segunda-feira, 16 de julho de 2018

Alemanha, Suíça e França - roteiro de 12 dias de carro, com início e fim em Frankfurt

O roteiro abaixo, que nós fizemos em novembro/17, é ideal para quem tem passagens aéreas de ida e volta para Frankfurt, quer alugar um carro e ficar de 10 a 15 dias viajando por lá de forma econômica.

Como hospedagem, usamos hostels, hoteis e pousadas baratas, além de apartamentos alugados pelo Airbnb - coloquei algumas dicas ao longo do post.

Nosso roteiro de carro começou no aeroporto de Frankfurt. Em seguida, descemos para Heidelberg e a região da Floresta Negra. Entramos na Suíça e visitamos um conjunto de cachoeiras, além das cidades de Zurique e Basel. Subimos para a França e conhecemos toda a região da Alsácia (uma das mais bonitas do país), passando por cada vilarejo. Voltamos para a Alemanha e visitamos 2 vales, o do rio Mosel e o do Reno, com suas atrações que vão de vinícolas a castelos. Finalmente, 12 dias depois, voltamos a Frankfurt, onde devolvemos o carro no aeroporto.

Na Alemanha e na França, não passamos por nenhum pedágio no nosso trajeto. Para dirigir pelas autoestradas da Suíça, você precisa comprar a "vinheta", um ticket que substitui os pedágios, e colar no vidro do carro. Acontece que, em qualquer país normal que use esse sistema, os turistas podem comprar vinhetas de acordo com o seu período de permanência - dá pra comprar de 3 dias, de uma semana, de 2 semanas, de um mês, e aí por diante, e é claro que os valores variam. A Suíça, como sempre sendo Suíça, tinha que ser diferente: o turista que vai lá pra ficar 1 dia tem que comprar a vinheta de 1 ano (a mesma que os habitantes locais compram, para passar o ano inteiro dirigindo pelas estradas), por um valor bem mais caro. O que nós fizemos, então, foi organizar o roteiro de forma que não passássemos por nenhuma rodovia, o que acabou tendo um resultado muito bom, já que as estradinhas do interior são muito mais bonitas.

Mapa do nosso roteiro: - clique aqui para abrir e ver de perto todo o trajeto.






6/11 - Chegada em Frankfurt

Chegamos em Frankfurt no fim da tarde, vindos de Munique (havíamos passado 12 dias no Tirol e na Bavária, viajando de carona - leia aqui o post).

À noite, depois da janta, saímos para explorar a parte turística da cidade. Eu já conhecia Frankfurt de outra viagem, e tinha gostado muito de lá (ao contrário de Munique, que não acho a menor graça). 






7/11 - Frankfurt - Bensheim 


Em Frankfurt, refizemos o trajeto da noite anterior (agora com a luz do dia) e também demos uma volta pelo calçadão na beira do rio.








À tarde fomos para o aeroporto de trem buscar minhas tias (super fácil, partindo da Hauptbahnhof - Estação Central, trens n°.8 ou 9), que estavam chegando do Brasil. Às 17h, retiramos no balcão do desembarque o carro alugado pela Flizzr, locadora low-cost que pertence à Sixt

Achei péssimo o atendimento da Sixt e não recomendo para ninguém. O funcionário que nos atendeu estava com muita pressa, falava rápido demais e nem sequer nos deu informações de onde estava o carro, só entregou a chave com o número do box do estacionamento e nos correu de lá. Também achei um absurdo que o contrato (que obviamente tive que assinar) estava escrito apenas em alemão - pedi uma via em inglês (fui generoso, pois em muitas locadoras já recebi o contrato em português) e me disseram que não seria possível. 

Saímos do balcão e depois de uma odisseia para encontrar o estacionamento e o carro (as vagas não seguem uma numeração lógica, só adivinhando mesmo), começamos nossa viagem.

