sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Cambará do Sul: tudo o que você precisa saber sobre a região dos cânions do RS

Acabamos de voltar de uma ótima viagem de 5 dias a Cambará do Sul, na serra gaúcha. Neste post vou falar sobre cada atrativo que conhecemos e tudo o que você precisa saber para uma viagem pela região mais bonita do RS.




A região dos cânions fica entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e é tão grande que você não consegue conhecer tudo se hospedando em um lugar só. Eu recomendo 3 bases diferentes para explorar a região em sua totalidade:

* em Cambará do Sul (RS), assunto deste post, você pode visitar a parte de cima dos cânions Fortaleza e Itaimbezinho

* em São José dos Ausentes (RS), entre outras atrações, pode visitar o ponto mais alto do RS, o Pico Monte Negro

* e em Praia Grande (SC) pode fazer a Trilha do Rio do Boi, que atravessa a parte de baixo do cânion Itaimbezinho.


São José dos Ausentes, julho/2012

Trilha do Rio do Boi, outubro/2012


Como é Cambará do Sul

É uma cidadezinha tranquila com 6.500 habitantes. Na avenida principal tem uma praça com uma igreja e um centro cultural com museu e biblioteca (entrada gratuita). Essas são as 2 únicas atrações urbanas de Cambará, e podem ser conhecidas rapidamente. 


Uma rua residencial em Cambará do Sul

Igreja
Centro Cultural


Como chegar ou sair de Cambará do Sul

Existem diversas estradas que você pode pegar para chegar ou sair de Cambará do Sul. Essas são as minhas sugestões:


* Ida

Partindo de Porto Alegre ou do litoral, sugiro este caminho por ser o mais bonito, e acredito que também o mais fácil, embora um pouco mais longo que outros trajetos: 

Porto Alegre - Osório - Terra de Areia - Tainhas - Cambará (3h no total). 

Todo o caminho é asfaltado. Não se esqueça de parar no Mirante da Rota do Sol (entrada gratuita e tem um restaurante no local):







Partindo de Gramado, o caminho mais fácil é via São Francisco de Paula e Tainhas (caminho todo asfaltado).

Mas a rota mais bonita entre Gramado e Cambará é: Gramado - Lajeado Grande - Tainhas - Cambará. O trajeto entre Canela e Lajeado Grande é de estrada de chão, em condições ruins mas trafegáveis por qualquer carro. No caminho, você pode parar no Parque da Cachoeira (pouco depois de Canela) e no Parque das Cascatas (em Lajeado Grande). Algumas fotos que tiramos nessa estrada:













* Volta

Para encerrar com chave de ouro a sua viagem, a dica é descer a Serra do Faxinal, que tem 40km e liga Cambará a Praia Grande (SC), de onde você pode seguir para Porto Alegre pelo caminho mais curto. Para quem vem de outros estados, recomendo aproveitar para conhecer também a praia de Torres, que fica ali perto. 

Apesar da curta extensão da estrada, há muitas atrações ao longo da Serra do Faxinal, e você pode muito bem passar o dia todo nela. O Cânion Itaimbezinho e o Parador Hotel (veja abaixo, nas atrações de Cambará) ficam no caminho, então no seu último dia você pode sair bem cedo de Cambará, conhecer esses lugares e já descer a Serra. Outras atrações da estrada são:

*Cânion Índios Coroados - não vi nenhuma indicação na estrada, apenas um discreto estacionamento, então fique atento ao mapa para não passar reto. Do estacionamento há uma trilha plana de 600m até a borda do cânion:






*Morro dos Cabritos - já fica em SC. Uma trilha curta leva ao topo do morro, com vista de 360° (pena que não enxergamos o mar por causa da fumaça de queimadas):






Fotos de Praia Grande (SC):





Obs.: eu recomendo que você volte pelo Faxinal, e não , porque é uma estrada de chão bem ruim para subir com um carro normal, ainda mais parando o tempo todo. Por isso, para quem vem de outros estados para fazer um roteiro pela serra do RS, minha sugestão é começar em Gramado, depois ir a Cambará, e finalmente voltar a Porto Alegre pela Serra do Faxinal.


