terça-feira, 14 de abril de 2015

10 roubadas na Espanha (e como você pode evitá-las)



Recentemente nós voltamos de uma longa viagem pela Espanha, onde alugamos um carro e conhecemos toda a metade norte do país, no seguinte trajeto (leia mais no post anterior):




Além disso, ficamos 8 dias na Ilha de Mallorca (também da Espanha), e com tanto tempo assim (na verdade nem tanto!) conseguimos desbravar a ilha inteira, conhecendo praticamente TODAS as praias (deve ter alguma escondida que não conseguimos alcançar)!

Nem é preciso falar o quanto a viagem foi boa, e mais tarde vou escrever alguns posts sobre as maravilhas que encontramos ao longo do nosso roteiro pela Espanha. Mas por enquanto, para o primeiro relato sobre essa aventura, vou fazer o mais urgente e útil: prevenir você de cair nas mesmas roubadas que nós! Afinal, uma viagem não é completa se não for recheada de perrengues, que vão servir de lição para a próxima (e na próxima virão mais perrengues...). 

Aqui vão, por isso, as nossas dicas para escapar de situações não tão boas que nos aconteceram - ou poderiam ter acontecido - enquanto estávamos na Espanha.



1. CENTAURO RENT A CAR

Vou começar logo por aquela que foi, indiscutivelmente, a maior roubada em que eu já me meti em todo o meu histórico curricular de viagens! Foi a primeira e última vez que eu aluguei um carro com essa companhia, a Centauro, e me sinto não só no direito como  na obrigação de alertar todos os meus conhecidos para que não caiam nessa furada!

Eu queria reservar um carro pelo período de 8 dias (do dia 10/02, às 7:30 ao dia 18/02, às 7:30) na Ilha de Majorca. Como, é claro, nós chegamos e saímos da ilha pelo aeroporto de Palma de Mallorca, na hora de reservar o carro eu escolhi o aeroporto como ponto de partida e chegada do aluguel. Tudo foi muito tranquilo para fazer a reserva: como eu já tinha feito outras vezes, utilizei o site Economy Car Rentals, que já inclui no preço todas as taxas, para que você não tenha surpresas desagradáveis no escritório de locação do carro. Imprimi o voucher (sem ler muito, é verdade, mas eu não sou obrigado a fazer isso) e fui viajar.

Desembarcamos no aeroporto de Palma e ficamos procurando por um tempo o escritório da Centauro, inutilmente. Então tirei o voucher da mochila, li com atenção e vi que ali dizia que nós teríamos que ir até o estacionamento do aeroporto e pegar uma van (gratuitamente), que nos levaria até o escritório onde receberíamos o carro. Já achei um tanto desonesto essa informação estar só impressa no voucher, e não no site na hora de fazer a reserva, mas ok, foi fácil encontrar a van e o trajeto até o escritório da Centauro não demorou 15min.

Lá chegando, deu início o segundo problema. Descaradamente, queriam nos cobrar um valor acima do que constava no voucher, por eu ser um motorista com menos de 25 anos. Acontece que essa taxa (40 euros) já estava incluída no preço final do aluguel, como mostrava explicitamente o voucher! Irredutíveis, os funcionários da locadora simplesmente diziam que não, não estava incluída a taxa, e eu teria que pagar. Um deles chegou ao ponto de gritar conosco, afirmando que não importava o que dizia no papel, se eu quisesse o carro teria que pagar e pronto!

Mal acreditando em tamanha cara-de-pau, eu exigi que eles ligassem para a Economy Car Rentals, empresa que fez a reserva, para solucionar a questão. Essa empresa, por sua vez, também com certa cara-de-pau, me pediu para realmente pagar o valor de 40 euros com a garantia de que me reembolsariam dali a uma semana, no cartão de crédito. Mesmo achando isso um absurdo, acabei concordando para sair o mais rápido possível daquele local. O estorno do valor realmente foi feito depois.

