No final do ano passado, fizemos uma rápida viagem de carro de 4 dias/5 noites por uma das regiões mais bonitas da Europa: os lagos e montanhas da fronteira Itália-Suíça.
Nosso roteiro começou e terminou no Aeroporto de Milão Malpensa - mas, como esse aeroporto fica bem afastado do centro da cidade, optamos por não incluir Milão no itinerário, focando nas cidades menores e com mais facilidade de locomoção para carros.
Clima em novembro/dezembro
Essa região é uma ótima alternativa para quem não gosta muito de frio e vai viajar para a Europa no inverno. Existe um micro-clima que cerca o Lago di Como, fazendo com que a temperatura nessa área seja muito mais amena do que em outros lugares ali perto. Além disso, é uma região onde não chove muito no inverno: nesses 4 dias, pegamos só algumas horas de tempo nublado em Lugano - de resto, muito sol.
Dirigir entre a Itália e a Suíça
Para roteiros que passam por mais de um país (como esse), eu recomendo que na hora de reservar o carro, pela internet, você confira se o "cross border" (cruzar fronteiras) é um dos itens incluídos. Algumas locadoras já incluem esse benefício no preço, outras cobram uma taxa separada para quem quer levar o carro para fora do país. Mas, como via de regra dentro da União Europeia o trânsito é livre nas fronteiras, eu não sei exatamente o que acontece se você reservar um carro sem o "cross border" e for pego dirigindo no exterior - acredito que ninguém deve reter o veículo, o máximo que pode acontecer é o seu seguro contratado (seja o mais básico ou o total) perder a validade fora do país de origem do carro.
No caso da Itália com a Suíça, nas 4 fronteiras pelas quais passamos, havia postos policiais mas ninguém nos parou.
Outro detalhe é que, se você dirigir por autoestradas suíças, terá que comprar a "vinheta", um documento que substitui o pedágio no país e custa 40 euros. A vinheta pode ser comprada na fronteira e em diversos outros lugares do país, como lojas de conveniência. O nosso roteiro não passou por nenhuma autoestrada, então não tivemos que comprar nada. Na Itália não existe vinheta e também não passamos por nenhum pedágio.
Aluguel de carro: Sicily by Car
Retiramos e devolvemos nosso carro no Aeroporto de Milão Malpensa.
Usamos a locadora Sicily by Car e posso afirmar que, de todas as minhas 12 experiências com locadoras de carro até hoje, essa foi a melhor.
O preço foi ótimo: reservamos na véspera e saiu algo em torno de 5 euros/dia (isso porque alugamos um carro com porta-malas grande, se fosse um menor seria ainda mais barato). Pelo menos para viagens na baixa temporada, essa técnica é certeira - reserve o carro sempre no último minuto para pegar a melhor oferta (ou faça uma reserva antecipada mas com cancelamento gratuito, assim você pode continuar cuidando os preços e fazer uma nova reserva na véspera).
Também gostei dessa locadora porque, ao contrário de outras que já usei, não tem nenhuma taxa escondida (taxa de cartão de crédito, taxa de reabastecimento mesmo entregando o carro com o tanque cheio, seguro obrigatório, etc) - o preço final a ser pago é o mesmo preço que consta na reserva.
A praticidade também foi incrível: chegamos ao aeroporto às 21h e fomos direto para o balcão da locadora, que fica no próprio aeroporto, perto do desembarque. Já aluguei alguns carros de locadoras que têm aquele esquema de escritório fora do aeroporto e oferecem transfer gratuito e, pelo menos comigo, SEMPRE é um estresse - eles nunca estão esperando na hora marcada, daí a gente tem que sair correndo atrás de um telefone público, ligar pra locadora e eles demoram um tempão pra chegar... enfim, a não ser que os preços sejam muito discrepantes, prefira sempre uma locadora com escritório dentro do aeroporto.
Não havia fila no balcão da Sicily by Car, então direto já mostrei a reserva na tela do celular (não precisou imprimir) e, sem nenhuma enrolação, já me entregaram as chaves e em menos de 10min eu estava dirigindo.
