sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Sul da Flórida: roteiro de 12 dias

No primeiro semestre deste ano, fizemos uma excelente viagem de 3 meses pelos Estados Unidos. Passamos 12 dias no sul da Flórida, e neste post vou publicar o nosso roteiro com todas as dicas sobre Miami, Key West e a costa oeste.

Cayo Costa, Flórida


Na verdade, a Flórida nunca foi uma prioridade de viagem para nós. Mas queríamos muito conhecer outros destinos americanos e, via de regra, a forma mais barata de ir do Brasil para os EUA é comprando um voo para Miami.

Os estados que eu mais queria (e ainda quero) conhecer nos EUA são Alaska, Hawaii, Wyoming, Montana, Oregon, Colorado, Maine... Só que se você for pesquisar, uma passagem do Brasil para qualquer desses lugares é caríssima, ainda mais partindo de Porto Alegre. Sai muito mais barato aproveitar alguma promoção para destinos mais em conta, como Miami, NYC, Orlando, Los Angeles, Las Vegas, etc, e depois comprar voos internos para o destino que você quiser.

No nosso caso, compramos passagens de ida e volta Porto Alegre - Miami por menos de R$2.000, ainda sem saber exatamente para onde iríamos. A partir daí, passamos a pesquisar voos baratos saindo da Flórida para algum dos destinos acima. 

Para a nossa surpresa, descobrimos que para viagens internas nos EUA, aparentemente, um dos aeroportos mais baratos da Flórida é o RSW, de Fort Myers (uma cidade da qual nós nunca tínhamos nem ouvido falar). Partindo de lá, achamos voos de ida para o Alaska por apenas USD103, um excelente valor considerando que é uma viagem que atravessa toda a América do Norte - são quase 2h de Fort Myers a Atlanta e depois mais de 7h até o Alaska. Os voos para outras cidades que nos serviriam bem, como Denver/CO, estavam na casa dos USD70/80, uma diferença muito pequena - então, nem pensamos 2 vezes e compramos as passagens para o Alaska.

Com isso, reservamos 11 dias na ida e 1 dia na volta para explorarmos o estado que nos recepcionou nos EUA, a Flórida. Com tão pouco tempo, decidimos nos concentrar apenas na parte sul do estado (que é a mais bonita), num itinerário que contemplou Miami, Fort Lauderdale, o arquipélago das Keys e a costa sudoeste, onde ficam a famosa Naples e o nosso destino final, Fort Myers.

Nos hospedamos em 4 cidades (Miami, Key West, Cape Coral e Fort Myers), e em todas conseguimos anfitriões do Couchsurfing. Por incrível que pareça, a mais difícil foi a que eu achei que seria a mais fácil: Key West.

Como meio de transporte, pedimos carona na maior parte das vezes, mas também pegamos ônibus. Carona no sul da Flórida, devido à forte presença de estrangeiros, foi super tranquilo - na maioria das vezes eram cubanos que paravam para nós, mas também pegamos carona com americanos, com um brasileiro, com um boliviano, com guianenses, com uma ucraniana, com um casal de turcos, com uma alemã e com 3 senhoras polonesas. 

Veja abaixo o nosso roteiro de 11 dias pelo sul da Flórida:

* Clique aqui para ver o mapa em detalhes




4/4 - Miami: Miami Beach e Sunny Isles

Voamos de Porto Alegre para Miami, com conexão de apenas 50min no Panamá. Saímos de POA à 1:30 AM e chegamos em Miami antes do meio-dia. A imigração foi bem tranquila.

Nossa hospedagem por 3 noites foi em Sunny Isles, um bairro ao norte de Miami famoso por prédios luxuosos onde vivem muitos brasileiros e russos. Como chegamos cedo em Miami, não compensava irmos direto para "casa", pois em Sunny Isles ficaríamos meio isolados e não haveria muito o que fazer pelo resto do dia. Então, pegamos um ônibus do aeroporto para Miami Beach, onde demos uma boa caminhada pela praia e tomamos banho de mar.







Depois, seguimos também de ônibus para Sunny Isles e conhecemos a praia do bairro, que tem prédios altos na orla e uma extensa plataforma sobre o mar. 