Nosso primeiro destino foi Bensheim, que apenas serviu de parada para dormirmos, no caminho entre Frankfurt e Heppenheim. Escolhemos ficar lá essa noite pois foi onde encontramos uma oferta irrecusável no Airbnb (uns 25 euros para nós 4). Confesso que, como o preço era absurdamente menor que todos os outros, até chegar lá eu estava bem desconfiado de que íamos nos meter numa furada, mas tudo saiu melhor que a encomenda. Nosso anfitrião, o equatoriano Fernando, morava na parte de baixo do apartamento e nos alugou a parte de cima, um quarto grande com 4 camas. Tivemos também acesso à cozinha, que era bem limpa, e ele não se importou que cozinhamos nossa janta por lá. Tentei achar de novo essa oferta no Airbnb, para colar aqui o link, mas não encontrei mais - enfim, se você se deparar com ela, não se preocupe: é confiável, e sem dúvida alguma foi o melhor custo-benefício do mundo.




8/11 - Bensheim - Heppenheim - Heidelberg - Baden-Baden - Floresta Negra

Foi o dia mais cheio da viagem. Acordamos bem cedo em Bensheim e descemos até Heppenheim, onde demos uma rápida caminhada pelo centro. O vilarejo é muito bonito e vale uma visita - pena que pegamos muita chuva e não conseguimos aproveitar tão bem.




Seguimos para Heidelberg, e fomos direto para o famoso castelo da cidade. Subimos até lá de carro e estacionamos gratuitamente perto da entrada do complexo do castelo. Visitamos só a parte externa (os jardins e os mirantes para a cidade), que é gratuita - para entrar se paga 7 euros - achamos que não valia muito a pena, e na verdade também estávamos bem sem tempo nesse dia. 





Descemos da área do castelo, e estacionamos numa das vagas gratuitas perfeitamente localizadas ao lado da ponte principal, do lado do rio oposto ao centro histórico. Atravessamos a ponte e passeamos um pouco pelo centro, onde almoçamos.








Seguimos viagem para o sul e entramos na região da Floresta Negra, que inspirou dezenas de contos infantis como Branca de Neve, João e Maria e Chapeuzinho Vermelho. Nossa primeira parada foi em Baden-Baden, onde estacionamos nas vagas com parquímetro ao lado do Cassino. Uns dizem que esse é um dos cassinos mais antigos da Alemanha, outros afirmam que é o mais antigo, e alguns também defendem que é o mais antigo de toda a Europa. Só sabemos de fato que ele é muito velho! Entramos para conhecê-lo por dentro, mas só pudemos visitar a parte das caça-níqueis - para ver a área onde estão as mesas de jogo é preciso comprar um ingresso e usar traje social.

Nós perdemos as nossas fotos de Baden-Baden, então aqui vão umas do Google:


O cassino visto de fora... - Fonte: Encircle Photos
...e por dentro - Fonte: The Independent

Também demos uma volta no centro da cidade, que não é nada de mais. Um passeio legal é caminhar pela Lichtentaler Allee, uma grande avenida no meio de um parque arborizado (mas não fizemos isso porque estava chovendo e estávamos sem tempo).

Continuamos para o sul, adentrando cada vez mais na Floresta Negra. Começou a anoitecer e uma densa neblina apareceu, o que deixou a paisagem ainda mais interessante.




  





Estava nos nossos planos conhecer a cachoeira Allerheiningen, que fica a curta distância da estrada, mas incrivelmente não conseguimos achar a entrada da trilha, e depois de procurarmos bastante acabamos desistindo.


Dormimos na Gruppenhaus für Selbstversorger im Schwarzwald, em Bad Rippoldsau-Schapbach, que no Booking constava como Holzwalder Hohe - Black Forest Hostel. É uma pousada/hostel que fica no meio da floresta, num vilarejo minúsculo - o que, para mim, torna a localização perfeita. Apesar disso, não recomendamos muito - o atendimento não foi bom, a internet não pegava e o quarto era regular. Pagamos 50 euros o quarto quádruplo + 5 euros por pessoa pelo aluguel de roupa de cama e toalhas, que não estavam incluídas na diária.


Depois da janta, saímos (eu e a Adriana) para um passeio noturno pela floresta.




