Na organização do nosso roteiro pelo Ceará, decidimos adotar a seguinte estratégia: montar base em Fortaleza, onde deixamos nossas malas ao longo de todo o período, e fazer 3 pequenas viagens, só com as mochilas, para conhecer o resto do estado.
Já escrevi sobre os 5 dias que passamos em Jericoacoara, e também sobre os 4 dias que passamos no litoral leste, entre Beberibe e Canoa Quebrada, então neste post vou contar como foi nossa outra viagem - a mais diferente e inusitada de todas: uma excursão de 2 dias a Quixadá, no interior do estado.
Mas o que afinal tem nessa cidade que ninguém conhece??
Tudo começou 1 ano e 1 dia antes de visitarmos Quixadá, quando nós assistimos ao Globo Repórter sobre o Espaço. Nessa edição, o programa nos apresentou a cidade cearense como sendo uma espécie de portal para o mundo extraterrestre, segundo relatos convictos dos moradores locais e também estudos científicos.
Muita gente de Quixadá (provavelmente mais que em qualquer outro lugar do Brasil) jura ter sido abduzida, ou pelo menos ter ficado frente a frente com seres de outros planetas. Diversos artigos de ufologia do mundo inteiro classificam a cidade como uma referência global em histórico de casos envolvendo avistamento de discos voadores e abduções. A preferência dos ETs por Quixadá se deveria, principalmente, ao fato de a cidade se encontrar dentro de um círculo perfeito (?) de monólitos (formações abruptas constituídas por um só bloco de pedra), o que a torna um marco geológico e místico.
Muita gente de Quixadá (provavelmente mais que em qualquer outro lugar do Brasil) jura ter sido abduzida, ou pelo menos ter ficado frente a frente com seres de outros planetas. Diversos artigos de ufologia do mundo inteiro classificam a cidade como uma referência global em histórico de casos envolvendo avistamento de discos voadores e abduções. A preferência dos ETs por Quixadá se deveria, principalmente, ao fato de a cidade se encontrar dentro de um círculo perfeito (?) de monólitos (formações abruptas constituídas por um só bloco de pedra), o que a torna um marco geológico e místico.
Nós gostamos desse assunto, acreditamos nas histórias e achamos tudo muito interessante, mas o que nos chamou mesmo a atenção foi aquilo que não foi explorado pela reportagem: o que é Quixadá além dos ETs. Enquanto o repórter abordava o assunto, caminhando na rua, apareciam de relance paisagens incríveis de lagos e rochedos. Eu vi aquelas imagens e pensei: sério que é assim o sertão cearense?? Como que essa cidade espetacular, com enorme potencial turístico, aliando beleza natural a ETs, até hoje não é conhecida?
E foi assim que nasceu a vontade de conhecer Quixadá, que, aliada à de visitar Jericoacoara e Canoa Quebrada, nos fez elevar o Ceará para o topo da lista de prioridades.
Então, 1 ano e 1 dia depois de termos a nossa curiosidade aguçada, fomos até lá e comprovamos: realmente vale a pena! Inclua Quixadá no seu roteiro!
Para ver a matéria do Globo Repórter, clique aqui.
Para ver a matéria do Globo Repórter, clique aqui.
Como chegar, desde Fortaleza:
2 empresas operam ônibus que saem a cada hora da rodoviária de Fortaleza para Quixadá: Fretcar e Expresso Guanabara. Você pode comprar as passagens online pelo site Busca Ônibus. Em alta temporada (períodos de férias), melhor comprar com uns 2 dias de antecedência. Nós compramos na véspera e o ônibus estava quase lotado.
Tanto numa empresa como na outra, o preço da passagem (só ida) é R$ 19,65 + taxa de embarque da rodoviária (se eu não me engano, R$ 2).
A distância percorrida é 170km e a duração da viagem é de aproximadamente 3h. Às vezes o ônibus atrasa.
O que fazer em Quixadá
Além de procurar ETs (sem sucesso), nós fizemos 2 passeios na cidade:
1. Açude do Eurípedes
No Google Maps esse lugar é conhecido como Lagoa dos Monólitos, mas dentro da cidade só se fala em Açude do Eurípedes, por isso esqueça o "nome oficial". Você pode chegar lá caminhando, já que o açude está apenas a 2km a leste do centro.