No fim da tarde fomos a pé para o apartamento onde nos hospedamos, no enorme edifício Boulevard 400 Sunny Isles, que tinha essa vista da sacada:





Depois da janta, ainda voltamos à praia para dar um passeio à noite:





5/4 - Miami: South Beach

Dedicamos todo esse dia a passear por South Beach, o bairro mais turístico de Miami. Os destaques foram a Española Way, uma rua de pedestres cheia de bares e restaurantes, e o South Pointe Pier, um ponto de encontro para ver o pôr do sol.












South Beach é uma síntese de Miami - se você só tem 1 dia na cidade, recomendo que o passe lá. Dá para curtir a praia e o mar, caminhar pelo extenso calçadão, praticar esportes (nós jogamos vôlei nas quadras de areia), ir a bons restaurantes ou comer todo tipo fast food, passear pelas avenidas agitadas Collins e Washington... Também em South Beach estão as principais lojas que os brasileiros procuram em Miami: Ross, Target, Best Buy, etc. 

E para quem quer economizar na refeição, uma ótima dica: comprar comida no supermercado Publix, na 5th Avenue - nós compramos peito de frango empanado e macarrão com molho de queijo, tudo muito bom e barato (gastamos mais ou menos 5,50 dólares por pessoa para comer bem).



Tudo em South Beach é perto, então recomendo que você conheça todo o bairro a pé (até porque dirigir por lá deve ser bem estressante). O transporte público não é dos melhores em Miami (assim como em todo os EUA), mas South Beach, por ser o bairro mais turístico, está servido com linhas de ônibus que o conectam com diversos outros bairros (inclusive Sunny Isles).


6/4 - Miami: Hallandale Beach / Hollywood Beach

Aproveitando que estávamos hospedados bem ao norte de Miami, quase na divisa com Fort Lauderdale, tivemos a ideia de conhecer Hollywood Beach, uma praia da cidade vizinha.

De Sunny Isles para Hollywood são apenas 5 milhas em linha reta, por uma grande avenida beira-mar, de modo que pensamos que seria fácil chegar lá de ônibus. Nos dias anteriores, circulando por Miami, já tínhamos percebido que o transporte público era meio ruim, mas foi nessa aventura para Hollywood que descobrimos que realmente ele é horrível. Talvez devido à mudança de município, foi uma verdadeira odisséia para andar essas 5 milhas de ônibus - as informações do Google Maps estavam todas erradas e ninguém na rua sabia nos informar nada. Tivemos que pegar uns 3 ônibus, super escassos e demorados, e ainda caminhamos uma boa parte do trajeto. 

Num desses trechos que fizemos a pé, paramos para conhecer a Hallandale Beach, onde tem um 7-Eleven. Essa famosa loja de conveniência é outro dos nossos lugares favoritos para comer, pois eles têm uma pizza muito boa e barata (com 7 dólares, nós 2 comemos bem).




Pela dificuldade do transporte público, recomendo muito que você pegue um Uber se quiser se locomover entre Miami e Fort Lauderdale. Na verdade, tenho certeza de que a forma mais prática e rápida de chegar de Sunny Isles a Hollywood seria pedir carona na avenida - porém, eram nossos primeiros dias de viagem e todo mundo fala na internet que carona na Flórida é super difícil, então não quisemos nem tentar para não perder mais tempo. Mas alguns dias depois começamos a viajar de carona pelo estado e vimos que na verdade é bem tranquilo, devido à forte presença de latinos.

Enfim, chegamos a Hollywood e caminhamos por todo o longo calçadão. Gostamos muito do passeio, pois a praia é mais bonita que as de Miami e a orla é tranquila, com casas de veraneio. Mas também tem partes mais agitadas, com bares e restaurantes com música ao vivo. Outra coisa legal são as dezenas de bebedouros por todo o caminho, além de chuveiros e banheiros públicos gratuitos e super limpos.

Se você quer ter um dia mais sossegado, com a finalidade de pegar praia, Hollywood é o lugar perfeito.


Praia vazia

Calçadão tranquilo e bem cuidado




À tarde voltamos para Sunny Isles e curtimos mais um pouco a praia e a sacada do nosso AP, que também foi uma atração à parte:





7/4 - de Miami a Key West

Quando montamos o nosso roteiro pela Flórida, o lugar que mais queríamos conhecer era o arquipélago das Keys. Assistimos à serie Bloodline (Netflix), que se passa em Islamorada e usou como locações diversos cenários ao longo da estrada que conecta as Keys, então queríamos muito parar e conhecer todos esses lugares com calma.