9/11 - Floresta Negra


Passamos o dia todo percorrendo as estradinhas da Floresta Negra. Começamos pela cachoeira Burgbach - chegamos bem perto dela, ouvindo o forte barulho da água, mas não conseguimos ver absolutamente nada por causa da neblina. 


Arredores da cachoeira Burgbach

Continuamos viagem até o vilarejo de Alpirsbach, onde demos um rápido passeio no centro:




E depois seguimos para Schiltach, que eu considerei uma das cidades mais bonitas que visitamos em toda a Alemanha:








Fomos então para a verdadeira Nascente do Rio Danúbio. Existe a nascente falsa, que é bem mais turística e acessível, já que fica bem no centro da cidade de Donaueschingen - mas a verdadeira mesmo é a que nós visitamos, que fica na parte mais alta da Floresta Negra, perto de Furtwangen (no Google Maps, procure por "Douanquelle, Furtwangen"). Nos surpreendemos ao ver bastante neve pelo caminho, recém no começo de novembro:




A nascente

Seguimos para um dos pontos mais turísticos da Floresta Negra: o grande lago Titisee, na cidade de mesmo nome.




Demos uma curta caminhada pela margem do lago e pelo centrinho, mas começou a chover forte e resolvemos ir direto para a nossa hospedagem, ali perto, no pequeno vilarejo de Waldau. Ficamos na Haus Sommerberg, uma espécie de apartamento que reservamos pelo Booking, e foi excelente - pagamos apenas 64 euros por 2 quartos enormes, 2 banheiros e uma sala/cozinha - tudo super confortável, com ótimo aquecimento e perfeito atendimento (os donos, um casal de idosos muito simpáticos, moram na parte de cima da casa).

Como ainda eram umas 16h e o tempo tinha melhorado, eu e a Adriana saímos para uma caminhada pela floresta, nos arredores de Waldau - o passeio foi tão bom que levou mais de 3h! Acho que a melhor forma de conhecer a Floresta Negra, a mais autêntica, é bem essa: escolher um vilarejo (o menor possível) para se hospedar, e sair caminhando sem rumo, pelas colinas e por dentro da floresta. Não tem a menor graça ficar hospedado numa cidade grande nessa região.









10/11 - Floresta Negra - Rhine Falls - Zurique - Brütten

Saímos da Floresta Negra e também da Alemanha, e fomos para as Rhine Falls ("Cachoeiras do Reno"), na cidade de Neuhausen am Rheinfall, na Suíça. Você pode ver as cachoeiras dos 2 lados do rio, o sul e o norte. No lado norte o estacionamento é pago, e no sul (junto à entrada do Castelo Laufen) é gratuito e com tempo ilimitado - então, claro que estacionamos no sul. A entrada ao castelo estava custando 5 francos, e achamos que não compensava - embora tenha alguns mirantes lá dentro, o castelo em si não parece ser nada de mais. Então, cruzamos a ponte a pé e andamos por toda a margem norte do rio, olhando as cachoeiras de diversos ângulos. Depois, voltamos pelo mesmo caminho até o carro.






Fomos então a Zurique, a maior cidade suíça. Eu já tinha estado lá em 2010 e não tinha gostado da cidade - dessa vez, gostei menos ainda! Debaixo de uma chuva torrencial, enfrentando um trânsito caótico, estacionamos na única vaga que achamos, em cujo parquímetro estava escrito que aceitava moedas de euro (pois não tínhamos trocado para francos). Colocamos o valor correspondente, mas a máquina não nos entregou o ticket (e também não devolveu as moedas). Alguém nos disse para colocar de novo, então fizemos isso, mas a máquina continuou sem entregar o ticket. Pedimos ajuda a várias pessoas, mas os poucos que paravam no meio daquela chuva não sabiam o que estava acontecendo com o parquímetro - alguns diziam que ele estava estragado, e outros que ele não aceitava euros, embora estivesse escrito claramente o contrário. Irritados com a situação (já tínhamos pago o dobro do valor, que a máquina engoliu e não devolveu), ensopados da chuva e congelando, largamos o carro ali sem o ticket e fomos dar um rápido passeio pelo centro. Apenas meia hora depois, voltamos e é CLARO que tinha uma multa de 40 francos nos esperando - quando passamos meia hora ali querendo ajuda, nenhum guarda apareceu, mas foi só a gente sair que chegaram rapidinho para multar, mesmo no meio do aguaceiro. E óbvio que, quando procuramos eles para reclamar, também já não havia mais ninguém. 