Mas foi no último dia que a Sicily by Car me conquistou definitivamente: como reservamos um hotel que oferecia transfer gratuito de/para o aeroporto, nosso plano era devolver o carro na noite anterior ao nosso voo, para evitar o pagamento de outra diária. Porém, o hotel deu pra trás e não ofereceu o transfer, então quando fomos devolver o carro perguntei se poderia ficar com ele até o horário do nosso voo, na manhã seguinte (assim poderíamos ir para o hotel e voltar para o aeroporto de carro). Aceitaram numa boa, sem nenhuma burocracia (geraram outro contrato em 1 minuto) e não me cobraram nenhuma taxa extra para a alteração da data - apenas mais 5 euros de outra diária.
Roteiro de 4 dias inteiros / 5 noites
Mapa do nosso itinerário:
Clique neste link para ver com mais detalhes todos os lugares marcados no mapa.
29/11
Vindos de Londres, chegamos ao aeroporto de Milão Malpensa às 21h, pegamos o carro e fomos direto para o motel reservado, na cidade de Castelletto sopra Ticino. Nada de especial para ver nesse lugar, apenas passamos a noite lá pois ficava no meio do nosso caminho entre o aeroporto e o primeiro destino do nosso roteiro, Orta San Giuli.
Impossível recomendar mais o motel onde nos hospedamos, chamado Blue Relais Malpensa Lago Maggiore. Foi certamente um dos melhores custos-benefícios de hospedagem que eu já tive em uma viagem. Reservamos 2 quartos duplos pelo Booking e pagamos 29 euros por cada quarto. O atendimento foi excelente (muito rápido e prático), há estacionamento gratuito na frente de cada quarto, tudo era muito limpo, banho bom, calefação, quarto espaçoso... e a tarifa ainda inclui um excepcional café da manhã. Pensei que por um valor tão baixo o café seria pão com manteiga, e me surpreendi demais com a quantidade e a qualidade da comida servida. Outro ponto positivo é que, apesar de ser um motel de beira de estrada, há muitas opções de restaurantes/paradouros em todo o entorno. Nós chegamos ao motel pelas 22h, saímos para jantar umas 22h30 e mesmo assim encontramos diversos restaurantes abertos.
Sem dúvida alguma, o Blue Relais é a melhor opção para quem busca um lugar para descansar na estrada que liga o aeroporto com a região do Lago Maggiore.
30/11
Começamos o primeiro dia do roteiro indo para a pequena Orta San Giuli, um vilarejo que forma uma península no Lago d'Orta, e que cada vez mais vem sendo descoberto pelos turistas. Deixamos o carro num estacionamento com parquímetro na Via Panoramica, por 2h. Esse tempo foi suficiente para passearmos bastante por toda a orla do vilarejo, que estava bem vazia (vantagens de viajar fora de temporada).
De Orta, fomos em direção à fronteira da Suíça, seguindo sempre pela estrada espetacular que costeia o Lago Maggiore - paramos inúmeras vezes para tirar fotos:
A primeira cidade suíça por onde passamos foi Locarno - mas, como não tínhamos muito tempo, só paramos em um mirante:
Pegamos então uma estrada que sobe a montanha rumo ao Valle Verzasca, perto da cidade chamada Lavertezzo. Com um cenário paradisíaco, o cartão-postal desse vale é uma ponte medieval que passa sobre um rio de água muito verde. O problema foi que chegamos lá às 14:00, e incrivelmente já não havia mais sol incidindo sobre a água essa hora, por causa das altas montanhas ao redor. Então demos um passeio por lá, descemos até as pedras e andamos um pouco pelo rio, mas foi uma grande decepção e quero muito voltar lá em breve, com sol!
E vai aí uma foto do Google pra você ver como é o Valle Verzasca com sol:
Em seguida fomos para Piazzogna, um vilarejo erguido sobre colinas na beira do Lago Maggiore. Nada de especial para ver por lá também (a não ser a vista do lago), foi apenas onde havíamos reservado um apartamento para passar a noite.