Como se locomover em Cambará do Sul

Não há ônibus que levem aos pontos turísticos da região. O único que vimos, nesses 5 dias, foi um subindo a Serra do Faxinal, de Praia Grande a Cambará. Ele passa na frente da entrada do Cânion Itaimbezinho, então acredito que essa é a única atração que você poderá conhecer de ônibus, e mesmo assim acho que deve haver muito poucos horários.

Portanto, você vai precisar de um carro para se locomover por Cambará do Sul. A única estrada asfaltada é a principal - RS 020. Todas as outras são de chão, em condições ruins mas trafegáveis por qualquer carro (nós viajamos com um Palio e não tivemos nenhum problema). 

Não tendo um carro, e sendo avenureiro, você tem chances boas de sucesso pedindo carona. Não há a menor dúvida de que você vai conseguir facilmente chegar aos cânions Fortaleza e Itaimbezinho, pois sempre há turistas indo para lá. Para você ter ideia, havia bastante gente quando nós fomos, em agosto, no meio da semana, em plena pandemia!

As demais atrações que eu listo neste post também são possíveis de serem alcançadas de carona, porém é bem mais difícil e requer bastante tempo de espera, pois as estradas estavam quase vazias. Meu conselho é que você visite os cânions num dia de semana e deixe para o final de semana os outros passeios, para ter mais chance de carona.



Dica de hospedagem em Cambará do Sul

Escrevi um post completo sobre o Hotel Refúgio da Floresta, em que nos hospedamos por 4 noites. Foi uma estadia perfeita e recomendamos muito!

Leia aqui: Hotel Refúgio da Floresta






MapsMe

Essa é uma dica essencial para quem vai a Cambará ou a qualquer outro lugar do mundo: baixe o aplicativo MapsMe no celular (é gratuito). Ele é pesado, mas mostra todas as trilhas possíveis (e até algumas impossíveis), ao contrário do Google Maps. Eu não sei como conseguíamos viajar antes de conhecermos o MapsMe, em 2016!



Os cânions 

Existem 2 cânions para você conhecer em Cambará: o Fortaleza e o Itaimbezinho

Ambos possuem entrada gratuita (ainda - agosto/2020) e acesso via estradas de chão. 

Cada um fica para um lado diferente, então você não pode ir direto de um para o outro - precisa voltar a Cambará e seguir na direção oposta. Entre o estacionamento do Fortaleza e o do Itaimbezinho você vai levar no mínimo 1h de carro, dirigindo rápido. 

Por isso, a maior dica que eu posso dar é: reserve um dia para conhecer cada cânion - não faça como muitos turistas desinformados que viajam até Cambará e ficam só 1 dia lá, sendo obrigados a conhecer tudo ao mesmo tempo, numa correria.

Veja abaixo como é feito o passeio em cada um dos cânions:


Cânion Fortaleza

É, na minha opinião, a atração mais imperdível do Rio Grande do Sul. É o cânion "selvagem" de Cambará, que possui apenas a estrutura mínima: alguma sinalização, uma cancela na "portaria" do Parque Nacional e um estacionamento. Não há cercas de proteção, caminhos pavimentados nem nada que estrague a paisagem.

Existem várias formas de conhecer o cânion Fortaleza, para todos os tipos de pessoa. Se você tem problema de locomoção, pode ir de carro até o final da estrada de chão, parar no estacionamento e seguir até a borda do cânion - deve dar uns 200m de caminhada. Mas, se pode caminhar mais, há 2 trilhas curtas independentes (Mirante, na parte "direita" do mapa, e Pedra do Segredo, na parte "esquerda") e uma trilha grande (Borda Sul), que engloba as 2 curtas e também todo o caminho entre elas. Ou seja: fazendo a trilha da Borda Sul você não precisa fazer nenhuma outra.