Para isso, o ideal seria fazermos este roteiro de carro, mas pesquisamos em vários sites e os valores estavam bem acima do que gostaríamos de pagar. Na verdade, se você vive nos EUA é até bem barato - é possível alugar carros econômicos por menos de USD10 por dia. Porém, quando você preenche que vive no Brasil (ou em qualquer outro país) o valor sobe consideravelmente - para as datas que vimos, estava mais de USD60 por dia.

Blablacar, por alguma razão que eu desconheço, é algo inexistente em todo o país. Não existe absolutamente nenhum aplicativo de caronas, nem grupos de Facebook com esta finalidade nos EUA (e olha que eu procurei!). 

Nos contentamos então em ir de ônibus direto para Key West, e apenas ver pela janela algumas locações da série, como praias, restaurantes, casas, pousadas, marinas, etc.

O ônibus mais barato que encontramos foi da Flixbus, por USD25 por pessoa (é meio caro, mas são mais de 4h de viagem). Se você comprar com pelo menos uns 10 dias de antecedência, consegue preços um pouco melhores. Eu recomendo baixar o app brasileiro da Flixbus e comprar a passagem em reais - apesar de a cotação não ser muito favorável, comprando pelo app você não paga o IOF nem a taxa de emissão (quase 3 dólares por compra, se eu me lembro bem) então em geral compensa (mas faça as contas para confirmar). Só é possível comprar passagens online - eles não permitem que você pague direto ao motorista, no embarque.

Além desse, pegamos outros 2 ônibus da Flixbus nos EUA, e nas 3 viagens eles estavam relativamente vazios e os bancos eram confortáveis, mas não tem wifi no ônibus (embora, na propaganda, eles garantam que tem). Em 2 viagens os ônibus foram bem pontuais, e na outra atrasou meia hora.

Se você está tentando economizar, pode pegar um ônibus para algum lugar mais perto (como Homestead), e de lá seguir de carona até Key West. É perfeitamente possível pois, como você vai ver a seguir, fizemos dessa forma o caminho de volta.

A estrada para Key West é fantástica, cheia de pontes que conectam as várias ilhazinhas do aquipélago, sobre o mar turquesa. Realmente foi uma pena fazer esse trajeto de ônibus, vendo tudo pela janela e sem poder parar nas diversas atrações pelo caminho. O que nos consolou é que tínhamos pouco tempo na Flórida para ver muita coisa, então se fôssemos parar para ver tudo o que queríamos levaríamos uns 2 dias, e definitivamente não tínhamos esse tempo sobrando. 

Além disso, as Keys estão tão próximas de Miami, são tão acessíveis, que com certeza vamos voltar lá mais vezes, com mais tempo - já na parte sudoeste da Flórida (arredores de Fort Myers), fizemos questão de ver tudo o que tinha para ver, pois possivelmente nunca mais vamos para lá.





Chegamos em Key West pelas 4h da tarde, e nosso anfitrião do Couchsurfing propôs que nós passássemos essa noite no barco dele, que fica ancorado no mar, a alguns km da costa de Key West. Ele então nos levou para lá num outro barco, e na manhã seguinte mandou um watertaxi nos buscar. Foi uma grande experiência para nós, que nunca tínhamos passado a noite num barco. 

O mais interessante é que o barco fica ancorado no meio do mar, mas mesmo assim tínhamos vários vizinhos - muita gente, principalmente turistas, escolhe dormir em barcos em Key West.




Nossos vizinhos




8/4 - Key West

De volta a terra firme, passamos o dia todo explorando Key West. A ilha é pequena e tudo pode ser conhecido a pé ou, melhor ainda, de bicicleta.

Com uma rápida olhada no Google Maps já é possível saber quais são os principais pontos turísticos da ilha: Mallory Square, Duval Street, o marco do ponto mais meridional, alguns museus, casas históricas, a Higgs Beach, a milha zero, o Forte Zachary Taylor... Em 2 dias inteiros nós conseguimos ver tudo isso, mas sem muita profundidade, sem longas paradas para comer ou descansar... e fomos embora com muita vontade de ficar mais! Eu recomendo ficar 3 dias inteiros em Key West.