Todo mundo fala tão bem da Suíça, mas eu já tenho material para escrever um livro só com experiências negativas no país. Infelizmente ele é um dos mais bonitos do mundo, então terei que voltar lá muitas vezes ainda...


Zurique


Depois de Zurique fomos a Brütten, um pequeno vilarejo que só tinha interesse para mim, pois passei uma semana ótima lá em 2010, hospedado na casa da tia de um amigo, no auge do inverno. Como estava no nosso caminho, quis voltar lá e rever a cidade, desta vez sem neve.

Ficamos hospedados em Brütten, no Motel Steighof - 181 francos por 2 suítes. Não chegava a ser desconfortável, mas pelo preço poderia ser bem melhor (e o dono, como é regra na Suíça, dava a entender que ele estava fazendo um enorme favor nos hospedando lá).

O que recomendamos muito em Brütten (embora seja muito improvável que alguém que esteja lendo isso vá um dia para Brütten) é a Pizzeria D'Antonio. Nos atenderam muito bem (os donos não são suíços, e sim portugueses) e comemos aquela que foi de longe a melhor refeição da viagem: o nhoque aos 4 queijos. Caríssimo para nós (19 francos o prato), mas em termos de Suíça, e pela qualidade, até que foi barato.




11/11 - Brütten - Basel

Fomos de Brütten a Basel (ou Basiléia) pela estradinha que costeia o Reno, junto à fronteira da Alemanha:





Basel está encravada numa tríplice fronteira, entre Suíça, França e Alemanha. Nós ficamos hospedados na verdade na cidade de Saint Louis, no Aparthôtel Adagio Access Saint Louis, literalmente logo após a fronteira da França (nunca dormi tão perto de uma fronteira - a aduana ficava a menos de 50m do hotel). Recomendamos muito esse hotel - super barato para a região (pagamos R$265 por 2 suítes - hoje, cerca de 58 euros), muito confortável e organizado, nos acomodaram bem antes do horário normal de check-in e ainda oferecia croissants e suco à vontade na recepção, além de ter uma piscina térmica e estacionamento gratuito. E pode ser implicância minha, mas bastou nos afastarmos 50m da Suíça para o atendimento voltar a ser bom, kkkk.

Fomos a pé do hotel até o centro da cidade, uma caminhada muito prazerosa pela margem do rio. Basel foi um lugar que nos surpreendeu positivamente. Não é tão procurada e achei muito mais bonita que Zurique, e com mais atrações turísticas:













12/11 - Basel - Eguisheim - Colmar

Começamos o dia dando uma chegada rápida na Alemanha, na cidade de Weil Am Rhein, bem perto de Basel, para ver o Vitra Design Museum. Só vimos o prédio por fora, não entramos no museu (e perdemos as fotos também).

Fonte: Wikipedia

Em seguida voltamos para a França e fomos para Eguisheim, o primeiro dos inúmeros de vilarejos que visitamos na região da Alsácia - e também um dos que mais gostamos. Demos uma caminhada de mais de 1h por todas as ruas do casco histórico, cujo mapa é um grande espiral.








Por fim, fomos para Colmar, a cidade onde se passa a história "A Bela e a Fera". Deixamos o carro no estacionamento gratuito "Parking Place Scheurer Kestner", na frente do cinema, e caminhamos bastante pelo centro. 







À noite fomos jantar no Le Feu Rouge, outro lugar que recomendamos muito. É um restaurante tipicamente alsaciano, com um ambiente interno muito legal, comida deliciosa e super barato também. Nós pedimos 4 porções individuais de um prato típico (não lembro o nome, mas era spätzel com muito queijo gratinado e bacon), e veio tanta quantidade que levamos pra casa as sobras e jantamos no dia seguinte.