* Trilha do Mirante 

Parte do estacionamento, tem 3km ida e volta com uma pequena subida, mas é super tranquila para crianças, idosos, etc. Após o mirante você pode seguir à direita, sempre pela borda do cânion, por mais 1km e pouco - depois disso, a trilha fica mais difícil e o caminho não é marcado.








* Trilha da Pedra do Segredo

Para fazê-la, pare o carro no acostamento da estrada, 1,6km após a portaria do parque (não tem estacionamento). Há uma placa discreta indicando o local, mas é melhor você se guiar pelo MapsMe. 

A trilha tem um pouco de subida mas é muito tranquila - ida e volta pelo mesmo caminho, 2,7km no total. Você também pode estender até o Mirante da Cascata do Tigre Preto, num desvio de 2,2km, ida e volta.













A "Pedra do Segredo", que nomeia a trilha, é na verdade a parte mais sem graça. É apenas uma rocha com uma base pequena, que fica apoiada sobre outra. Ela só pode ser vista de longe, e o seu mirante marca o final da trilha.


Foto ruim com o zoom do celular


* Trilha da Borda Sul 

É o caminho completo da borda gaúcha do Cânion Fortaleza, englobando as 2 trilhas anteriores e o caminho entre elas. Foi a trilha que fizemos nesta última viagem, e sem dúvida a que eu mais recomendo para quem tem capacidade de caminhar pelo menos 14km. Tem algumas subidas/descidas, mas é um trajeto majoritariamente plano e interessante o tempo todo - não tem um momento sequer de monotonia na trilha, em que não tenha algo para ver, um ângulo diferente do cânion aparecendo. 












Para fazer a trilha da Borda Sul, reserve um dia inteiro e chegue cedo no Fortaleza - o horário de fechamento da portaria do parque é às 17h. 

Tanto faz você deixar o carro no estacionamento (começo da trilha do Mirante) ou no acostamento após a portaria (começo da trilha da Pedra do Segredo). Mas, para evitar andar mais com o carro por uma estrada tão ruim, optamos por deixá-lo no acostamento da Pedra do Segredo, pois fica mais perto da portaria. 

Começamos então indo até a Pedra do Segredo, depois fomos até o Mirante da Cascata do Tigre Preto, seguimos pela parte central do cânion e finalmente chegamos ao estacionamento. De lá, fizemos a trilha do Mirante e seguimos até o último ponto possível, após o local marcado como "Quebra Cangalha" no MapsMe. Essa última parte não é marcada e o caminho é bem ruim - recomendo apenas caminhar um pouco mais, depois do Mirante. Voltamos para o estacionamento e, de lá, pegamos uma carona até o ponto onde havíamos deixado o carro, a 3km de lá pela estrada. 

Essa foi a estratégia perfeita para conhecermos todo o caminho e ainda economizamos 6km (ida e volta) com o carro na estrada. No total, caminhamos 17km - mas isso porque fizemos vários desvios da trilha principal e também seguimos além do Quebra-Cangalha, o que não valeu a pena. A trilha normal tem 14km - mas, se você não conseguir uma carona para voltar ao carro, terá que caminhar mais 3km pela estrada. Esse é mais um motivo para você deixar o carro no acostamento da Pedra do Segredo, e não no estacionamento: no fim da tarde, você só vai conseguir carona nesse sentido, das pessoas que estão voltando do cânion para Cambará.

Estrada do Cânion Fortaleza para Cambará do Sul, no fim da tarde:






Cânion Itaimbezinho

É o cânion "nutella" de Cambará - por isso, claro, muito mais turístico que o Fortaleza. Fica lotado nos fins de semana, e fecha às segundas-feiras.

