Roteiros: Colômbia, Equador, Galápagos, Peru e Bolívia

Daqui a poucos dias embarcamos para mais uma grande aventura - um super mochilão (só que com mala de rodinhas) pelo noroeste da América do Sul!

Confesso que essa região não estava no topo da minha lista de viagens prioritárias, ocupado por Islândia, Nova Zelândia, Everest Base Camp, oeste do Canadá e outros destinos bem mais longínquos, mas... mais uma vez, não fui eu que escolhi a viagem, e sim ela que me escolheu! E agora, depois de meses a fio planejando minuciosamente cada detalhe desse roteiro, acho que não o trocaria por nenhum outro no mundo!

Tudo começou com a alta do dólar (que implorava por um destino barato) e as milhas da Tam, que oferecem um excelente custo-benefício nas passagens para Bogotá (12.000 pontos o trecho). Apesar de só a Colômbia já reunir todos os elementos para uma viagem completa - montanhas, praias caribenhas e cidades históricas - decidimos estender um pouco mais o roteiro, para não ficar uma viagem curta (coisa que eu evito ao máximo!). 

Foi aí que descemos o dedo no mapa até o próximo país: Equador, um verdadeiro paraíso para quem curte natureza. Só que ir para o Equador e não aproveitar para realizar um sonho antigo meu de conhecer as Ilhas Galápagos, terra das iguanas, das tartarugas-gigantes que vivem 200 anos, dos pássaros de patas azuis e de dezenas de outras espécies exóticas? Impossível!!! Mesmo sendo um destino relativamente caro (mais tarde vou escrever posts sobre isso), não teríamos outra oportunidade tão cedo de visitar o arquipélago, uma vez que o único jeito de chegar lá é com voos de ida e volta do Equador. E compramos as passagens (R$ 1.345 por pessoa, ida e volta, com a Lan)!

Pensamos em terminar a viagem por aí, mas voltar direto do Equador para Porto Alegre estava absurdamente caro. O jeito (que tristeza!) foi esticar o roteiro até o Peru, para voltar de Lima... e não é que o preço de Lima também estava meio caro? Descemos um pouco mais pelo mapa, atravessando todo o país, e fomos parar na Bolívia, de onde finalmente conseguimos nossas passagens de volta para casa, saindo de Santa Cruz de la Sierra (12.000 pontos da Gol o trecho, também um bom custo-benefício). 

Muito resumidamente, foi assim que nasceu esse grande roteiro de 54 dias passando por 4 países da América do Sul.

Com todo esse tempo viajando, não tem outro jeito senão economizar ao máximo em absolutamente TUDO! Estamos usando e abusando do couchsurfing, um site que permite que você se hospede de graça na casa dos moradores locais. Não é fácil: requer muita pesquisa, conversa, cuidado... mas depois de meses planejando tudo e verificando com calma todas as recomendações e comentários sobre cada anfitrião, conhecemos algumas pessoas que parecem ser muito legais - inclusive, é comum que elas se ofereçam para levar os turistas para conhecer os lugares! Como é a nossa estreia com essa técnica, não tínhamos cadastro no site e obviamente não temos nenhuma recomendação, o que faz com que a grande maioria dos anfitriões sequer responda às nossas mensagens! Mas achamos que com o passar do tempo, e assim que os nossos perfis forem recebendo comentários (espero que positivos!) tudo se torne um pouco menos complicado e possamos nos hospedar de graça pelo mundo inteiro...

Nas cidades em que o couchsurfing não vai ser possível (seja porque não tem ninguém lá para nos receber, ou porque não gostamos dos anfitriões, ou porque eles não gostaram de nós), vamos ficar nos hotéis mais baratos que possam existir! O engraçado é que na Europa, por exemplo, quando queremos economizar ficamos em albergues, dividindo o quarto e o banheiro com um monte de gente. Já nesses países para onde nós vamos, com exceção de apenas 1 cidade (Puerto Villamil), o quarto duplo (na maioria dos casos até com banheiro) sai mais barato do que 2 camas num quarto compartilhado, o que para nós, claro, é perfeito! O preço desses hotéis varia bastante de lugar para lugar - o mais barato que achamos foi em Baños de Água Santa (onde em pleno Natal conseguimos um quarto de casal por U$7) e o mais caro foi em Quilotoa (cidade muito pequena e com pouquíssimos hotéis, sendo o mais barato U$40 - mas inclui café da manhã e jantar). Em média, vamos pagar de U$15 a U$20 dólares por noite, o casal. E mais um detalhe: reservamos hoteis (com cancelamento gratuito até a véspera, sempre) mesmo nas cidades onde já temos couchsurfing confirmado - assim, se surgir algum problema de última hora, não ficamos na mão.