A nossa hospedagem em Colmar foi reservada pelo Airbnb, um apartamento tranquilo numa zona residencial que recomendamos bastante (veja neste link).




13/11 - Vilarejos da Alsácia entre Colmar e Estrasburgo


Passamos o dia inteiro no caminho entre Colmar e Estrasburgo (saímos de manhã cedo e só chegamos à noite), parando em todos os vilarejos possíveis. Recomendo muito tirar um dia para fazer isso, pois a maioria dos turistas viaja direto entre essas 2 cidades, pela rodovia, e acaba perdendo o melhor da Alsácia, que são essas cidadezinhas entre os vinhedos. 

Nosso roteiro foi (as mais imperdíveis estão sublinhadas): Colmar - Niedermorschwihr - Kaysersberg - Riquewihr - Hunawihr - Ribeauvillé - Bergheim - Kintzheim - Dambach-la-Ville - Mittelbergheim - Barr - Obernai - Estrasburgo.


Kaysersberg


Riquewihr

Kaysersberg

Hunawihr

estrada

Hunawihr

Riquewihr

estrada

Riquewihr

Obernai

Barr

Riquewihr
Barr

Em Estrasburgo reservamos um apartamento pelo Booking num bairro residencial, o Gite Saint Florent - foi barato, mas é com sistema de auto-atendimento  (você nem vê a "anfitriã", e para achar as chaves é quase uma caça-ao-tesouro) e a comunicação entre nós não foi muito boa.



14/11 - Estrasburgo


Passamos o dia inteiro percorrendo as ruas de Estrasburgo, visitando todos os pontos turísticos da cidade. Como procurei na internet e não encontrei nenhum estacionamento gratuito perto do centro, fomos e voltamos do bairro Saint Florent (onde estávamos) de metrô até a estação central.














15/11 - Estrasburgo - Château de Haut-Barr - Graufthal - Vosges du Nord - Wissembourg - Merzig


Saímos cedo de Estrasburgo e fomos para o Château de Haut-Barr, a ruína de um castelo no topo de um morro. A visita é gratuita e achamos que valeu a pena ter ido até lá, principalmente porque fica num lugar alto, de onde se tem uma vista das florestas ao redor.








Em seguida fomos para o vilarejo de Graufthal (no Google Maps pesquise por "Eglise Protestante Graufthal"). Em frente à igreja, há casas azuis construídas sob rochas - no verão elas podem ser visitadas por dentro, e é cobrada uma pequena taxa. Como estávamos no outono/inverno elas estavam fechadas, mas deu para ver de graça por fora, caminhar na passarela estreita entre as casinhas e espiar para dentro por frestas na janela e buracos da fechadura (ou seja, vimos a mesma coisa que se vê no verão, sem pagar nada).







A próxima parada seria em Wissembourg, outra das cidades mais bonitas da Alsácia, na fronteira da França com a Alemanha. Mas em vez de fazermos o caminho mais curto de Graufthal para lá, fomos pelas estradinhas do  Parque Vosges du Nord, uma imensa área de florestas. Recomendo muito fazer esse caminho, principalmente no outono.










À tarde chegamos em Wissembourg, e ficamos até quase anoitecer caminhando pela cidade.







Ainda dirigimos mais 2h até Merzig, na Alemanha, onde nos hospedamos num apartamento reservado pelo Booking: Sebastianna's Ferienwonnung. Foi um custo-benefício excelente, pois o apartamento era enorme (2 quartos, banheiro, cozinha, sala espaçosa...) e o atendimento também muito bom. Em Merzig não tem nada para fazer - só nos hospedamos lá porque estava no nosso caminho, e foi onde achamos esse apartamento bom e barato.



