No ano passado, fizemos algo bem radical: passamos nada menos que um mês viajando pela Geórgia, país desconhecido de quase todo mundo (até de quem está acostumado a viajar). Dos pouquíssimos brasileiros que já estiveram na Geórgia a turismo, duvido muito que algum tenha ficado um mês por lá. E não pense que foi um mês parado, de descanso, sempre no mesmo lugar, comendo e dormindo - foi simplesmente o mês mais intenso e movimentado da minha vida!
Veja abaixo algumas dicas para uma boa viagem:
A Geórgia não é para pessoas urbanas
O seu objetivo principal, ao viajar para a Geórgia, não deve ser conhecer as cidades "grandes". Tbilisi, a capital, é caótica, cheia de gente (juro que nem em Londres vi multidões como em Tblisi) e totalmente desprovida de atrativos. Kutaisi, a segunda maior cidade, consegue ser ainda pior - tudo é feio, simplesmente não tem o que conhecer, não tem um lugar bonito para parar e tirar uma foto. A terceira maior cidade é Batumi - essa até que vale a pena pela arquitetura bizarra, mas em 1h você dá um passeio por quase tudo.
Por outro lado, a natureza georgiana é exuberante, diversa e praticamente intacta - um excelente motivo para conhecer o país!
Por outro lado, a natureza georgiana é exuberante, diversa e praticamente intacta - um excelente motivo para conhecer o país!
Geórgia = trilhas nas montanhas
Se você não tem fôlego, ou tem dificuldade em longas caminhadas, também não recomendo conhecer a Geórgia. Claro que há alguns lugares (os mais turísticos) que são acessíveis a todos, de carro - mas são tão poucos que sinceramente acho que não vale a pena ir até lá só para vê-los. A verdadeira Geórgia, com suas atrações autênticas, isoladas e escondidas, é realmente para os fortes.
Nós fizemos longas trilhas praticamente todos os dias, caminhando uma média de 20km por dia, de muita subida e descida. Eu já fiz centenas de trilhas em muitos lugares, e as da Geórgia, até hoje, sem dúvida foram as mais difíceis. Não é só a complexidade das distâncias, mas também o piso muito irregular, a falta de sinalização/informação, a necessidade de cruzar rios e até cachoeiras, a neve em alguns pontos, as subidas tão íngremes que requerem quase escalada, as plantas mais espinhosas que eu já vi... enfim, foram tantos obstáculos que nem posso lembrar de todos. Em uma das trilhas tivemos até que fazer um trajeto nos arrastando pelo chão, pois as plantas formavam um túnel muito baixo e a única passagem era por ali! Quanto aos ursos, que são muito abundantes na Geórgia e podem ser perigosos quando estão com fome, não vimos nem sinal.
Não deixe de baixar o aplicativo MapsMe - ele é absolutamente essencial na Geórgia, você não chega a lugar nenhum sem ele. Não dá pra confiar no GoogleMaps!
Nós fizemos longas trilhas praticamente todos os dias, caminhando uma média de 20km por dia, de muita subida e descida. Eu já fiz centenas de trilhas em muitos lugares, e as da Geórgia, até hoje, sem dúvida foram as mais difíceis. Não é só a complexidade das distâncias, mas também o piso muito irregular, a falta de sinalização/informação, a necessidade de cruzar rios e até cachoeiras, a neve em alguns pontos, as subidas tão íngremes que requerem quase escalada, as plantas mais espinhosas que eu já vi... enfim, foram tantos obstáculos que nem posso lembrar de todos. Em uma das trilhas tivemos até que fazer um trajeto nos arrastando pelo chão, pois as plantas formavam um túnel muito baixo e a única passagem era por ali! Quanto aos ursos, que são muito abundantes na Geórgia e podem ser perigosos quando estão com fome, não vimos nem sinal.
Não deixe de baixar o aplicativo MapsMe - ele é absolutamente essencial na Geórgia, você não chega a lugar nenhum sem ele. Não dá pra confiar no GoogleMaps!