Outra coisa que sempre fazemos para economizar é priorizar hoteis/hostels/pousadas com cozinha para os hóspedes, mesmo que a diária seja um pouco mais cara. Assim podemos jantar comida pré-pronta que compramos nos supermercados, e poupamos toda a despesa com restaurantes ao longo da viagem.

Quanto ao meio de transporte para fazer esse nosso roteiro, não há nem o que pensar sobre o assunto: tem que ser de ônibus, não tem outro jeito. Alugar carro seria impossível, pois, além de as diárias serem caríssimas nessa região, começamos a viagem em Bogotá e vamos por terra até Santa Cruz de la Sierra, distante 5.350km. Acho que nem permitem alugar um veículo para fazer todo esse trajeto, e se por acaso permitirem com certeza o preço será praticamente o valor do carro! A única exceção do uso do ônibus será a Colômbia, onde vamos andar bastante de avião graças à VivaColombia, uma companhia aérea nacional low-cost que tem tarifas melhores que o preço dos ônibus intermunicipais! O preço é tão bom que conseguimos passagens super baratas até para San Andrés, a ilha colombiana que fica no Caribe, perto da costa da Nicarágua, e onde vamos passar 5 dias.

Segue abaixo o nosso roteiro detalhado pelos 4 países + Galápagos:  

Colômbia - 18 dias

01/12 - Porto Alegre (11:55) - SP (13:35) / SP (15:40) - Bogotá (19:00 - hora local)

02/12 - Voo Bogotá (15:40) - Santa Marta (17:20)

03/12 - Santa Marta: day trip Parque Nacional Tayrona

04/12 - Santa Marta - Cartagena (de van, 3h30min de viagem - cia. Marsol)

05/12 - Cartagena: talvez faremos passeio de barco para as Islas del Rosário

06/12 - Cartagena: Playa Blanca/Isla Barú (de ônibus ou táxi)

07/12 - Voo Cartagena (20:30) - San Andrés (22:00)

08/12 a 11/12 - San Andrés e passeios de barco para outras ilhas próximas

12/12 - Voo San Andrés (12:10) - Bogotá (14:15)

13/12 - Bogotá: day trip Zipaquirá (Catedral de sal) e Nemocón (mina de sal)

14/12 - Bogotá: day trip Laguna Guatavita

15/12 - Bogotá / às 16:00, ônibus para Pasto

16/12 - Chegada em Pasto (meio-dia)

17/12 - Pasto: day trip Volcán Azufral e Laguna Verde

18/12 - Pasto - ônibus para Ipiales (de manhã, 2h de viagem): visita à famosa igreja sobre ponte / ônibus para Otavalo, Equador (de tarde, 3h de viagem)

 

O que ficou para a próxima: 

- Caño Cristales, considerado o rio mais bonito do mundo, pois tem todas as cores possíveis. Não vamos porque ele fica num local muito isolado, e só se pode conhecê-lo comprando um pacote de voo + hotel que custa os olhos da cara!

- Cabo de la Vela, um promontório muito bonito mas que nos tomaria muito tempo, já que fica afastado das cidades aonde vamos;

- El Peñón de Guatapé - parece o Pão de Açúcar. Não vamos porque fica longe do nosso roteiro, mas é um bom passeio para quem visita Medellín;

- Laguna del Otún - um lago muito bonito que no mapa parece muito próximo de Bogotá - mas na verdade fica a mais de 10h de carro, sem chance!