16/11 - Merzig - Aussichtspunkt Cloef - Saarburg - Trier - Vale do Mosel


Saímos cedo de Merzig e fomos para um lugar que deveria ser muito bonito, mas que não conseguimos aproveitar por causa da forte neblina: o Aussichtspunkt Cloef. É um mirante gratuito, de onde, num dia de sol, se tem a seguinte vista:


Fonte: Flickr

Já que não conseguimos ver o rio em formato de ferradura, pelo menos demos uma caminhada pela floresta perto do mirante, para compensar a ida até lá:






Em seguida fomos para Saarburg, uma cidadezinha cortada por um rio. Pelas fotos na internet eu achei que seria bem mais bonita, mas na verdade a água do rio tem uma cor de sujeira e acho que não vale a pena visitar a cidade, a não ser que esteja exatamente no seu caminho.







A próxima parada foi Trier, a cidade mais antiga da Alemanha. Deixamos o carro num estacionamento fechado (pago) e demos uma volta pelo centro. Almoçamos por lá, caminhamos pelas grandes ruas para pedestres e visitamos o famoso monumento "Porta Nigra" - mas o destaque mesmo ficou para a Catedral de Trier, também a igreja mais antiga do país. A visita é gratuita (uma raridade na Europa, ainda mais para uma Catedral desse porte), mas para acessar a sala das relíquias é cobrado ingresso - é lá que estão expostos, entre outros itens, a túnica que supostamente Jesus Cristo usou no dia em que foi crucificado, bem como um prego usado na cruz.


Porta Nigra

Centro de Trier

A Catedral, por dentro

A praça central

A continuação da nossa viagem foi pelo Vale do Rio Mosel, que é uma área interessante, cheia de vinícolas e pequenos vilarejos erguidos dos 2 lados do rio - mas já estava escurecendo e não conseguimos ver muita coisa.

O que mais gostamos foi de subir o morro (com o carro) em Piesport, para ter a vista panorâmica do vale:



Dormimos em outro lugar excelente e absurdamente barato: um enorme apartamento térreo (super confortável, com 2 salas, 2 banheiros, 2 quartos e uma cozinha - todas peças grandes) por apenas 40 euros (10 por pessoa!!) - e de brinde ainda ganhamos uma garrafa de vinho do dono, que é muito simpático. Não sei de onde vem esse preço tão baixo, pois os outros hotéis/pousadas/apartamentos nessa região custam mais de 100 euros para 4 pessoas - e duvido que sejam tão bons! O nome desse achado é Weingut Klosterhof, em Brauneberg.



17/11 - Vale do Mosel - Morsdorf - Cochem - Eltz Castle - Pillig

Seguimos em frente pelo Vale do Mosel, passando por várias paisagens:






Em Beilstein, abandonamos a margem do rio e pegamos a estrada rumo a Morsdorf, para conhecer a ponte Geierlay, ou Hängeseilbrücke. É gratuito passear pela ponte - só o que é pago é o estacionamento, no centro de Morsdorf (se não me engano, 1 euro/hora), e não tem onde deixar o carro de graça. Do centro até a ponte são 2km e, embora haja uma ótima estrada asfaltada, só é permitido ir caminhando (o que, na baixa estação, não faz o menor sentido - éramos só nós e mais umas 10 pessoas visitando, não faria mal algum irmos de carro até lá e nos pouparia muito tempo e uma pernada de 4km).

Gostei bastante de visitar a ponte - foi um passeio muito legal, gratuito e diferente, que rendeu também ótimas fotos. Levamos cerca de 2h no total (caminhada ida e volta + passeio na ponte).










Voltamos à margem do Mosel pelo mesmo caminho e seguimos para Cochem, a cidade mais bonita e fotogênica de todo o vale. Estacionamos nas vagas com parquímetro, almoçamos no centrinho e demos uma volta por todo o vilarejo.