Nossa escolha foi a Casa Stefi, também reservada pelo Booking, mas não recomendo. Eu reservei pensando que o preço total a ser pago seria 81 francos suíços (hoje R$315), mas havia ainda uma taxa de limpeza de 60 francos. A casa era confortável e quente, mas eu reclamo muito no Booking quando aparecem essas taxas obrigatórias escondidas - obviamente, não posso pensar em nenhum outro motivo para isso, a não ser que o dono da propriedade queira nos enganar nos fazendo pensar que o preço é barato, pois a casa vai aparecer no topo da lista se você ordenar as opções por preço (coisa que eu acredito que 99% das pessoas faça).
01/12
Nosso primeiro destino do dia foi Lugano, a maior cidade do Tícino, a região suíça onde se fala italiano. Mas, ao invés de irmos pelo caminho mais curto, fomos pelo mais bonito: costeamos o Lago Maggiore (seguindo à esquerda de Piazzogna) e em Luino pegamos a esquerda rumo a Lugano.
Deixamos o carro num estacionamento pago chamado Silos Parco Ciani, bem na frente do parque que é um dos cartões-postais de Lugano, e demos um passeio de 2h30 pela cidade, conhecendo o centro histórico e toda a orla do lago.
Depois, pegamos o carro e subimos o Monte Bré, por uma estrada panorâmica de onde se tem uma ótima vista da cidade. Infelizmente o tempo estava nublado (e até nevando um pouco), então a paisagem não estava tão bonita.
Saímos de Lugano e continuamos costeando o lago. Passamos pela fronteira Suíça-Itália e paramos em Cima (Cima é o nome da cidade). Ali almoçamos num restaurante na beira do lago, chamado La Taverna. A comida era ótima, mas veio em muito pouca quantidade.
Fomos então para o Lago di Piano, onde demos uma parada rápida para conhecer o lago.
Seguimos para Menaggio, onde chegamos ao famoso Lago di Como. Descemos um pouco até Tremezzina (nada de especial além da vista do lago), e depois voltamos para Menaggio e subimos até San Siro, onde dormimos num apartamento reservado pelo Booking chamado Casa Gabriella.
O preço da reserva, para 4 pessoas, foi 36 euros (de novo para parecer muito barato), mas tem uma taxa de limpeza de 38 euros. De qualquer forma, acho que apesar dessa desonestidade o preço continuou baixo para essa região, por isso compensou - foi uma casa razoavelmente confortável, tivemos um bom atendimento e, se você reservar no verão, poderá desfrutar de um terraço com uma ótima vista do lago.
02/12
Saímos de San Siro e fomos para Verceia, de onde se vê uma paisagem muito bonita do lago cercado por montanhas.
Seguimos para o norte e passamos por Chiavenna, mas deixamos para conhecer essa cidade depois, pois passaríamos de novo por lá no final da tarde. Fomos então conhecer o Lago di Prestone, um pouco ao sul de Campodolcino (nada de mais).
Depois, fomos para outro lago: o Lago d'Isola (há vários lagos com esse nome, no Google Maps - o que nós fomos é o de Madesimo, Sondrio). É um lugar espetacular e imperdível, ainda mais no começo de dezembro, quando estava começando a congelar. Ficamos cerca de 1h passeando pelos arredores do lago.
Continuamos nosso passeio pela mesma estrada (SS36, Splügen Pass) até a última cidade italiana, Montespluga, junto à fronteira suíça. O caminho até lá foi espetacular, mas tivemos que ir muito devagar pois havia bastante neve na pista, e seria impossível seguir viagem para além dessa cidade. Infelizmente, o grande Lago di Montespluga estava completamente congelado, então nem percebemos quando passamos por ele!
Voltamos então pelo mesmo caminho, e paramos para almoçar num restaurante no vilarejo de Corti. Seguimos para Chiavenna, onde deixamos o carro gratuitamente num estacionamento perto da delegacia. Demos um passeio de cerca de 2h pela cidade, tempo suficiente para andar por praticamente todas as ruas e tirar muitas fotos. Gostamos muito de Chiavenna.