 

Equador - 9 dias   (todos os trajetos são de ônibus)

19/12 - Otavalo: trilha na Laguna Cuicocha (cratera de um vulcão)

20/12 - Otavalo: trilha nas Lagunas de Mojanda

21/12 - Otavalo - Quito (de manhã, 1h15 de viagem) / Quito - Latacunga (final da tarde, 1h30 de viagem)

22/12 - Latacunga - Quilotoa (de manhã, 2h de viagem) / trilha na Laguna Quilotoa

23/12 - Quilotoa - Latacunga (de manhã, 2h de viagem) / Latacunga - Baños de Água Santa (de manhã, 1h30 de viagem)

24/12 - Baños de Água Santa: circuito das cachoeiras (de bicicleta) e Casa del Árbol (de ônibus ou táxi) e banho nas piscinas de águas termais

25/12 - Baños de Água Santa - Riobamba (final da tarde, 1h15 de viagem)

26/12 - Riobamba: day trip Chimborazo

27/12 - Riobamba - Guayaquil (de manhã, 4h30 de viagem)

O que ficou para a próxima: 

- A maior atração do Equador: o Vulcão Cotopáxi,  que  entrou em erupção em agosto e desde então fechou para visitação de turistas;

 - O Parque Nacional El Cajas (estava longe do nosso trajeto e os ônibus até lá são caros);

 - A cidade de Cuenca, a mais histórica do Equador, que também ficava meio fora de mão, próxima ao El Cajas.

Ilhas Galápagos (Equador) - 13 dias

28/12 - Voo Guayaquil (11:00) - Ilha de Baltra (12:05 - hora local) - ferry para ilha de Santa Cruz

29/12 a 02/01 - ilha de Santa Cruz e passeios de barco para as ilhas desabitadas

03/01 - Ferry: ilha Santa Cruz (14:00) - ilha Isabela (16:15)

04/01 - Isabela: snorkel em Los Túneles (para ver cavalos-marinhos e outros bichos)

05/01 - Ferry: ilha Isabela (15:00) - ilha Santa Cruz (17:15)

06/01 - Ferry: ilha Santa Cruz (14:00) - ilha San Cristóbal (16:30)

07/01 e 08/01 - San Cristóbal

09/01 - Voo San Cristóbal (11:20) - Guayaquil (14:15 - hora local)

O que ficou para a próxima (quando a gente ganhar na loteria):

- Fazer um cruzeiro (ou vários!) e passar mais de um mês só em Galápagos, conhecendo cada uma das mais de 200 pequenas ilhas do arquipélago.

Peru - 9 dias  (todos os trajetos de ônibus)

09/01 - Guayaquil (21:30) - Piura, Peru

10/01 - Chegada em Piura (9:00) / Piura (16:00) - Lima

11/01 - Chegada em Lima (8:00)

12/01 - Lima - Paracas (de manhã, 3h30 de viagem) - táxi até a praia de areia vermelha

13/01 - Paracas - Ica (de manhã, 1h de viagem) / passeio no oásis Huacachina

14/01 - Ica - Nazca (de manhã, 2h10 de viagem) / torre de observação das linhas de Nazca (entrada gratuita, permite ver 3 desenhos) ou vôo panorâmico (passa por todos os desenhos - só faremos se conseguirmos um preço barato pechinchando)

15/01 - Nazca - Arequipa (de manhã, 9h de viagem)

16/01 - Arequipa - Puno (de manhã, 6h30 de viagem)

17/01 - Puno: passeio de barco pelas ilhas do Titicaca

18/01 - Puno: ruínas de Sillustani / Puno - Copacabana, Bolívia (à tarde, 2h15 de viagem)

O que ficou para a próxima:

- Cusco/Machu Picchu - nós somos as primeiras pessoas que eu conheço que vão passar 10 dias no Peru sem visitar o maior cartão-postal do país, mas o que podemos fazer se Machu Picchu fica tão longe e é tão caro? 

- Região de Huaraz - certamente o que tem de mais bonito no Peru, paisagens que se parecem muito com as da Patagônia. Não vamos porque fica longe e as trilhas são muito extensas, o que nos exigiria pelo menos mais uma semana de viagem.