Passagens baratas para a Geórgia
Compre uma passagem para algum lugar da Europa, e de lá voe para Kutaisi com a low-cost Wizzair - há preços excelentes! Nós não fizemos isso pois também viajamos por todos os países em volta (Turquia, Rússia, Armênia e Azerbaijão), então nossas entradas na Geórgia foram sempre por fronteiras terrestres.
O povo georgiano
Não gostamos da maioria das pessoas que conhecemos na Geórgia, sendo bem honesto. Todos esses relatos que existem na internet, dizendo que os georgianos são receptivos, alegres, prontos a ajudar, certamente foram escritos por pessoas que passaram 1 dia nas cidades grandes, e não por viajantes como nós, que passaram 1 mês no país, visitando várias regiões e lidando diretamente com o povo, todo dia, a toda hora.
Nessa mesma viagem, como eu falei, conhecemos também todos os países que fazem fronteira com a Geórgia - e gostamos do povo de todos eles. Não sabemos o que acontece com a Geórgia, que é uma ilha de pessoas "diferentes" - é um daqueles lugares raros onde basta cruzar uma fronteira, uma linha imaginária, para que as pessoas mudem da água para o vinho (no caso da Geórgia, literalmente).
As 2 regiões mais turísticas do país (e onde passamos quase todos os nossos dias) são 2 áreas montanhosas, uma no noroeste chamada Svaneti e uma no nordeste chamada Kazbegi. A impressão clara que tivemos é que os habitantes dessas 2 regiões não suportam os turistas - eles estão saturados, eles não aguentam mais, fazem de tudo para que vão embora. Ninguém dá um sorriso, não fazem a menor questão de aprender as mais básicas palavras de inglês, não há tradução de nada (e o alfabeto ainda é diferente), não existe informação gratuita.
Na Rússia, passamos uma semana fazendo compras sempre no mesmo supermercado, e cada vez que entrávamos lá era uma festa - todo mundo já nos conhecia, da moça do pão ao segurança, nunca nos sentimos tão queridos num lugar. Em Mestia, na Geórgia, fomos por 11 dias seguidos num mercadinho bem menor, e saímos de lá com a impressão de que, se fôssemos uma 12ª vez, seríamos expulsos - ninguém nos aguentava mais, quando a gente tentava perguntar o preço de alguma coisa já começavam a bufar.
Na Rússia, passamos uma semana fazendo compras sempre no mesmo supermercado, e cada vez que entrávamos lá era uma festa - todo mundo já nos conhecia, da moça do pão ao segurança, nunca nos sentimos tão queridos num lugar. Em Mestia, na Geórgia, fomos por 11 dias seguidos num mercadinho bem menor, e saímos de lá com a impressão de que, se fôssemos uma 12ª vez, seríamos expulsos - ninguém nos aguentava mais, quando a gente tentava perguntar o preço de alguma coisa já começavam a bufar.
Quando ir para a Geórgia
A melhor estação é o outono, uma época de muito sol (em 1 mês, só pegamos 2 dias de chuva) e temperatura ótima - durante o dia fazia de 10 a 15 graus (às vezes até mais) e à noite esfriava bastante (de 0 a 5 graus). Além disso, basta uma rápida pesquisa na internet para você perceber como é famoso o outono georgiano, considerado um dos mais bonitos do mundo. Eu queria tanto conhecer a Geórgia nessa época que toda a nossa viagem de 3 meses e meio foi planejada em função disso - compramos as passagens de ida e volta calculando as datas nos mínimos detalhes, para que chegássemos à Geórgia no fim de setembro e saíssemos no fim de outubro.
O único problema de viajar nessa época é uma região chamada Tusheti, uma das mais bonitas do país. Essa área oferece inúmeras trilhas que infelizmente só podem ser feitas durante os meses de verão, de junho a agosto - no início de setembro já tem neve e os passos de montanha já começam a fechar. Na verdade, nesse ano (2018) acho até que poderíamos ter ido a Tusheti no começo de outubro, pois o inverno demorou muito a chegar na Geórgia, assim como em toda a Europa - mas foi um caso bem atípico e, como já tínhamos esquematizado passar apenas 1 mês na Geórgia, não daria tempo de conhecer essa região.