Além das atrações tradicionais, andar sem rumo pelas ruazinhas da ilha também foi uma diversão para nós - foi em Key West que sentimos pela primeira vez que estávamos de fato nos Estados Unidos, com aquelas casas com cadeiras na varanda, escadinha na frente, bandeira hasteada... bem como a gente vê nos filmes. Em Miami, por ser uma cidade grande, moderna e cosmopolita, não tem nada disso.


















Uma curiosidade sobre Key West é que lá há muitos galos e galinhas andando soltos pelas ruas, resultado da proibição das rinhas.




9/4 - Key West

Mais um dia inteiro passeando por Key West. 

Demos toda a volta na ilha de bicicleta, parando em vários pontos no caminho. Nossa parada mais longa foi na Higgs Memorial Beach, a praia mais movimentada da ilha, onde ficamos um tempo jogando vôlei.
















Também estendemos o passeio até a ilha vizinha, Stock Island, mas não havia nada de muito bonito para se ver lá. O curioso foi que nas ruas residenciais dessa ilha praticamente só se via estrangeiros, especialmente jamaicanos.

Outro fato inusitado foi que encontramos no caminho vários pacotes de bolacha no chão, que decerto alguém tinha comprado e deixado cair. Levamos para casa e, alguns dias depois, também perdemos os mesmos pacotes na rua, kkkk.



10/4 - de Key West a Cape Coral

Nosso plano para esse dia era bem ambicioso: ir de Key West a Cape Coral. São mais de 6h de carro entre as 2 cidades, tendo que atravessar, no meio do caminho, toda a cidade de Miami.

Com certeza ir de ônibus seria o mais sensato, porém, como eu falei, transporte público nos EUA é algo escasso. Claro que não havia ônibus direto, então teríamos que pegar um de Key West a Miami, outro de Miami a Fort Myers e de lá Uber ou carona para Cape Coral. Só que todos os ônibus de Miami a Fort Myers partiam de manhã cedo, então não daria tempo de chegarmos lá. O único jeito seria quebrar a viagem em 2 dias, passando uma noite em Miami e seguindo para o nosso destino na manhã seguinte. Só que, fazendo assim, perderíamos um dia do nosso roteiro - fora o fato de que já estávamos bem de saco cheio desses ônibus. Então, como temos uma grande experiência em viajar de carona, decidimos tentar essa possibilidade. Foi a melhor decisão que tomamos - saímos de Key West pelas 10h da manhã e às 6h30 da tarde chegamos a Cape Coral. 

Começamos a pedir carona no centro da ilha, e rapidamente já estávamos na estrada. Daí em diante foi mais fácil ainda, pois é apenas um trajeto único, sem desvios. A parte difícil foi quando chegamos a Miami, pois paramos no sul da cidade e tínhamos que chegar ao extremo norte, para pegarmos então a estrada rumo a Fort Myers. O Google Maps não mostrava nenhum trajeto de ônibus entre esses 2 pontos.

Nesses casos, a melhor saída é sempre ficar indo de posto em posto de gasolina, pois eles estão presentes em todos os lugares e permitem que a gente aborde as pessoas. Levou quase 1h, mas conseguimos achar uma mulher que estava indo do sul de Miami para Miramar, em Fort Lauderdale. De lá, em outro posto de gasolina, conseguimos carona direto para Fort Myers com uma família de cubanos que já estava com o carro lotado, mas mesmo assim deram um jeito de nos colocar lá dentro. De Fort Myers a Cape Coral, nosso anfitrião mandou um Uber nos buscar. 

Como a nossa viagem fluiu muito melhor do que o esperado, a partir desse dia passamos a nos deslocar só de carona pela Flórida.

Separamos 4 dias inteiros do nosso roteiro para conhecermos o litoral sudoeste da Flórida, e dividimos nossa estadia em Cape Coral (2 noites) e Fort Myers (3 noites). As cidades são vizinhas e poderíamos ter ficado todas as noites em apenas uma delas, mas conseguimos ótimos anfitriões em ambas, então decidimos organizar assim.