Bolívia - 5 dias

19/01 - Copacabana: day trip Isla del Sol

20/01 - Copacabana - La Paz (à tarde, 2h10 de viagem)

21/01 - La Paz - Santa Cruz de la Sierra (à noite, 14h30 de viagem)

22/01 - Chegada em Santa Cruz de la Sierra

23/01 - Voo Santa Cruz de la Sierra (12:50) - SP (17:35 - hora local) / SP (21:45) - Porto Alegre (23h40)

O que ficou para a próxima:

- Tudo! A Bolívia é um país incrível com paisagens que parecem de outro planeta, mas nessa viagem ela está apenas servindo de ponto estratégico para a nossa volta. Numa próxima oportunidade (espero que em breve!) pretendemos percorrer toda a metade sul do país de carro, com bastante calma.

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Como vocês podem ver, mesmo ainda nem tendo viajado já estou pensando nos lugares que ficaram faltando dessa vez, e nas próximas viagens que faremos para esses países, que ficam aqui do lado e ao mesmo tempo são tão desconhecidos.

A partir de janeiro não perca os posts sobre todos esses lugares, aqui no blog!

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As 10 melhores atrações da Bósnia

Pensando em escapar da rota turística convencional na Europa? Confira quais são os melhores lugares para conhecer na Bósnia e Herzegovina, esse país do leste que ainda se recupera do trauma de uma guerra recente (década de 90), não é conhecido por quase nenhum brasileiro e tem algumas das paisagens mais incríveis do mundo!

1- Ponte Velha de Mostar

A mais famosa atração e o principal cartão-postal da Bósnia é com certeza a Stari Most, a Ponte Velha da cidade de Mostar, que cruza as águas verdes do rio Neretva. Prepare-se para enfrentar uma multidão de turistas na ponte e também na cidade velha de Mostar, onde não faltam lojas de suvenir, restaurantes e construções antigas. Durante o verão, a tradição local é pular do alto da ponte direto para o rio.

A melhor foto da ponte é tirada de longe, na beira do rio

 

Vista da ponte para a Mesquita de Mostar

Turistas na ponte e alguém preparado para saltar

Bares e restaurantes construídos em todo o entorno do rio

Apesar de suas águas parecerem tranquilas, o rio Neretva é muito usado para rafting

A "escola mais bonita do mundo" - Stara Gymnazija, em Mostar

 

Cidade velha de Mostar

2 - Kravice Waterfalls

O maior tesouro natural da Bósnia, na minha opinião, é esse conjunto de pequenas cachoeiras, localizado na cidade de Kravice, bem perto da fronteira com a Croácia e a 45km de Mostar. Lembra um pouco o tão famoso Plitvice Lakes National Park, na Croácia, só que é muito menor e, pelo menos para mim, bem mais bonito. Chega-se até lá facilmente de carro ou táxi, e é possível estacionar dentro do parque. A partir do estacionamento você paga uma entrada (barata) e caminha por uma trilha por cerca de 15 minutos, até chegar na área das cachoeiras, onde tem um café/restaurante na beira do rio. Se estiver quente, não deixe de nadar até as quedas, na outra margem. Também é possível chegar até lá num rápido passeio de barco.

A melhor visão das cachoeiras é do alto, de um mirante na trilha

Não deixe de nadar até a outra margem, onde estão as cachoeiras

Você também pode chegar lá de barco

3 - Boracko Jezero

Esse lago de água incrivelmente verde fica no meio do caminho entre Mostar e Sarajevo, e certamente vale uma visita! O ponto de partida para esse passeio é a cidade de Konjic, que também merece alguns minutos de caminhada pelo centro histórico. De lá, pegue uma estradinha sinuosa e desça em direção ao Boracko "Jezero" (lago, em bósnio). Não tem outro jeito de ir a não ser de carro (não vi nenhum táxi por ali). 

Ponte e canal em Konjic

Vista do lago de um dos mirantes da estrada

4 - Sutjeska National Park

Apesar de eu considerar essa uma das melhores atrações da Bósnia, não pude conhecê-la a fundo. É um parque nacional cheio de trilhas que levam a picos de montanhas, cachoeiras e lagos (como sempre, de água cristalina), mas praticamente todas as trilhas boas são muito longas e demandam muito tempo e programação. Como o parque é acessado por uma estrada pela qual nós passamos, acabamos parando para tirar fotos com o famoso monumento de entrada, e caminhamos um pouco pela região - que por si só já é muito bonita e vale um passeio.