Nosso próximo destino foi a Cascate dell'Acquafraggia, poucos quilômetros a leste de Chiavenna. Dá para ir com o carro até bem perto da cascata - tivemos que andar só uns 100m até ela. Também foi outro lugar que gostamos muito!
Continuamos para o leste, novamente indo até o limite com a Suíça, mas sem passar a fronteira. Visitamos a ponte sobre o Rio Mera, em Pian della Ca', e depois voltamos pelo mesmo caminho de ida, passando novamente por Chiavenna e Verceia.
Sobre a Itália, leia também:
Roteiro de 1 dia pela região de Friuli Venezia Giulia
E aqui mais alguns roteiros de viagens:
Inglaterra e País de Gales
Alemanha, Suíça e França
Bavária e Tirol
Costa Brava - Espanha
Marrocos
Nosso roteiro começou e terminou no Aeroporto de Milão Malpensa - mas, como esse aeroporto fica bem afastado do centro da cidade, optamos por não incluir Milão no itinerário, focando nas cidades menores e com mais facilidade de locomoção para carros.
Clima em novembro/dezembro
Essa região é uma ótima alternativa para quem não gosta muito de frio e vai viajar para a Europa no inverno. Existe um micro-clima que cerca o Lago di Como, fazendo com que a temperatura nessa área seja muito mais amena do que em outros lugares ali perto. Além disso, é uma região onde não chove muito no inverno: nesses 4 dias, pegamos só algumas horas de tempo nublado em Lugano - de resto, muito sol.
Dirigir entre a Itália e a Suíça
Para roteiros que passam por mais de um país (como esse), eu recomendo que na hora de reservar o carro, pela internet, você confira se o "cross border" (cruzar fronteiras) é um dos itens incluídos. Algumas locadoras já incluem esse benefício no preço, outras cobram uma taxa separada para quem quer levar o carro para fora do país. Mas, como via de regra dentro da União Europeia o trânsito é livre nas fronteiras, eu não sei exatamente o que acontece se você reservar um carro sem o "cross border" e for pego dirigindo no exterior - acredito que ninguém deve reter o veículo, o máximo que pode acontecer é o seu seguro contratado (seja o mais básico ou o total) perder a validade fora do país de origem do carro.
No caso da Itália com a Suíça, nas 4 fronteiras pelas quais passamos, havia postos policiais mas ninguém nos parou.
Outro detalhe é que, se você dirigir por autoestradas suíças, terá que comprar a "vinheta", um documento que substitui o pedágio no país e custa 40 euros. A vinheta pode ser comprada na fronteira e em diversos outros lugares do país, como lojas de conveniência. O nosso roteiro não passou por nenhuma autoestrada, então não tivemos que comprar nada. Na Itália não existe vinheta e também não passamos por nenhum pedágio.
Aluguel de carro: Sicily by Car
Retiramos e devolvemos nosso carro no Aeroporto de Milão Malpensa.
Usamos a locadora Sicily by Car e posso afirmar que, de todas as minhas 12 experiências com locadoras de carro até hoje, essa foi a melhor.
O preço foi ótimo: reservamos na véspera e saiu algo em torno de 5 euros/dia (isso porque alugamos um carro com porta-malas grande, se fosse um menor seria ainda mais barato). Pelo menos para viagens na baixa temporada, essa técnica é certeira - reserve o carro sempre no último minuto para pegar a melhor oferta (ou faça uma reserva antecipada mas com cancelamento gratuito, assim você pode continuar cuidando os preços e fazer uma nova reserva na véspera).
Também gostei dessa locadora porque, ao contrário de outras que já usei, não tem nenhuma taxa escondida (taxa de cartão de crédito, taxa de reabastecimento mesmo entregando o carro com o tanque cheio, seguro obrigatório, etc) - o preço final a ser pago é o mesmo preço que consta na reserva.