8 dias mais tarde, o nosso voo de volta para Barcelona era logo após às 7h30, horário marcado para devolver o carro. Como no voucher dizia "devolver no aeroporto" (e não fazia sentido ser em outro lugar, mesmo com a van gratuita, pois quem quer devolver o veículo no aeroporto obviamente vai viajar em seguida), nem nos preocupamos com nada. Ao chegar no aeroporto, que é enorme, começou novamente a nossa saga: informações turísticas fechadas, tivemos que andar quase 1h até nos certificarmos de que não havia, de fato, uma oficina da Centauro por lá.

Com o nosso voo prestes a decolar, não me restou outra saída senão fazer a maior loucura que eu já fiz numa viagem: abandonar o carro alugado no estacionamento do aeroporto, com as portas destrancadas e as chaves escondidas dentro do porta-luvas! Depois de 1h de muita agonia, já no aeroporto de Barcelona, conseguimos ligar para a Centauro e explicar o que havia acontecido. E não é que, além de todo o stress que nós passamos por culpa deles, ainda fomos xingados pelo telefone?? E cobrados de uma multa de 25 euros por "devolver o veículo em local diferente"? Sim, eles queriam que nós tivéssemos ido até o escritório deles, e depois, sabe Deus como, teríamos que voltar para o aeroporto (sem carro) a tempo de pegar o nosso voo, que sairia logo em seguida! E eu tendo na mão a reserva que dizia: "devolver no aeroporto". É o cúmulo do inacreditável!

Não conheço muitas locadoras de carro, mas sei que a Centauro é a pior. Nunca mais reservo um carro com essa gente, e espero que cada um que tenha tido paciência de ler isto também siga esse exemplo!

Obs.: estou até hoje tentando receber de volta os 25 euros! 



2. ONDE NÃO ANDAR DE CARRO

Na nossa viagem, felizmente priorizamos muito as cidades pequenas. Porém, nos poucos dias em que estivemos de carro em cidades grandes (como Madrid, Bilbao, Girona e San Sebastián) tivemos ainda mais certeza de algo que eu já sabia, e mesmo assim ignorei: dirigir em cidades grandes, na Europa, é IMPOSSÍVEL!

Além de o trânsito ser caótico, metade das ruas são só para pedestres. Nós caímos na asneira de reservar hotéis dentro das cidades (às vezes até no centro!), o que fez com que chegar até eles, dirigindo, se tornasse uma odisseia. Nunca faça isso!!! Se vai de carro para uma cidade grande, reserve um hotel nos arredores dessa cidade, ou numa área mais calma e residencial da mesma, e vá até o centro com o transporte público. É muito mais fácil e barato do que encontrar estacionamento (todos pagos e caríssimos) e ainda por cima ter que caminhar 20 quadras carregando as malas!

E agora a dica inversa: se você quer ir para cidades pequenas, mais interioranas ou desconhecidas, não hesite em alugar um carro! Muitas vezes ônibus e trens sequer chegam a esses lugares, e se chegam são pouco frequentes.



3. A AVENTURA DO POSTO DE GASOLINA

Outra história sensacional é a de como conseguimos a proeza de ficar sem gasolina numa estrada no meio do nada, numa cidade minúscula. E mais extraordinária ainda foi a forma como nos livramos da situação e demos a volta por cima!

Tudo começou com uma manhã de DOMINGO, dia em que (conforme aprendemos com a vida) os pequenos postos de gasolina espanhóis resolvem simplesmente fechar. Saímos cedo da Serra da Estrela, em Portugal, com meio tanque de combustível, e fizemos um tour de carro por uma estrada panorâmica no Parque Natural do Douro Internacional. Ao longo de todo esse caminho não passamos por sequer um posto de gasolina. 

Cruzamos a ponte sobre o Rio Douro, que separa Portugal da Espanha, numa situação já meio complicada, mas contornável. Dali em diante passamos por diversos postos, porém todos estavam fechados! A situação começou a se agravar, se agravar, até que desviamos o nosso caminho para ir atrás de um posto apontado pelo GPS, a 10km de onde estávamos. Era a nossa última saída!