No dia da chegada em Cape Coral, só deu tempo de dar uma boa caminhada pelas ruas residenciais do nosso bairro. Cape Coral foi toda construída sobre o rio Caloosahatchee, então quase todas as casas da cidade têm seus quintais de frente para os canais. É também reconhecidamente uma cidade de veraneio e de aposentados. Eu gostei muito de Cape Coral.

Veja o que é o mapa da cidade - Cape Coral tem mais canais do que Veneza, a diferença é que eles não estão nas ruas públicas, e sim nos fundos de cada casa:

Pôr do sol no nosso quintal em Cape Coral



11/4 - Fort Myers Beach / Captiva / Sanibel

Passamos o dia conhecendo essas 3 atrações, e nos locomovendo só de carona entre uma e outra.

De manhã, fomos para a Fort Myers Beach, a praia mais movimentada da região. Não achamos nada de mais - a água não é muito clara e o centrinho deixa a desejar. Mas vimos muitos golfinhos no mar, então valeu a pena ter ido lá.



Uma marina próxima à praia

Seguimos então para Captiva e Sanibel, 2 ilhas conectadas por pontes. Ambas têm praias e casas mais bonitas, além de outras atrações como parques e um farol. Demos um bom passeio por lá.






No fim da tarde voltamos para casa e demos mais uma volta por Cape Coral.




12/4 - Naples

Nesse dia fizemos um bate-volta de Cape Coral a Naples (1h de carro), onde passamos o dia todo. Fomos e voltamos de carona.

Naples é certamente a cidade mais bonita que visitamos na Florida. Apesar de a praia ser bem agradável, o que mais gostamos foi o passeio despretensioso pelo centro e pelas ruas residenciais. Todas as casas são verdadeiras mansões, com jardins super decorados, e as ruas são muito amplas e arborizadas. 

Mas uma coisa que me chamou a atenção é que as casas estavam quase todas fechadas - e nas que tinham janelas abertas, parecia que não tinha ninguém lá dentro. Víamos muitos serviçais por toda parte, varrendo, cortando grama, aparando as árvores, mas nenhum morador sentado na varanda lendo jornal, por exemplo. Acho que são casas de veraneio ou fim de semana, e ninguém parece realmente morar nelas. Não sei se é verdade, mas me deu a sensação de que Naples é mais uma cidade de conto de fadas, de ostentação dos milionários americanos, do que um lugar real, com pessoas reais vivendo.

Passeamos a pé pela cidade toda, mas o ideal seria explorar cada rua de bicicleta, pois tudo é plano e as ruas são simétricas, super fáceis para se localizar.








Golfinho no mar em Naples









No fim da tarde voltamos a Cape Coral e nos "mudamos" para a casa do nosso próximo anfitrião, em Fort Myers.



13/4 - Passeio de barco

De manhã, fomos de carro com o nosso anfitrião de Fort Myers até o porto de Pine Island. Lá, ele alugou um barco e nos levou para um ótimo tour por algumas praias desertas próximas à costa de Cape Coral, no Golfo do México. 

Foi um dos passeios que mais gostamos de fazer na Flórida, pois nesta viagem não estávamos esperando ver água tão verde, estilo caribenho (e isso que pegamos um dia nublado).

A primeira praia que visitamos foi Cayo Costa. Ancoramos o barco e demos uma boa caminhada pela faixa de areia.








Depois, fomos a Cabbage Key, uma ilha minúscula que tem apenas um restaurante, um hotel e meia dúzia de casas de aluguel. O Cabbage Key Restaurant é muito famoso e me surpreendi com a quantidade de gente almoçando lá (centenas de pessoas, não só turistas como moradores de cidades próximas). O lugar é tão procurado que tem até flanelinha de barco!

Com o nosso anfitrião de Fort Myers em Cabbage Key


Como eu não como peixe, pedi outro prato tradicional do restaurante e da Flórida: sanduíche de Cheddar com salada de batata. Tenho que confessar que não gostei nem um pouco da comida, o queijo não tinha gosto de nada e a salada de batata só tinha gosto de mostarda doce.




Depois do almoço, fomos conhecer a última ilha do dia: Boca Grande, onde paramos o barco e demos mais uma caminhada.