A praticidade também foi incrível: chegamos ao aeroporto às 21h e fomos direto para o balcão da locadora, que fica no próprio aeroporto, perto do desembarque. Já aluguei alguns carros de locadoras que têm aquele esquema de escritório fora do aeroporto e oferecem transfer gratuito e, pelo menos comigo, SEMPRE é um estresse - eles nunca estão esperando na hora marcada, daí a gente tem que sair correndo atrás de um telefone público, ligar pra locadora e eles demoram um tempão pra chegar... enfim, a não ser que os preços sejam muito discrepantes, prefira sempre uma locadora com escritório dentro do aeroporto.
Não havia fila no balcão da Sicily by Car, então direto já mostrei a reserva na tela do celular (não precisou imprimir) e, sem nenhuma enrolação, já me entregaram as chaves e em menos de 10min eu estava dirigindo.
Mas foi no último dia que a Sicily by Car me conquistou definitivamente: como reservamos um hotel que oferecia transfer gratuito de/para o aeroporto, nosso plano era devolver o carro na noite anterior ao nosso voo, para evitar o pagamento de outra diária. Porém, o hotel deu pra trás e não ofereceu o transfer, então quando fomos devolver o carro perguntei se poderia ficar com ele até o horário do nosso voo, na manhã seguinte (assim poderíamos ir para o hotel e voltar para o aeroporto de carro). Aceitaram numa boa, sem nenhuma burocracia (geraram outro contrato em 1 minuto) e não me cobraram nenhuma taxa extra para a alteração da data - apenas mais 5 euros de outra diária.
Roteiro de 4 dias inteiros / 5 noites
Mapa do nosso itinerário:
Clique neste link para ver com mais detalhes todos os lugares marcados no mapa.
29/11
Vindos de Londres, chegamos ao aeroporto de Milão Malpensa às 21h, pegamos o carro e fomos direto para o motel reservado, na cidade de Castelletto sopra Ticino. Nada de especial para ver nesse lugar, apenas passamos a noite lá pois ficava no meio do nosso caminho entre o aeroporto e o primeiro destino do nosso roteiro, Orta San Giuli.
Impossível recomendar mais o motel onde nos hospedamos, chamado Blue Relais Malpensa Lago Maggiore. Foi certamente um dos melhores custos-benefícios de hospedagem que eu já tive em uma viagem. Reservamos 2 quartos duplos pelo Booking e pagamos 29 euros por cada quarto. O atendimento foi excelente (muito rápido e prático), há estacionamento gratuito na frente de cada quarto, tudo era muito limpo, banho bom, calefação, quarto espaçoso... e a tarifa ainda inclui um excepcional café da manhã. Pensei que por um valor tão baixo o café seria pão com manteiga, e me surpreendi demais com a quantidade e a qualidade da comida servida. Outro ponto positivo é que, apesar de ser um motel de beira de estrada, há muitas opções de restaurantes/paradouros em todo o entorno. Nós chegamos ao motel pelas 22h, saímos para jantar umas 22h30 e mesmo assim encontramos diversos restaurantes abertos.
Sem dúvida alguma, o Blue Relais é a melhor opção para quem busca um lugar para descansar na estrada que liga o aeroporto com a região do Lago Maggiore.
30/11
Começamos o primeiro dia do roteiro indo para a pequena Orta San Giuli, um vilarejo que forma uma península no Lago d'Orta, e que cada vez mais vem sendo descoberto pelos turistas. Deixamos o carro num estacionamento com parquímetro na Via Panoramica, por 2h. Esse tempo foi suficiente para passearmos bastante por toda a orla do vilarejo, que estava bem vazia (vantagens de viajar fora de temporada).
De Orta, fomos em direção à fronteira da Suíça, seguindo sempre pela estrada espetacular que costeia o Lago Maggiore - paramos inúmeras vezes para tirar fotos:
A primeira cidade suíça por onde passamos foi Locarno - mas, como não tínhamos muito tempo, só paramos em um mirante:
Pegamos então uma estrada que sobe a montanha rumo ao Valle Verzasca, perto da cidade chamada Lavertezzo. Com um cenário paradisíaco, o cartão-postal desse vale é uma ponte medieval que passa sobre um rio de água muito verde. O problema foi que chegamos lá às 14:00, e incrivelmente já não havia mais sol incidindo sobre a água essa hora, por causa das altas montanhas ao redor. Então demos um passeio por lá, descemos até as pedras e andamos um pouco pelo rio, mas foi uma grande decepção e quero muito voltar lá em breve, com sol!