Chegando no posto, a derrota final: fechado também, como todos os outros. Estacionamos o carro ali mesmo e saímos a pé numa cidade completamente deserta (perto de Saucelle) para ver o que podíamos fazer. Foi quando encontramos um homem numa esquina, na frente de um bar, e contamos para ele o que havia nos acontecido. Por milagre, esse homem era amigo do dono do posto e tinha a chave da gasolineira! Ele tinha tanta boa vontade que saiu caminhando conosco até a casa dele, relativamente longe, pegou a chave e depois fomos até o posto, onde ele abasteceu o nosso tanque.

Tivemos muita sorte, porque a história poderia ter sido bem pior! Uma dica fundamental na Espanha é: no sábado à noite, encha o tanque!



4. PASSANDO FRIO

Clássico exemplo do barato que sai caro. Reservamos 2 camas num quarto coletivo, num albergue em Bilbao chamado Moon Hostel Bio. Chegamos lá e fizemos o check in às 16h (hora em que abre a recepção), e logo saímos a pé para conhecer a cidade. Quando voltamos ao quarto para dormir, já depois das 22h, percebemos algo de estranho nas camas: não havia cobertores!

Segundo o que nossos colegas de quarto nos informaram, o hostel alugava cobertas na recepção (mas nada disso nos foi informado no check in). Fomos até lá e já estava fechada! Resultado: a calefação do quarto foi desligada à noite e nós quase congelamos.

Depois eu fui ver que no voucher do Booking dizia, em letras minúsculas: "não inclui roupa de cama". Agora eu me pergunto: alguém, em sã consciência, viaja para o inverno europeu e carrega na mala um cobertor?? Não adianta nada cobrar barato pela hospedagem e depois vir com essa de aluguel de cobertas. 

Não esqueça então: se pagar barato na reserva, confira se no valor da sua diária estão incluídas as cobertas!



5. O HOTEL FECHADO

Quando estávamos na cidade de Ponferrada, passamos por outro perrengue por não ter lido direito o voucher do hotel. Hoje em dia está se tornando impossível confiar na boa-fé das pessoas, a gente tem que ler cada letrinha do que está escrito na reserva.

Dessa vez tínhamos um albergue reservado, chamado Hacienda El Val. Chegamos no endereço num horário apropriado (por volta das 15h) e tocamos a campainha repetidas vezes até nos certificarmos de que estava fechado! Batemos na casa mais próxima e uma pequena senhora nos disse que o dono do hotel havia saído pela manhã, e desde então não tinha mais voltado. Que beleza, ficar sem hotel (mesmo com a reserva na mão!!) e debaixo da maior chuva que pegamos na viagem inteira!

Não nos restando outra alternativa, tivemos que procurar outro hotel em Ponferrada, pagando um valor de 49 euros pelo quarto duplo - sendo que o reservado custava só 20 euros! Na manhã seguinte, antes de deixarmos a cidade, voltamos à Hacienda El Val para tirar satisfações e pedir que nos dessem os 49 euros que pagamos pelo outro hotel. Foi aí que o dono nos atendeu e - sem nem pedir desculpas! - falou que estava escrito no voucher (mais uma vez em letra tamanho 5) que, um dia ou dois antes de chegarmos, teríamos que ligar CONFIRMANDO! Mas era só o que me faltava, ter que confirmar uma reserva que está feita! Até porque, se eu não apareço no hotel, me cobram o valor do mesmo jeito! Enfim, uma irracionalidade (ou esperteza?) sem tamanho. Depois de muita discussão saímos de lá com as mãos abanando, mas pelo menos conseguimos que ele cancelasse a nossa reserva sem custo, senão teríamos ainda que pagar os 20 euros pela não-hospedagem! 

Mais uma vez a dica é: leia a reserva de cabo a rabo, não deixe escapar nada!!! E, no caso pouco provável de você vir a se hospedar em Ponferrada, anote o nome da furada: Hacienda El Val!