Monumento na entrada do parque

O que tem dentro do parque (Fonte: www.masterdmc.com)

5 - Vrelo Bosne

Esse parque urbano fica na municipalidade de Ilidža, na região metropolitana de Sarajevo (10km do centro da cidade). Vale a pena separar pelo menos umas 2 horas para caminhar sem rumo pelo parque, que é enorme e possui inúmeros lugares para visitar, com muitas pontes e lagos de água cristalina cheios de patos. Tem também alguns restaurantes, lojas e áreas de recreação, e é cobrada uma pequena entrada. É pouco turístico, mas muito frequentado pelos moradores locais. Vale a pena conhecer!

 

Cenário digno de histórias infantis (ou de terror)

6 - Vrelo Bune

O Rio Buna é apenas mais um dos rios curtos da Bósnia, e passaria despercebido não fosse pela sua fabulosa nascente, conhecida em bósnio como Vrelo Bune. É um lugar sensacional, que mistura água azul, cavernas, pequenas cachoeiras e grandes rochedos, embora (ao contrário da maioria das atrações na Bósnia) já tenha sucumbido ao turismo de massa e se tornado, por isso, um pouco artificial.

Fica na cidade de Blagaj (14km de Mostar), e pode ser conhecido rapidamente, em menos de uma hora. Em volta da nascente criou-se uma espécie de parque turístico, cheio de restaurantes, lojas, cafés, passarelas de madeira e, claro, MUITOS turistas! 

Uma curiosidade: nunca estive em outro lugar com tantas abelhas como o Vrelo Bune. É demais, em toda parte, o tempo inteiro. Tive que almoçar caminhando e segurando o prato na mão, pois se ficasse na mesa elas tomavam conta!

7 - Trebinje

Uma cidade pequena, pacata e nada turística, mas que vale uma visita de pelo menos algumas horas. Tem uma grande praça central, muito arborizada, além de diversos canais cortados por velhas pontes. Fica bem perto da fronteira croata (apenas 30km de Dubrovnik, cidade mais famosa e turística da Croácia) e merece ser conhecida!

Talvez a maior atração de Trebinje seja subir até o ponto mais alto da cidade (pode-se fazer isso a pé, por uma trilha, ou de carro) e conhecer essa igreja da foto abaixo:

Igreja sérvia Ortodoxa no topo da colina mais alta de Trebinje

 

E aproveitando que você está lá em cima, não deixe de tirar muitas fotos da cidade vista do alto:

8 - Cidade velha de Sarajevo

A Stari Grad (ou cidade velha) é o principal atrativo de Sarajevo - é ali que se concentra a maior parte das lojas, vendas ao ar livre e restaurantes da cidade. Com suas ruas estreitas e só para pedestres, fica tomada de turistas a qualquer hora do dia ou da noite. A parte leste da Stari Grad mostra toda a sua influência otomana, enquanto o lado oeste possui arquitetura influenciada pela cultura austro-húngara. Não é tão bonita e turística quando a cidade velha de Mostar, mas também vale a pena conhecer!

A entrada da cidade velha

Final de tarde em Sarajevo

9 - Pirâmides de Visoko

Para quem curte um turismo bem rural, com uma pitada de mistério, conhecer Visoko é um prato cheio. Essa cidade, a 33km de Sarajevo, guarda um dos maiores enigmas da Bósnia: as supostas pirâmides que ali teriam existido milênios atrás. Essa suspeita deriva do fato de Visoko possuir colinas que formam triângulos praticamente perfeitos, o que enseja a teoria de que trata-se de vegetação cobrindo as pirâmides mais antigas do mundo, que ali teriam sido construídas por civilizações primitivas. Escavações foram feitas, e de fato foi encontrado no lugar uma espécie de concreto artificial - porém nunca foi provado que esse material realmente serviu para a construção de pirâmides.

Para conhecer a principal pirâmide (Pirâmide do Sol), nada melhor do que fazer uma trilha até o topo dela! O passeio começa dentro de uma fazenda, propriedade particular de uma senhora muito simpática, que não fala uma palavra de qualquer outro idioma que não seja o bósnio, mas mesmo assim se faz entender muito bem!