Por fim, fomos para o Eltz Castle, que na minha opinião é o castelo mais bonito da Alemanha - mais até que o famoso Castelo de Neuschwanstein. Em vez de ficar no alto de uma colina, como é o normal, esse castelo fica no fundo de um vale. Para chegar até a entrada, pra variar, você tem que deixar o carro num estacionamento lá em cima e descer com um ônibus de turismo (acho que o preço é 2 euros), ou ir caminhando. Não é uma caminhada muito longa (não chega a 2km), mas é uma descida. Como nós fomos em novembro, a temporada mais baixa do ano, o castelo estava fechado para manutenção - por causa disso, os ônibus não estavam operando e tudo estava vazio. Sendo assim, conseguimos descer com o carro até lá embaixo, e estacionamos bem na entrada do castelo - quando estávamos indo embora, levamos xingão de um funcionário que apareceu por lá (é não ter mais o que fazer!!). Pelo menos já estávamos de saída, depois de um longo passeio de mais de 1h por toda a área ao redor do castelo.




A estrada que leva ao castelo





Seguimos para Pillig, um vilarejo bem perto do Eltz, onde fomos só para dormir. Ficamos no Hotel Pastis - apenas 40 euros por um quarto quádruplo - confortável, mas pra variar o atendimento foi péssimo, e além disso nos cobraram dobrado no cartão de crédito e só consegui receber o estorno depois de 5 meses enviando e-mails sem parar (e sem nem mesmo um pedido de desculpas).



18/11 - Pillig - Vale do Reno - Frankfurt

Saímos de manhã de Pillig em direção ao Vale do Reno, e cruzamos o Rio Mosel em Alken.


A primeira cidade que visitamos no Vale do Reno foi Boppard - uma caminhada de 30min pelo centro já foi suficiente. 

Fomos então descendo pela estrada que margeia o rio, cheia de castelos dos 2 lados:







Bacharach é o vilarejo mais bonito do Vale do Reno, bem típico alemão, e vale uma parada maior (nós ficamos 2h30 lá, contando com o tempo de almoço):









No Vale do Mosel há pontes o tempo todo, então você pode conhecer os 2 lados do rio, fazendo um roteiro em "zigue-zague". Já no Vale do Reno não há pontes, então tivemos que escolher um lado (o de Boppard/Bacharach). Mas há uma balsa que cruza o rio, de Bingen a Rüdesheim am Rhein - que, por sorte, é justamente a cidade mais bonita do outro lado, então se você tem tempo pode organizar o roteiro dessa forma. Nós não fomos até lá.

De Bacharach, passamos por mais alguns castelos e enfim chegamos ao aeroporto de Frankfurt, no meio da tarde, onde devolvemos o carro. A ideia inicial era já voarmos para Londres naquele dia - mas a Ryanair simplesmente cancelou o nosso voo, sem mais nem menos, e só conseguimos outro para a manhã seguinte. Então achamos mais fácil (e mais barato) já devolver o carro nessa tarde e ir/voltar de trem do aeroporto para o centro, onde dormimos no hotel Alpha Pension. Muito bem localizado  (a poucos metros da estação central) e ok para o preço de 80 euros o quarto quádruplo - mas, como de costume nessa viagem, o atendimento foi ruim.


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Viajar em novembro pela Europa

Você deve ter ficado assustado com a quantidade de chuva/neblina que pegamos nessa viagem. Mas novembro  na verdade é imprevisível, e dessa vez realmente tivemos muito azar - de todas as viagens que já fiz, esses 12 dias foram os mais azarados quanto ao tempo. Em 2016 passamos novembro inteiro viajando pela Europa e pegamos 27 dias de sol - e em 2017 mesmo, depois desse roteiro, fomos passar 11 dias na Inglaterra (onde está sempre chovendo) e pegamos tempo bom todos os dias. Por isso, viajar em novembro é uma questão de sorte, e ele continua sendo um dos meus meses preferidos para viajar pela Europa - tudo é mais vazio, mais fácil e mais barato, e ainda é uma mistura das 2 estações mais bonitas: o outono e o inverno.


No próximo post, o nosso roteiro de 11 dias (de sol) entre Inglaterra e País de Gales.


Leia também: 

Roteiro de 12 dias - Bavária e Tirol

Roteiro de 4 dias pela Costa Brava - Espanha

Roteiro de 25 dias pelo Marrocos



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