14/4 - Fort Myers

Foi o nosso último dia na Flórida (nessa parte da viagem), já que na manhã seguinte partiríamos para o Alaska. Como já tínhamos cumprido as "obrigações", e o roteiro tinha corrido bem e sem nenhum atraso, ficamos com o dia livre para passear pela área central de Fort Myers. Não há muito o que fazer na cidade, que, ao contrário da vizinha Cape Coral, é bem feia e mal cuidada. 

Só há uma atração famosa em Fort Myers: o Edison & Ford Winter States. Trata-se de um conjunto de casas e museus sobre a história de Thomas Edison e Henry Ford, que ali viveram e trabalharam por um tempo. Confesso que nós não tínhamos interesse algum em fazer essa visita, mas nosso anfitrião era associado ao museu e conseguiu 2 ingressos gratuitos para nós (a entrada custa USD20), então fomos conhecer.

Foi bom ter feito essa visita, pois tínhamos o dia inteiro livre e o museu é enorme - se você for ver e ler tudo, pode levar o dia todo lá. Então foi uma boa forma de preenchermos o nosso tempo, mas eu só recomendo que você vá caso se interesse muito por esse tema ou, como nós, tenha tempo sobrando.

Laboratório de Edison

As casas onde eles viveram







Depois de visitar o museu Edison & Ford, demos um passeio pelo centro de Fort Myers, corremos atrás de um Subway (o único que encontramos foi dentro de um hospital) e voltamos a pé para casa, caminhando por ruas residenciais.





Tivemos que fazer um crachá no hospital, só para comer no Subway


O melhor do dia foi essa despedida da Flórida, com um pôr do sol espetacular direto do nosso quintal:




Na manhã seguinte, nosso anfitrião nos levou até o aeroporto RSW. Não há nenhum ônibus para lá, a única opção é Uber.



28/6 - Miami: Downtown / Little Havana

No fim de junho, 2 meses e meio depois, voltamos para a Flórida para encerrar a nossa viagem pelos EUA. Vindos de Detroit, chegamos em Miami pelas 5h30 da tarde, num voo muito bonito (e assustador, com nuvens escuras e turbulência).





De cara, quando descemos do aviao, já notamos um contraste impressionante do clima, em relação à outra temporada. Em abril fazia um calor bem tranquilo durante o dia, e à noite esfriava um pouco (em Key West até pegamos frio de verdade à noite). No fim de junho, o calor durava 24h e era sufocante, úmido, parecia que estávamos numa sauna o tempo todo. Para quem não gosta de muito calor, como nós, não é recomendável uma viagem à Florida entre junho e setembro. As chuvas constantes também são um grande problema nesses meses de verão.

Dessa vez, teríamos apenas 1 dia inteiro em Miami, e queríamos nos hospedar em uma região mais central. Encontramos um excelente anfitrião em Little Havana, o bairro cubano, que fica estrategicamente localizado no caminho entre o aeroporto e o centro/South Beach. 

À noite, depois da janta, nosso anfitrião nos levou de carro até Miami Downtown, e de lá voltamos a pé para casa, atravessando toda a Calle 8, o coração da Little Havana.

Apesar de o centro de Miami ter algumas ruas legais para caminhar à noite, a zona de Little Havana estava bem morta. Nem era tão tarde (cerca de meia-noite) e quase todos os bares e restaurantes já estavam fechados e com as luzes apagadas.

Downtown:






Little Havana:






29/6 - Miami: South Beach

Mais um dia inteiro passeando por South Beach

Pensamos também em dar uma caminhada, agora à luz do dia, por Little Havana e pelo centro, mas não tínhamos achado essas zonas muito interessantes na noite anterior, e estava fazendo um calor tão absurdo que só pensamos em ir direto para a praia.









Pela meia-noite, nosso anfitrião nos levou para o aeroporto, pois o nosso voo de volta para o Brasil sairia no dia seguinte às 6h da manhã. Não há ônibus para o aeroporto durante a madrugada, então se o seu voo parte bem cedo, como o nosso, você precisa pegar um Uber ou ir na noite anterior (dá para consultar as linhas e horários no Google Maps).


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Este foi o nosso roteiro pelo sul Flórida. Outras dicas sobre esta região estão nos stories do instagram @adrikapp

Leia também: Roteiro de 65 dias pelo Alaska

























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