Hospedagem na Geórgia
Nós costumamos usar o Couchsurfing, que é uma rede social onde conhecemos pessoas que podem nos hospedar de graça, em qualquer lugar do mundo, como uma troca de experiências. Nas cidades maiores da Geórgia, o Couchsurfing é ok. Nas regiões de montanha ou vilarejos, não dá certo. A maioria dos anfitriões não entende bem como funciona o Couchsurfing - uns pensam que é um aplicativo de relacionamento, outros pensam que é de reservas de hoteis, outros (a maioria) são completamente loucos e não falam nada com nada. E quase ninguém fala inglês. Mas a boa notícia é que hospedagem em pousadas ou hostels, na Geórgia, é realmente muito barato. Veja abaixo nossas recomendações de 3 acomodações onde ficamos:
Em Mestia, nos hospedamos na pousada Guram Khvintelani. Na verdade mandamos uma mensagem pelo Couchsurfing, e o anfitrião (chamado Murtaz) era filho dos donos da pousada. Ele não nos hospedou de graça mas fez um preço baratíssimo - 10 lari (aproximadamente 15 reais) por noite, para nós 2. Ficamos em um quarto duplo, com banheiro e cozinha compartilhados (mas só estávamos nós na pousada). Destaque para o melhor banho que já tomei - chuveiro de água muito forte e muito quente. Não há calefação no quarto, mas os donos nos emprestaram um aquecedor elétrico que funcionou muito bem. Outro ponto positivo é que mãe de Murtaz fala inglês perfeitamente, o que é um alívio para a comunicação e algo extremamente raro na Geórgia - nem funcionários de hotéis 5 estrelas falam! Por isso, nessa pousada foi tudo ótimo, tivemos uma experiência perfeita, absolutamente nenhuma queixa. Guram Khvintelani - altamente recomendado!
Em Ushguli ficamos no Hotel Tekla, pagando 24 lari a diária do quarto duplo. A dona é meio louca mas também podemos recomendar. Há uma "casa principal" (quartos maiores, com banheiro, mais caros) e uma "segunda casa" (quartos menores, com banheiro compartilhado e mais baratos - ficamos nessa). Gostei especialmente da localização desse hotel, na parte mais alta do vilarejo - de um lado é a beira de um penhasco, do outro tem vista para as montanhas e para a famosa e antiga igreja de Ushguli.
Em Stepantsminda, nos hospedamos no Soul Backpackers Hostel, pagando 10 lari por cama em dormitório misto compartilhado. O preço normal é 15 lari, mas como ficamos 7 noites conseguimos um desconto. É um ótimo hostel, limpo e arrumado, com excelente atendimento dos donos. Na cozinha compartilhada não há fogão nem geladeira - mas a dona nos deixou usar a geladeira do outro hotel que eles têm, a poucos metros de lá, e nos emprestou um fogão portátil. O quarto tem calefação e cobertas de sobra - não passamos frio em nenhum momento. Também está na melhor localização possível, ao lado do supermercado mais barato da cidade e bem no centro, perto da estrada - fácil sair de lá e ir para qualquer lugar de carona. Soul Backpackers Hostel - estadia perfeita em Stepantsminda!
Alimentação na Geórgia
Se você quer sair para comer em restaurantes, boas notícias: pedir um prato na Geórgia sai bem mais barato que nos países europeus. Porém, para comprar comida em supermercados, é um problema - além de ter pouquíssimas opções, é tudo mais caro que no Brasil.