E vai aí uma foto do Google pra você ver como é o Valle Verzasca com sol:
Fonte: BMW Motorrad Club - Monza |
Em seguida fomos para Piazzogna, um vilarejo erguido sobre colinas na beira do Lago Maggiore. Nada de especial para ver por lá também (a não ser a vista do lago), foi apenas onde havíamos reservado um apartamento para passar a noite.
Nossa escolha foi a Casa Stefi, também reservada pelo Booking, mas não recomendo. Eu reservei pensando que o preço total a ser pago seria 81 francos suíços (hoje R$315), mas havia ainda uma taxa de limpeza de 60 francos. A casa era confortável e quente, mas eu reclamo muito no Booking quando aparecem essas taxas obrigatórias escondidas - obviamente, não posso pensar em nenhum outro motivo para isso, a não ser que o dono da propriedade queira nos enganar nos fazendo pensar que o preço é barato, pois a casa vai aparecer no topo da lista se você ordenar as opções por preço (coisa que eu acredito que 99% das pessoas faça).
01/12
Nosso primeiro destino do dia foi Lugano, a maior cidade do Tícino, a região suíça onde se fala italiano. Mas, ao invés de irmos pelo caminho mais curto, fomos pelo mais bonito: costeamos o Lago Maggiore (seguindo à esquerda de Piazzogna) e em Luino pegamos a esquerda rumo a Lugano.
Deixamos o carro num estacionamento pago chamado Silos Parco Ciani, bem na frente do parque que é um dos cartões-postais de Lugano, e demos um passeio de 2h30 pela cidade, conhecendo o centro histórico e toda a orla do lago.
Depois, pegamos o carro e subimos o Monte Bré, por uma estrada panorâmica de onde se tem uma ótima vista da cidade. Infelizmente o tempo estava nublado (e até nevando um pouco), então a paisagem não estava tão bonita.
Saímos de Lugano e continuamos costeando o lago. Passamos pela fronteira Suíça-Itália e paramos em Cima (Cima é o nome da cidade). Ali almoçamos num restaurante na beira do lago, chamado La Taverna. A comida era ótima, mas veio em muito pouca quantidade.
Fomos então para o Lago di Piano, onde demos uma parada rápida para conhecer o lago.
Seguimos para Menaggio, onde chegamos ao famoso Lago di Como. Descemos um pouco até Tremezzina (nada de especial além da vista do lago), e depois voltamos para Menaggio e subimos até San Siro, onde dormimos num apartamento reservado pelo Booking chamado Casa Gabriella.
O preço da reserva, para 4 pessoas, foi 36 euros (de novo para parecer muito barato), mas tem uma taxa de limpeza de 38 euros. De qualquer forma, acho que apesar dessa desonestidade o preço continuou baixo para essa região, por isso compensou - foi uma casa razoavelmente confortável, tivemos um bom atendimento e, se você reservar no verão, poderá desfrutar de um terraço com uma ótima vista do lago.
02/12
Saímos de San Siro e fomos para Verceia, de onde se vê uma paisagem muito bonita do lago cercado por montanhas.
Seguimos para o norte e passamos por Chiavenna, mas deixamos para conhecer essa cidade depois, pois passaríamos de novo por lá no final da tarde. Fomos então conhecer o Lago di Prestone, um pouco ao sul de Campodolcino (nada de mais).
Depois, fomos para outro lago: o Lago d'Isola (há vários lagos com esse nome, no Google Maps - o que nós fomos é o de Madesimo, Sondrio). É um lugar espetacular e imperdível, ainda mais no começo de dezembro, quando estava começando a congelar. Ficamos cerca de 1h passeando pelos arredores do lago.