Tem toda a estrutura que o Fortaleza não tem (e até por isso gostei muito menos, kkkk). Ao lado do estacionamento fica um pequeno museu e um escritório de informações turísticas, bem como banheiros e bebedouros. As trilhas são muito bem demarcadas (nas placas até dizem o horário que você tem que chegar kkkk) e algumas partes até pavimentadas. E todos os mirantes possuem cercas para que os turistas não se aproximem das bordas. Enfim, é completamente diferente do Fortaleza - enquanto lá você se sente explorando um cânion na natureza, no Itaimbezinho você está em um parque turístico - mas claro que as vistas do cânion são igualmente impressionantes.

Existem apenas 2 trilhas no Itaimbezinho, ambas de nível fácil. Acredito que qualquer pessoa que consiga caminhar 7,6km planos pode fazer as 2.

* Trilha do Vértice 

É circular e tem 1,6km. Pouco desnível e cheia de mirantes.






* Trilha do Mirante do Cotovelo 

Com ida e volta pelo mesmo caminho, tem 6km no total. Grande parte dela é muito chata, pois a caminhada é feita por uma estrada de terra cercada por mata fechada, sem nada para ver - apenas uma pequena cachoeira, bem no final:




Mas a parte que margeia a borda do cânion, do Mirante do Cotovelo até uma porteira que marca o fim da trilha, é muito bonita:










Um detalhe muito importante sobre o Cânion Itaimbezinho: a única entrada possível ao parque é pelo estacionamento convencional, por onde todos os turistas chegam. Há uma estrada que atravessa o Parque Nacional e vai dar direto no Mirante do Cotovelo, mas ela é intransitável, pois em certo ponto há um portão trancado, por onde você não poderá passar nem de carro nem a pé. No nosso caso, como estávamos hospedados num hotel fora do centro e ao sul de Cambará, o Google Maps mostrou essa estrada fechada como o caminho mais curto, mas ainda bem que fomos avisados disso e pegamos o caminho certo.



Outras atrações de Cambará do Sul

Nem só de cânions vive Cambará - eu também não sabia, mas a região está cheia de outros lugares interessantes para conhecer. Veja alguns:


Passo da Ilha

Tirando os cânions, foi o lugar que eu mais gostei. 

O Passo da Ilha é uma estradinha de chão atravessada por um rio. Veículos 4x4 podem atravessar o rio e cruzar para o outro lado, conhecendo a totalidade da estrada. Se você quer fazer esse passeio e não tem um 4x4, pode contratar um tour em qualquer agência de Cambará.

Veículos normais, como o nosso, obviamente só podem ir até o rio, de um lado ou de outro. O lado mais turístico é o que nós visitamos - a estrada começa 23km a sul de Cambará (direção Tainhas), do lado esquerdo do mapa (oeste). Há uma placa discreta indicando o local.








No fim da linha, onde o rio cobre a estrada, fica o Morro da Visão - você pode subir no morro por uma trilha e ter a vista do rio e dos campos. É um cenário espetacular, ainda mais no fim da tarde, quando estivemos lá:











Passo do S

É outra estrada interrompida pelo rio. Fica bem perto do Passo da Ilha (um desvio de 2km da estrada). Vimos o pôr do sol lá, e foi muito bonito.










Na internet, vimos fotos de uma cachoeira no Passo do S, mas não a encontramos - acredito que para chegar nela você precise contratar um passeio de 4x4. O mesmo passeio que vai ao Passo da Ilha deve contemplar também o Passo do S.



Cachoeira do Tio França

Fica a apenas 3km de Cambará, sendo a atração mais próxima da cidade. É uma propriedade privada e turistas avulsos não podem visitá-la - tem que ser por intermédio da agência Cânion Turismo. Eles só nos deixaram entrar e mostraram a cachoeira e outras atrações da propriedade por sermos guias de turismo. 




O passeio guiado é uma caminhada lúdica de 3km, passando por alguns mirantes e com possibilidade de banho de rio e cachoeira. A duração média é de 2h. O local também oferece almoço (parrilla) e hospedagem.