O começo da trilha, uma escadaria sem fim (lá embaixo, a "dona" da pirâmide)

Vista das outras "pirâmides" (no meio da trilha da Pirâmide do Sol)

Depois de uns 40min de subida (sem parar), cheguei ao topo! A grande surpresa de chegar lá em cima foi encontrar um grupo de americanos (cerca de 15 pessoas), todos meditando no mais profundo silêncio. Parece que muitas pessoas vão até lá em cima para receber boas energias do sol!  

Já de volta, a velha senhora oferece uma recepção calorosa e oferece água e frutas do seu pomar - tudo de graça. Em contrapartida, nos mostra e coloca à venda o seu trabalho artesanal: pequenos suvenires da Pirâmide do Sol.

Como as pirâmides supostamente eram, antes da vegetação tomar conta - Fonte: arheon.org

Aproveite para conhecer Visoko antes que consigam provar essa história das pirâmides, enquanto a cidade ainda é bem desconhecida e tranquila...

10 - Restaurante Park Princeva

Muito mais do que um simples restaurante, o Park Princeva é o melhor mirante de Sarajevo. Jantando em uma de suas mesas externas é possível ter uma visão panorâmica da capital da Bósnia, com suas casas todas iluminadas à noite. Chega-se até lá facilmente de carro/táxi, em cerca de 10min partindo do centro da cidade. A comida e o atendimento são bons, e os preços são muito mais baratos do que você imagina!

Endereço: Iza Hrida 7, Sarajevo 71000

Telefone: +387 33 532-403

Nem só da noite vive o Park Princeva - o pôr do sol também é bonito visto de lá

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E essas são as minhas 10 atrações preferidas na Bósnia, nessa ordem! Só coloquei na lista lugares que eu conheci, mas sei que existem muitos outros bastante procurados por turistas. Quem se interessa por história não deve perder o Túnel de Sarajevo, construído e usado durante a Guerra da Bósnia, em 1993. Quem gosta de natureza vai querer conhecer o Una National Park (também é um conjunto de cachoeiras) - nesse eu só não fui porque ficava muito fora de rota.

Além disso, algumas outras dicas sobre a Bósnia:

Como chegar?

Não há voos diretos do Brasil para a Bósnia, mas Sarajevo é facilmente alcançada de avião partindo das maiores capitais europeias. 

Como se comunicar?

Esse é um grande problema na Bósnia, em praticamente todas as cidades - até as mais turísticas: poucas pessoas falam inglês ou qualquer outra língua que não seja o bósnio. O jeito é se virar na mímica e saber pronunciar bem os nomes dos lugares, no caso de precisar pedir informação na rua (em geral, a pronúncia é igual à do português).

Qual a moeda?

O marco, mas em alguns lugares aceitam euros (1 euro = 2 marcos).

Como se locomover?

Sem dúvida o jeito mais fácil, confortável e recomendável é dirigindo um carro alugado. As estradas são ótimas e oferecem surpresas incríveis no meio do caminho entre uma cidade e outra. Incontáveis as vezes em que paramos no acostamento para tirar fotos - veja algumas:

Dirigir na Bósnia é muito tranquilo, e aparentemente as multas não são muito caras (eu levei só uma, por não ligar a luz alta dentro de um túnel, e paguei o equivalente a 17 euros). Não esqueça de comprar um bom GPS com um mapa atualizado para não se perder!

E o que mais conhecer no leste europeu, além da Bósnia?

Opções não faltam! O país que eu mais gostei dessa região foi Montenegro, mas também vale muito a pena fazer uma grande viagem pela região dos Bálcãs e conhecer a Croácia e a Sérvia. Muita gente só conhece a Bósnia em poucas horas, num bate-volta apressado Dubrovnik - Mostar. Eu acho que não vale a pena fazer isso: a Bósnia é bem mais que Mostar e tem atrações que superam em muito as croatas, além de ser um destino consideravelmente mais barato.

Leia também os posts do blog sobre Montenegro, ali do lado da Bósnia:

Post geral sobre Montenegro

Budva e Sveti Stefan

Herceg Novi

Kotor

Perast e suas ilhas

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