Continuamos nosso passeio pela mesma estrada (SS36, Splügen Pass) até a última cidade italiana, Montespluga, junto à fronteira suíça. O caminho até lá foi espetacular, mas tivemos que ir muito devagar pois havia bastante neve na pista, e seria impossível seguir viagem para além dessa cidade. Infelizmente, o grande Lago di Montespluga estava completamente congelado, então nem percebemos quando passamos por ele!
Voltamos então pelo mesmo caminho, e paramos para almoçar num restaurante no vilarejo de Corti. Seguimos para Chiavenna, onde deixamos o carro gratuitamente num estacionamento perto da delegacia. Demos um passeio de cerca de 2h pela cidade, tempo suficiente para andar por praticamente todas as ruas e tirar muitas fotos. Gostamos muito de Chiavenna.
Nosso próximo destino foi a Cascate dell'Acquafraggia, poucos quilômetros a leste de Chiavenna. Dá para ir com o carro até bem perto da cascata - tivemos que andar só uns 100m até ela. Também foi outro lugar que gostamos muito!
Continuamos para o leste, novamente indo até o limite com a Suíça, mas sem passar a fronteira. Visitamos a ponte sobre o Rio Mera, em Pian della Ca', e depois voltamos pelo mesmo caminho de ida, passando novamente por Chiavenna e Verceia.
No fim da tarde chegamos a Bellano, onde dormimos num apartamento reservado pelo Booking, chamado El Jardín. O preço foi 96 euros (para 4 pessoas), era muito confortável, espaçoso e quente e a dona, uma colombiana, foi muito simpática conosco.
Bellano é uma das melhores bases na região do Lago di Como - além de ser uma cidade com um centro bonito, você também pode conhecer o Orrido di Bellano, que é uma cachoeira que fica dentro de um parque fechado (ingresso 4 euros). Nós não visitamos esse lugar por falta de tempo e também porque eu li várias avaliações no TripAdvisor que dizem que o preço não compensa (é só um mirante para ver a cachoeira). Não esqueça de verificar no Google o horário de abertura do parque, pois ele varia conforme a temporada e o dia da semana.
03/12
Começamos nosso último dia de viagem indo de Bellano para Varenna, de onde saem os barcos da margem leste do Lago di Como para a margem oeste e para Bellagio.
Mas eu só recomendo se locomover de barco caso você não esteja de carro (ou tenha muito pouco tempo), pois todas as estradas passam pela orla do lago e são muito, muito bonitas. Entre Varenna e Bellagio, por exemplo, são só 3km e 15min de barco - mas nós optamos por fazer esse trajeto pela estrada (44km), aproveitando para parar a cada curva e conhecer os vilarejos no caminho, e foi uma excelente escolha.
Nossa maior parada, nesse trajeto, foi para conhecer a orla de Lecco, uma cidade relativamente grande (quase 50.000 habitantes):
Fotos da estrada Lecco - Bellagio:
Fotos da estrada Lecco - Bellagio:
Bellagio é a cidade mais imperdível do Lago di Como (não à toa estava repleta de turistas, mesmo em dezembro), pois fica na posição mais privilegiada, cercada de água por todos os lados. O centro histórico também é de longe o mais bonito, nem se compara com o das outras cidades ao redor (Bellano, Varenna, Menaggio, Lecco, Como, etc). Como nós não tínhamos muito tempo no nosso roteiro, conhecemos Bellagio por cerca de 3h30 (incluindo o tempo de almoço) e já seguimos viagem. Mas o ideal seria dormir lá, para conhecer a cidade também à noite (nesse caso, chegue em Bellagio à tarde - se chegar de manhã, vai morrer de tédio até a noite!).
De Bellagio seguimos para Como, a cidade que dá nome ao lago. Por ironia, é a mais sem graça entre todas! Demos apenas um passeio de carro pelo centro, perto da catedral, procurando um lugar pra estacionar. Não achamos uma única vaga (nem de graça, nem com parquímetro, nem em estacionamentos pagos), o trânsito estava absurdamente caótico e já estava anoitecendo, então desistimos de Como e encerramos nosso roteiro.