Lajeado das Margaridas

Fica 7,4km após a Cachoeira do Tio França, na mesma estradinha, então é uma boa ideia conhecer as 2 atrações no mesmo dia. Não entendemos bem se é em lugar público ou privado, pois 1km antes de chegar ao Lajeado há um portão fechando a estrada. Uma mulher abriu para nós e não cobrou nada (mas também não perguntamos se tinha que pagar).

O Lajeado das Margaridas é um local tranquilo na beira do rio, bom para dar um passeio curto. Ficamos 1h por lá.














Cachoeira do Nassucar

Essa cachoeira consta na lista de atrações do site da prefeitura de Cambará, por isso tentamos conhecê-la. O Google Maps nem mostra sua localização (aliás, mostra outra cachoeira com esse mesmo nome, em SC), mas no MapsMe ela aparecia, ao lado do Passo das Marrecas, num desvio da estrada que liga Cambará a São José dos Ausentes.

Fomos até o tal Passo das Marrecas, enfrentando a pior de todas as estradas da viagem. O chão até que não era muito diferente do normal - o problema foram as 6 porteiras de arame farpado que tivemos que abrir e fechar ao longo da estradinha. Algumas eram tão chatas e pouco práticas que tínhamos que segurar os 2 juntos. Para finalizar o perrengue, chegamos até a beira do rio e não encontramos a cachoeira do Nassucar. Na volta, uma moradora local nos disse que teríamos que ter cruzado o rio a pé e seguido um pouco mais para ver a cachoeira, mas aí não quisemos mais voltar e abrir/fechar porteiras mais 12 vezes. 

A única coisa útil do passeio foi essa ponte, quase chegando no Passo das Marrecas:






Parador Hotel

Não é bem uma atração turística, e sim um famoso hotel da região. Em 2016, quando eu havia estado lá pela última vez, ainda ele era chamado de Parador Casa da Montanha. Você pode conhecer a propriedade onde fica o hotel gratuitamente e fazer uma trilha curta circular em volta do riacho e dos campos.







Roteiros

Nosso roteiro de 5 dias começou na serra e terminou no litoral. Ficou assim:

04/08 - Saímos de manhã de Gramado e pegamos a estrada via Lajeado Grande, parando muitas vezes para fotos. Chegamos ao Hotel Refúgio da Floresta no começo da tarde e ficamos o resto do dia passeando pelos lagos e florestas do hotel. 

05/08 - Cânion Fortaleza - trilha da Borda Sul (dia inteiro) 

06/08 - Cânion Itaimbezinho, Passo da Ilha e Passo do S

07/08 - Lajeado das Margaridas, Passo das Marrecas (tentando achar a Cachoeira do Nassucar) e caminhada no centro de Cambará

08/08 - Cachoeira do Tio França - Parador Hotel - Serra do Faxinal (Cânion Índios Coroados, Morro dos Cabritos, etc) - Praia Grande - Imbé

Foi um roteiro bem completo e feito com calma, mas se você tem menos tempo pode conhecer os mesmos lugares desta forma:

Dia 1 - Chegue cedo na região e vá direto ao Passo da Ilha e o Passo do S, que ficam antes de Cambará. Se ficar hospedado no Hotel Refúgio da Floresta, vá direto para o hotel passear pelos lagos. Se ficar hospedado no centro de Cambará, vá até o Lajeado das Margaridas e, se conseguir agendar um passeio, tente visitar também a Cachoeira do Tio França.

Dia 2 - Passe o dia no Cânion Fortaleza e no fim da tarde vá ao Lajeado das Margaridas, se você já não tiver ido no dia anterior.

Dia 3 - Saia cedo de Cambará, conheça o Cânion Itaimbezinho e o Parador Hotel e desça a Serra do Faxinal para voltar.








Boa viagem!!!

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