6. O HOTEL NO MEIO DO NADA 

Já nos últimos dias da viagem, pretendíamos conhecer o Parque Nacional de Aiguestortes y Estany de Sant Maurici (a indiada já começa no nome), na cidade de Espot. Na hora de reservar hospedagem em Espot, no Booking, apareceu uma opção bem mais barata em uma outra cidade: Valencia D'Aneu. Fui para o Google Maps e verifiquei que a distância entre Valencia e Espot seria de menos de 20min de carro, e não pensei duas vezes: reservei o Hostel Refugi del Fornet, hotel barato nessa outra cidade.

Chegar ao Refugi foi um verdadeiro desafio, uma superação que poucos são capazes de alcançar e sobreviver para contar a história. Uma vez em Valencia D'Aneu, cidade relativamente pequena e encravada no Vale De Aran, perguntamos pelo hotel, jáque o nome da rua não constava no GPS. Depois de muito sofrer e perder tempo, tivemos a brilhante ideia de colocar as coordenadas geográficas (que graças a Deus aparecem no voucher da reserva) no GPS, e aí sim, depois de quase 1h, conseguimos chegar ao nosso destino.


O fim do mundo é aqui


O Booking mentiu descaradamente ao dizer que esse hotel fica em Valencia D'Aneu - ele, na verdade, está situado no meio de uma estrada muito estreita, numa cidade que nem tem nome, longe de tudo e sem absolutamente NADA em volta (não estou exagerando) além de neve, neve e mais neve! Nem preciso dizer que, depois de tanto tempo perdido, não conseguimos visitar o parque que pretendíamos.

À noite, por um instante, pensamos que o pesadelo ia se repetir: não havia cobertas no quarto! Pelo menos dessa vez a recepção estava aberta, e quando descemos até lá a dona do hotel nos olhou com espanto e perguntou: "Cobertas? Vocês não trouxeram sacos de dormir?". Daí foi a nossa vez de olhar com espanto e responder: "Claro que não!?!?". Felizmente ela teve noção e nos emprestou algumas mantas, mas não sem antes reclamar dizendo: "isso aqui não é um hostel, é um refúgio de montanha!!", ao que eu respondi: "mas no voucher está escrito: Hostel Refugi del Fornet!", e ela assinou a sentença fatal: "Acontece que nós já avisamos o Booking que não temos um hostel, mas eles não têm a categoria 'refúgio de montanha', então inventaram que é um hostel". Depois disso até fiquei sem palavras, não tinha mais o que falar!!!

Tudo isso para dizer: desconfie, sempre que possível, do Booking. Ao invés de fazer como eu, pesquisando no Google Maps pela cidade, pesquise diretamente pelo endereço do hotel!



7. O GPS DESATUALIZADO

Por pura preguiça, resolvemos viajar para a Espanha com o mesmo mapa da Europa que eu tinha usado em uma viagem apenas 1 ano e meio atrás, com o pensamento de que em tão pouco tempo as estradas não teriam mudado muito. 

E nós pagamos caro por essa preguiça, o sofrimento com as estradas não foi pequeno! Não teve um dia sequer que o GPS tenha nos ajudado - pelo contrário, ele só atrapalhava, nos indicando caminhos que não existiam e ruas na contramão. Ainda bem que as placas funcionam na Espanha, e a grande maioria dos atrativos e cidades estão muito bem sinalizados.

De qualquer forma, antes de pisar no velho continente, certifique-se de que seu mapa do GPS está atualizado e evite grandes perdas de tempo e de gasolina! Outra dica boa é comprar um mapa no papel, bem detalhado, com todas as estradas do país - eles estão à venda em postos de gasolina, e podem custar caro, mas garanto que valem a pena!



8. OS VOOS BARATOS

Muita atenção na hora de comprar uma passagem aérea com uma companhia low-cost (Ryanair, Germanwings, Vueling, EasyJet, etc). Quando você começar a se sentir hipnotizado pelos preços baixos dos voos, contenha seu impulso e faça uma pesquisa mais profunda. Vou contar o que aconteceu com a gente, logo na primeira vez que tivemos a experiência de voar com uma low-cost, a Ryanair.