Fotos da estrada Bellagio - Como:
Fotos da estrada Bellagio - Como:
Fomos para o Hotel Idea Malpensa Milano, que fica a 3km do aeroporto, em Case Nuove, e foi onde dormimos na última noite da viagem.
Jamais fique nesse lugar! Antes de fazer a reserva, eu contatei o hotel pelo Facebook e perguntei se havia transfer gratuito para o aeroporto, e me garantiram que sim (sem nenhuma ressalva). Acontece que o tal transfer só é oferecido durante o dia, não é um serviço 24h, e justamente nos horários que precisávamos (às 21h, depois de devolver o carro no aeroporto e às 4h na manhã seguinte, para pegar o voo) não havia transfer. Achei isso o cúmulo, pois pra uma pessoa escolher se hospedar nesse hotel é óbvio que, ou ela acaba de chegar de um voo à noite, ou vai pegar um voo cedo na manhã seguinte.
Também perguntei antes de reservar se poderíamos receber "breakfast boxes" (caixas com café da manhã), já que teríamos que fazer o check-out antes do horário do café, que estava obrigatoriamente incluído na tarifa, e responderam que sim, poderíamos receber as caixas. Chegando no hotel, solicitei e falaram (com muita antipatia) que essa informação não procedia. Então mostrei as mensagens e depois de muita discussão eles se renderam e nos entregaram as tais caixas, que não continham praticamente nada (um suco de pacote, um pedaço de pão e uma maçã).
Por isso, passe longe desse hotel: Idea Malpensa Milano.
Jamais fique nesse lugar! Antes de fazer a reserva, eu contatei o hotel pelo Facebook e perguntei se havia transfer gratuito para o aeroporto, e me garantiram que sim (sem nenhuma ressalva). Acontece que o tal transfer só é oferecido durante o dia, não é um serviço 24h, e justamente nos horários que precisávamos (às 21h, depois de devolver o carro no aeroporto e às 4h na manhã seguinte, para pegar o voo) não havia transfer. Achei isso o cúmulo, pois pra uma pessoa escolher se hospedar nesse hotel é óbvio que, ou ela acaba de chegar de um voo à noite, ou vai pegar um voo cedo na manhã seguinte.
Também perguntei antes de reservar se poderíamos receber "breakfast boxes" (caixas com café da manhã), já que teríamos que fazer o check-out antes do horário do café, que estava obrigatoriamente incluído na tarifa, e responderam que sim, poderíamos receber as caixas. Chegando no hotel, solicitei e falaram (com muita antipatia) que essa informação não procedia. Então mostrei as mensagens e depois de muita discussão eles se renderam e nos entregaram as tais caixas, que não continham praticamente nada (um suco de pacote, um pedaço de pão e uma maçã).
Por isso, passe longe desse hotel: Idea Malpensa Milano.
04/12
Às 6h30, embarcamos rumo ao Brasil, com escala em Lisboa.
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Sobre a Itália, leia também:
Roteiro de 1 dia pela região de Friuli Venezia Giulia
E aqui mais alguns roteiros de viagens:
Inglaterra e País de Gales
Alemanha, Suíça e França
Bavária e Tirol
Costa Brava - Espanha
Marrocos
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s Central) y apenas salimos de ella, se siente que estas en una ciudad bastante diferente a Roma y a cualquier otra que hayamos estado en Italia. El entorno callejero que rodea a la estación es literalmente otro, pero eso sí, nada que un latinoamericano no haya visto antes en su vida: pasajeros de trenes y autobuses corriendo raudos a sus destinos, vendedores callejeros por todos lados, tipos con aspecto de andar en malos pasos en cada dos por tr edicionesamargord.net/la-investigacion-universitaria-y-su-rol-en-el-desarrollo-academico-de-un-pais/
ResponderExcluirOlá!! Sei que essa viagem foi a alguns anos, mas como é o valor do combustível na Itália e Suíça?
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