Não deixe de provar o queijo georgiano - depois de 1 mês comendo todo dia, fiquei em abstinência. É um queijo brancão, que parece uma ricota mas tem gosto de parmesão - muito bom mesmo, e também barato. O famoso pão georgiano, chamado lavash e assado em fornos no chão, também era presença confirmada nos nossos cafés da manhã. De doces, comprávamos tudo de uma marca ucraniana - infelizmente não lembro o nome nem fotografei os produtos, mas eram diversas bolachas e palitos de chocolate deliciosos, e também baratos.
Nós viajamos só pegando carona - não é impossível, mas está longe, muito longe de ser fácil. Conseguimos manter nosso roteiro original, mas alguns trechos foram difíceis. Um exemplo claro que ilustra bem o comportamento dos georgianos foi o que vivemos no nosso último dia no país. Tínhamos que viajar da Armênia para a Turquia - mas, como a fronteira entre esses países é fechada, tivemos que dar uma volta e ir da Armênia para a Geórgia e da Geórgia para a Turquia. Todo o trecho na Armênia foi tranquilo, na Turquia também - já os míseros 60km que tínhamos que fazer na Geórgia, entre as 2 fronteiras, nos tomaram quase o dia todo. E o que é pior: foram 6 caronas para cobrir esse trajeto, sendo que 5 foram de armênios!
Sem dúvida alguma, a melhor forma de se locomover na Geórgia é alugando um carro - a diária é bem mais cara que na Europa, mas se você tem condições vale a pena. Existem também ônibus e vans que conectam as principais cidades e até alguns vilarejos, mas não são confortáveis e não levam a todos os lugares. Para fazer um roteiro como o nosso, você teria que estar com transporte próprio, pegar táxi ou viajar de carona mesmo. Nas cidades grandes há um aplicativo chamado Taxify, com preços baratíssimos - para nós 2, dava praticamente o mesmo valor do ônibus, e funcionou muito bem.
Nosso roteiro de 1 mês pela Geórgia
*Clique neste link para ver o mapa maior e com mais detalhes
26/9 - Arhavi - fronteira Turquia/Geórgia - Batumi - Zugdidi
27/9 - Zugdidi - Mestia (caminhada na cidade)
28/9 - Mestia (trilha Koruldi Lakes)
29/9 - Mestia (trilha Chalaadi Glacier e Museu Etnográfico)
30/9 - Mestia (trilha de Mazeri a Mestia via Guli Pass)
1/10 - Mestia (teleférico para Zuruldi e trilha até Tsvirmi)
2/10 - Mestia (descanso/caminhada na cidade)
3/10 - Mestia (trilha de Etseri a Mazeri via Baki Pass)
4/10 - Mestia (trilha de Mazeri a Shdugra Waterfall e Ushba Glacier)
5/10 - Mestia (passeios em Zhabeshi)
6/10 - Mestia (trilha até Lakhiri, pela floresta)
7/10 - Mestia (caminhada pelo leito do rio Lasili, em Zegani)
8/10 - Mestia - Ushguli (passeios na cidade e arredores)
9/10 - Ushguli (trilha Shkhara Glacier)
10/10 - Ushguli (trilha até a torre e arredores)
11/10 - Ushguli - Lentekhi - Kutaisi
12/10 - Kutaisi (passeios na cidade e arredores)
13/10 - Kutaisi (passeios ao Okatse Canyon, Kinchkha Waterfalls e Martvili Canyon)
14/10 - Kutaisi - Katskhi Pillar - Pasanauri (encontro dos rios)
15/10 - Pasanauri (trilha na montanha, Ananuri e Zhinvali)
*Entre 16 e 22/10 estivemos na Rússia
23/10 - Vladikavkaz - fronteira Rússia/Geórgia - Stepantsminda (passeios na cidade e trilhas na floresta e montanhas atrás do Hotel Rooms Kazbegi)
24/10 - Stepantsminda (trilha Gergeti Church e Glacier)
25/10 - Stepantsminda (chuva/descanso)
26/10 - Stepantsminda (trilhas em Gveleti e subida de carro à Gergeti Church)
27/10 - Stepantsminda (trilha no Chaukhi Pass, em Juta)
28/10 - Stepantsminda (trilha no Truso Valley)
29/10 - Stepantsminda (trilha de Tskere a Gudauri)
30/10 - Stepantsminda (trilha Arkhtmo Gorge) - Tbilisi
31/10 - Tbilisi
Em Ushguli ficamos no Hotel Tekla, pagando 24 lari a diária do quarto duplo. A dona é meio louca mas também podemos recomendar. Há uma "casa principal" (quartos maiores, com banheiro, mais caros) e uma "segunda casa" (quartos menores, com banheiro compartilhado e mais baratos - ficamos nessa). Gostei especialmente da localização desse hotel, na parte mais alta do vilarejo - de um lado é a beira de um penhasco, do outro tem vista para as montanhas e para a famosa e antiga igreja de Ushguli.