Compramos uma passagem promocional do Brasil para Amsterdam, com a KLM, ida e volta, mas queríamos na verdade fazer uma viagem pela Espanha, e não pela Holanda. Ao consultar preços de passagens de Amsterdam para Barcelona, ida e volta, pelas companhias maiores, constatei que o preço era de 100 euros por pessoa, o que eu considerei mais caro do que gostaria de pagar. Quando comecei a vasculhar os sites das low-cost, abri um sorriso e cheguei às gargalhadas no preço da Ryanair: 90 euros, ida e volta, para nós 2 - menos da metade do preço das grandes companhias!

Fiquei tão desorientado com essa pechincha que comprei por impulso e não me atentei para alguns detalhes que faziam toda a diferença:

A) O voo saía de Eindhoven, outra cidade holandesa, e não de Amsterdam, mas na minha cabeça eu pensei: a Holanda é pequena demais para não valer a pena, basta pegar um trem em Amsterdam e em 10min estaremos em Eindhoven. Não foi bem assim! De fato pegamos um trem, mas demorou mais de 1h30min e custou mais de 30 euros por pessoa, cada trecho! A ida e volta Amsterdam - Eindhoven acabou saindo mais cara que a ida e volta Eindhoven - Espanha, de avião!

B) No site da Ryanair, quando pesquisei como destino a cidade de Barcelona, apareciam 2 opções de aeroportos: El Prat e Girona. É claro que escolhi aquele cuja passagem estava mais barata, que infelizmente era o de Girona. Quando que eu ia adivinhar que, na verdade, Girona é outra cidade, localizada a 2h de ônibus de Barcelona??? E que o preço desse ônibus - por sinal, horrível - é 20 euros por pessoa??

C) Inexperiente no mundo das low-cost, eu acreditava que poderíamos despachar nossas bagagens normalmente, como em qualquer outra companhia. Imaginem a minha cara de tacho quando descobri (e graças a Deus descobri com antecedência) que a Ryanair só permite que os passageiros levem bagagem de mão gratuitamente - as malas despachadas são cobradas em aproximadamente 1 euro por kg (isso se você compra essa franquia de bagagem pela internet, porque na hora do voo é absurdamente mais caro). O jeito foi reduzir ao máximo nossas malas e ficamos apenas com uma mala de 15kg, para nós 2, pagando 15 euros por trecho, 30 no total.

Como você já deve ter adivinhado, maldita a hora em que eu decidi economizar voando com uma low-cost! Numa companhia normal teríamos pago 200 euros, para nós dois, ida e volta Amsterdam - Barcelona. O que efetivamente acabamos pagando foi:

- Voo Ryanair: 90 euros
- Trem ida e volta Amsterdam - Eindhoven: 140 euros
- Ônibus ida e volta Girona - Barcelona: 80 euros
- Mala despachada: 30 euros

Total = 340 euros

Nosso prejuízo, então, foi de 140 euros e MUITA incomodação e perda de tempo!

Guarde bem essa dica: não compre por impulso passagens baratas! Não estou fazendo campanha contra as low-cost, muito pelo contrário. O nosso voo Barcelona - Palma de Mallorca também foi com a Ryanair, foi barato e sem problema nenhum. Apenas pesquise bem!



9. O CARTÃO DE CRÉDITO

Muita gente vem preferindo não comprar nada com cartão de crédito no exterior, uma vez que é cobrado o IOF. Certíssimo, mas não caia na besteira de viajar sem levar um cartão. Prefira sempre pagar tudo em cash, mas em alguns casos isso infelizmente vai ser impossível. Na maioria dos pedágios da Espanha, por exemplo, tudo é feito com máquinas que só aceitam pagamento com cartão. Outro caso é o pagamento do aluguel de carros - as 2 locadoras que usamos, Centauro e FireFly, só aceitavam pagamento com cartão, além de exigir que eu tivesse um cartão de crédito no meu nome, como garantia.