Em no máximo 30min você consegue caminhar na beira do açude, sobre os monólitos, e tirar muitas fotos.
2. Açude do Cedro e Pedra da Galinha Choca
Esse
é o maior ponto turístico de Quixadá, embora ainda assim não seja nem um pouco
conhecido. Trata-se do primeiro açude do Brasil, cuja construção foi
ordenada por Dom Pedro II no século XIX, para suprir uma seca que assolava a
região.
Fica a 6km a sudoeste do centro da cidade, então para chegar lá é melhor você pegar um táxi (cerca de R$ 15 o trecho) ou moto-táxi (R$ 5 por pessoa o trecho).
Como nós usamos o Couchsurfing e estávamos hospedados em uma república de estudantes, ficamos sabendo que há um ônibus gratuito, oferecido pelo Governo do Ceará, que sai da praça central de Quixadá e deixa os estudantes na UFC (Universidade Federal do Ceará) e no IF (Instituto Federal), que por acaso fica do lado do Açude do Cedro. Então, para economizar o dinheiro do táxi, madrugamos e pontualmente às 7h40 estávamos saindo com o ônibus rumo ao IF. Lá nós descemos e, junto com todos os outros estudantes, tomamos um café da manhã reforçado na barraquinha que vende lanches em frente à universidade - recomendo muito, tudo barato demais e de ótima qualidade! Nós comemos uma tapioca grande com queijo e carne de sol, e custou só R$ 2,50.
Para ir do IF até o Açude do Cedro, você caminha menos de 1km por uma rua pavimentada, ao lado de uma floresta cheia de macacos (tiramos várias fotos, mas perdemos!).
Chegando lá, você vai ver a impressionante paisagem do açude junto à Pedra da Galinha Choca, o monólito mais conhecido de Quixadá e local onde ufólogos e interessados fazem vigílias de madrugada, na esperança de avistar alienígenas. Como nós chegamos lá de manhã cedo, não havia ninguém mais visitando o açude e o silêncio era absoluto. Também pudemos observar muita vida selvagem em volta da água, e tiramos dezenas de fotos de aves com o zoom da câmera, mas também perdemos todas, e só ficamos com as fotos do celular.
Infelizmente o tempo estava um pouco nublado e a paisagem não estava tão bonita quanto a filmada pelo Globo Repórter. Veja as fotos:
Pedra da Galinha Choca, ao fundo |
O outro lado do açude |
1h é tempo suficiente para você conhecer bem o açude e fazer toda a
caminhada na passarela. Se quiser subir na Pedra da Galinha você obviamente vai
precisar de mais tempo (provavelmente o dia todo), e é melhor ir acompanhado de
um guia ou pelo menos de alguém que conheça bem o caminho.
Para voltar do IF ao centro de Quixadá, informe-se com os alunos ou motoristas o horário dos ônibus. Como nós fomos em julho, época das provas finais, os ônibus estavam saindo mais cedo, e acho que embarcamos por volta das 10h ou 10h30.
Quanto tempo ficar em Quixadá
Como o deslocamento desde Fortaleza é longo, recomendo que você faça como nós: chegue num dia, durma uma noite em Quixadá e volte para Fortaleza no dia seguinte.
Se estiver com pouco tempo e muita disposição, você pode pegar um ônibus bem cedo em Fortaleza, passar o dia em Quixadá (chegando até o Açude do Cedro de táxi, e não com o ônibus dos estudantes) e voltar no final da tarde. É viável, mas um tanto cansativo.
Compre a sua passagem de volta online, na mesma hora em que comprar a de ida, principalmente em alta temporada. Os ônibus lotam facilmente.
Onde se hospedar em Quixadá
Como a cidade não é turística, não há muitas opções. O único hotel que vimos foi o Hotel Monólitos, bem na frente da rodoviária. A diária do quarto duplo nesse hotel custa R$ 110, no Booking, com café da manhã incluído.
Se
você se interessou por Quixadá, leia também os outros posts sobre a nossa
viagem ao Ceará:
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