Em Stepantsminda, nos hospedamos no Soul Backpackers Hostel, pagando 10 lari por cama em dormitório misto compartilhado. O preço normal é 15 lari, mas como ficamos 7 noites conseguimos um desconto. É um ótimo hostel, limpo e arrumado, com excelente atendimento dos donos. Na cozinha compartilhada não há fogão nem geladeira - mas a dona nos deixou usar a geladeira do outro hotel que eles têm, a poucos metros de lá, e nos emprestou um fogão portátil. O quarto tem calefação e cobertas de sobra - não passamos frio em nenhum momento. Também está na melhor localização possível, ao lado do supermercado mais barato da cidade e bem no centro, perto da estrada - fácil sair de lá e ir para qualquer lugar de carona. Soul Backpackers Hostel - estadia perfeita em Stepantsminda!
Alimentação na Geórgia
Se você quer sair para comer em restaurantes, boas notícias: pedir um prato na Geórgia sai bem mais barato que nos países europeus. Porém, para comprar comida em supermercados, é um problema - além de ter pouquíssimas opções, é tudo mais caro que no Brasil.
Não deixe de provar o queijo georgiano - depois de 1 mês comendo todo dia, fiquei em abstinência. É um queijo brancão, que parece uma ricota mas tem gosto de parmesão - muito bom mesmo, e também barato. O famoso pão georgiano, chamado lavash e assado em fornos no chão, também era presença confirmada nos nossos cafés da manhã. De doces, comprávamos tudo de uma marca ucraniana - infelizmente não lembro o nome nem fotografei os produtos, mas eram diversas bolachas e palitos de chocolate deliciosos, e também baratos.
Como se locomover na Geórgia
Nós viajamos só pegando carona - não é impossível, mas está longe, muito longe de ser fácil. Conseguimos manter nosso roteiro original, mas alguns trechos foram difíceis. Um exemplo claro que ilustra bem o comportamento dos georgianos foi o que vivemos no nosso último dia no país. Tínhamos que viajar da Armênia para a Turquia - mas, como a fronteira entre esses países é fechada, tivemos que dar uma volta e ir da Armênia para a Geórgia e da Geórgia para a Turquia. Todo o trecho na Armênia foi tranquilo, na Turquia também - já os míseros 60km que tínhamos que fazer na Geórgia, entre as 2 fronteiras, nos tomaram quase o dia todo. E o que é pior: foram 6 caronas para cobrir esse trajeto, sendo que 5 foram de armênios!
Sem dúvida alguma, a melhor forma de se locomover na Geórgia é alugando um carro - a diária é bem mais cara que na Europa, mas se você tem condições vale a pena. Existem também ônibus e vans que conectam as principais cidades e até alguns vilarejos, mas não são confortáveis e não levam a todos os lugares. Para fazer um roteiro como o nosso, você teria que estar com transporte próprio, pegar táxi ou viajar de carona mesmo. Nas cidades grandes há um aplicativo chamado Taxify, com preços baratíssimos - para nós 2, dava praticamente o mesmo valor do ônibus, e funcionou muito bem.