10. ESPANHA NO INVERNO??

Essa última roubada não nos pegou, mas pega muita gente todos os anos. Na internet somos desaconselhados o tempo todo a viajar para a Espanha em pleno inverno, como nós fizemos (fevereiro/março), especialmente para a Ilha de Majorca. Eu discordo totalmente! Gosto muito do frio, e ainda que não gostasse ele é totalmente suportável. Outros benefícios do inverno são:

- o país inteiro está vazio;

- não tem nada de trânsito nas estradas;

- tudo fica mais barato (passagens, hotéis, passeios, aluguel de carro...);

- os albergues, muito baratos, ficam completamente vazios (pode reservar tranquilamente um dormitório compartilhado com 10 camas - a chance de você ficar sozinho no quarto é muito grande, se a cidade for pequena);

- a Ilha de Majorca, em alta temporada, deve ser um pedaço do inferno na Espanha, com praias superlotadas, trânsito, calor demais, suor, multidões, sujeira, barulho, bêbados... tudo o que me dá arrepios só de imaginar - já no inverno tudo é calmo, fácil, rápido, barato, com uma temperatura excelente durante o dia (de 10 a 20 graus) e as paisagens paradisíacas continuam as mesmas (com a ressalva de que você não poderá entrar no mar);

- mesmo nas regiões mais altas e com neve, onde passamos muito tempo, a grande maioria das estradas é trafegável mesmo sem correntes nos pneus - é ótimo o serviço de limpeza e manutenção, desde nas rodovias até nas ruelas.


Claro que a época para viajar depende de cada um, com certeza tem gente que gosta de fervo - mas nós, sem a menor sombra de dúvida, fizemos um ótimo negócio viajando no inverno. Até houve um ponto negativo - algumas chuvas irritantes no litoral norte da Espanha, o que raramente ocorreria no verão. Mas isso foi uma eventualidade, não ocorre com frequência e também não impediu quase nenhum dos nossos passeios. 


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Nos próximos posts, fique sabendo um pouco mais sobre a Espanha, não perca!




8 comentários:

  1. Adorei seu post ! Viagem sem perrengue não tem graça, embora, na hora em que se vivência o fato, graça é o que menos se experimenta! Valeu pelas dicas, ler com cuidado os vouchers e checar com detalhes as possibilidades de conexões já estão anotadas! O roteiro é ótimo ! Também curto turismo sem clichês ! Está anotado. Abraços!

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  2. muito obrigado Edson, que bom que gostou! é errando que se aprende, hehehe
    abraço!

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  3. Parabéns Felipe pelo post. Estou pretendendo fazer uma viagem de Barcelona até Santiago de Compostela, passando pelo norte da Espanha, com motorhome.
    Alguma de a mais?

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  4. Obrigado Jules!! Boa viagem, aproveita muito! Não voltei mais ao norte da espanha depois disso, mas passei uns dias na costa brava (perto de barcelona), e tem as dicas neste post: https://turismosemcliche.blogspot.com/2018/03/costa-brava-na-espanha-roteiro-de-4.html
    um abraço

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  5. Obrigada pela partilha.vou ficar mais atenta!

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  6. Obrigada pelas ótimas dicas ! Inda não conheço Espanha mas já estive pertinho .Li com atenção e registrei os nomes .Será muito útil em breve !

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  7. Obrigado Felipe pela dicas, muito boas. Já passei também perrengue com a Centauro em Portugal na hora de entregar o automóvel em Lisboa poucas horas antes do vôo para o Brasil. Encontraram um arranhão estranho no carro e me cobraram 80 euros por isso, um absurdo. Fui reembolsado mais tarde graças a um seguro que fiz no site da Rentalcars quando aluguel o carro, mas quase perdi o vôo por causa da confusão. Agora sempre que retiro o carro alugado olho atentamente para registrar todos os arranhões e chego com mais antecedência na agência para devolver o veículo.

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  8. estou planejando uma viagem para a Espanha e adorei suas dicas!!! Vou me lembrar delas!
    Até me diverti!

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