso, com wi-fi, computadores de graça e tudo mais! E isso por uma diária de apenas 400 pesos (cerca de R$100) para um quarto duplo. Você até encontra lugares mais baratos, mas em geral são mais afastados do centro da cidade, fazendo com que você caminhe muito ou tenha que pegar um ônibus. Achei excelente o custo-benefício do Hotel Internacional (não recebo nada para fazer essa propaganda)!
Nossa primeira providência, depois de deixar as malas no hotel, foi trocar mais dinheiro em uma casa de câmbio no centro da cidade. Quase sempre, esses câmbios tendem a ser bem mais baratos que os do aeroporto - por isso, não vale a pena trocar no aeroporto mais do que o suficiente para pegar um táxi até o hotel. Dito e feito - no aeroporto, trocamos 1 dólar por 7 pesos; no centro, por 8 pesos.
Em seguida, tratamos de pensar no que faríamos ao longo dos próximos 3 dias. Como eu já conhecia Bariloche, pois passei férias de inverno lá em 2003 e 2006, já sabia de um dos atrativos "obrigatórios": o passeio de barco à Isla Victoria e ao Bosque dos Arrayanes. 10 anos depois de fazer essa excursão debaixo da neve, era hora de repetir a dose - desta vez sob o sol escaldante de janeiro, numa temperatura que beirava os 40 graus! Nunca imaginei que pudesse fazer TANTO calor em plena Patagônia - mas não podíamos reclamar, afinal melhor isso do que chuva!
Contratamos o tour com duração de 5h na agência de turismo do próprio Hotel Internacional. O preço foi cerca de R$ 100 por pessoa, e nós pagamos em dólares porque assim eles ofereciam desconto de 10% (não sei por qual razão).
A aventura começou logo após o almoço, com um rápido trajeto de ônibus até Puerto Pañuelo. De lá, pegamos uma embarcação para chegar até à península de Quetrihué, onde está localizado o famoso Bosque dos Arrayanes.
Durante a navegação pelo belíssimo lago Nahuel Huapí, o guia do passeio tem que competir com as gaivotas pela atenção dos passageiros. Todos parecem menos interessados nas explicações do que em fotografar ou alimentar as centenas de pássaros que seguem o barco durante todo o percurso.
Eu sou uma dessas pessoas, como você pode conferir no vídeo:
O Bosque dos Arrayanes, único lugar do mundo com esta planta ("arrayanes") em grande quantidade, serviu de inspiração para o filme Bambi, da Disney. No meu ponto de vista, o lugar não merece muita atenção - você só caminha por passarelas de madeira, pelo meio das árvores nativas, durante aproximadamente meia hora. É bonito, mas nada de mais.
O próximo trajeto também é feito de barco, e nos leva até a Isla Victoria - essa já bem mais interessante. Você pode fazer uma visita guiada (já incluída na excursão) ou recorrer os caminhos da ilha por conta própria. Nós começamos com a visita guiada, mas logo preferimos nos afastar do grupo e andar sozinhos, já que estavam caminhando muito devagar para o nosso gosto.
A ilha tem muitas paisagens espetaculares, como florestas de sequoias (árvores gigantes) e mirantes de onde se pode avistar o lago.
Além disso, antes de pegar o barco para voltar tivemos um tempo livre para relaxar em uma praia (Playa del Toro), que fica na base de um rochedo.
Em
resumo, no verão eu acredito que a Isla Victoria seja a principal
atração turística de Bariloche. Ela é até bem mais aproveitada quando está
quente, pois você pode inclusive tomar banho no lago.
Para o próximo post, vou abrir uma exceção e falar sobre um turismo bem clichê: Bariloche com neve - destino para todas as idades nas férias de julho! Não perca!
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