Nosso roteiro de 1 mês pela Geórgia
*Clique neste link para ver o mapa maior e com mais detalhes
26/9 - Arhavi - fronteira Turquia/Geórgia - Batumi - Zugdidi
27/9 - Zugdidi - Mestia (caminhada na cidade)
28/9 - Mestia (trilha Koruldi Lakes)
29/9 - Mestia (trilha Chalaadi Glacier e Museu Etnográfico)
30/9 - Mestia (trilha de Mazeri a Mestia via Guli Pass)
1/10 - Mestia (teleférico para Zuruldi e trilha até Tsvirmi)
2/10 - Mestia (descanso/caminhada na cidade)
3/10 - Mestia (trilha de Etseri a Mazeri via Baki Pass)
4/10 - Mestia (trilha de Mazeri a Shdugra Waterfall e Ushba Glacier)
5/10 - Mestia (passeios em Zhabeshi)
6/10 - Mestia (trilha até Lakhiri, pela floresta)
7/10 - Mestia (caminhada pelo leito do rio Lasili, em Zegani)
8/10 - Mestia - Ushguli (passeios na cidade e arredores)
9/10 - Ushguli (trilha Shkhara Glacier)
10/10 - Ushguli (trilha até a torre e arredores)
11/10 - Ushguli - Lentekhi - Kutaisi
12/10 - Kutaisi (passeios na cidade e arredores)
13/10 - Kutaisi (passeios ao Okatse Canyon, Kinchkha Waterfalls e Martvili Canyon)
14/10 - Kutaisi - Katskhi Pillar - Pasanauri (encontro dos rios)
15/10 - Pasanauri (trilha na montanha, Ananuri e Zhinvali)
*Entre 16 e 22/10 estivemos na Rússia
23/10 - Vladikavkaz - fronteira Rússia/Geórgia - Stepantsminda (passeios na cidade e trilhas na floresta e montanhas atrás do Hotel Rooms Kazbegi)
24/10 - Stepantsminda (trilha Gergeti Church e Glacier)
25/10 - Stepantsminda (chuva/descanso)
26/10 - Stepantsminda (trilhas em Gveleti e subida de carro à Gergeti Church)
27/10 - Stepantsminda (trilha no Chaukhi Pass, em Juta)
28/10 - Stepantsminda (trilha no Truso Valley)
29/10 - Stepantsminda (trilha de Tskere a Gudauri)
30/10 - Stepantsminda (trilha Arkhtmo Gorge) - Tbilisi
31/10 - Tbilisi
___________________________
Leia também:
Roteiro - Turquia, Geórgia, Rússia, Armênia e Bulgária
As melhores praias da Turquia - roteiro de 2 semanas pelo litoral
Roteiro - Turquia, Geórgia, Rússia, Armênia e Bulgária
As melhores praias da Turquia - roteiro de 2 semanas pelo litoral
Eu passei 2 meses lá, mas gostei de Tblisi tbm...Os Iranianos que moram lá são bem receptivos, e as caronas rolaram fácil no país inteiro..quando eu estava com alguma menina junto.
ResponderExcluirTambem nos hospedamos com um iraniano em Tbilisi! As caronas em alguns lugares da georgia até eram bem fáceis, mas em geral foi sofrido, mesmo eu estando com a minha esposa. Já viajamos muito de carona por diversos países e a geórgia foi um dos mais difíceis, bem mais que aqui no Brasil, com toda a violencia q temos... No geral, com algumas exceções, os georgianos me pareceram amargos e infelizes, bem ao contrário dos russos, armenos, iranianos... Mas ainda assim a viagem compensou demais pelas paisagens! :D
ResponderExcluirMeu Deus, mas que artigo e postura tão negativa face a esta experiência e país! Nem consegui ler tudo.
ResponderExcluirO que eu posso fazer, se essa foi a nossa experiência? Ate hoje eu cito a Geórgia como o país mais bonito dos 52 que já conheci, e uma das melhores viagens que já fizemos, mas não dá pra mentir: é sim uma viagem difícil, desgastante de cheia de perrengue! E não gostei do povo MESMO!
ResponderExcluir